Üldözési mánia

Üldözési mánia

Miracle CW | Slava

"Medo da noite, medo do que não é noite" Franz kafka


Começou há um dia atrás, os malditos barulhos detrás da minha casa. Eles sempre aparecem em horas aleatórias do dia. De tarde, após o almoço, seis da tarde e é claro, madrugada. Eu moro em uma pequena fazenda no leste da Califórnia, perto de uma rodovia que leva ao famoso parque nacional das sequoias. Apesar de ser movimentada, é bastante solitário viver nessa fazenda que jaz séculos em posse de minha família. Da pista você leva em torno de 3 minutos para chegar à fazenda, a casa fica do lado oeste enquanto no Norte ficam as plantações de milho que tem cerca de 4 metros quadrados, a oeste da casa há um velho galpão que guarda um trator, ferramentas da roça e o gerador de energia que dá vista para o plantio de batatas doces e cenouras. É um lugar longínquo da civilização conhecida que consequentemente dificulta o contato seja pela infraestrutura ou humano. Minha casa como eu ressaltei acima fica a oeste da estrada para o milharal. Pequena e clássica, tem uma subida de degraus para a sala que ao norte tem vista para a cozinha sem porta que engloba junto com a sala, Antes da estante de hack a o pequeno corredor que tem vista para o banheiro ao norte e os dois quartos ao sul. Ela é pequena e aconchegante do qual eu permaneço desde a morte de meu pai que me deixou de herança. Meu irmão Thobias nem liga para ela, prefere a vida agitada como contador no Texas. Apesar dos pesares, ele deveria ter me visitado ontem antes de demarca graças ao mal estra que sentiu na viagem e foi correndo ao pronto socorro, devo dizer que foi oportuno para ele se livrar desse pesar em sua consciência. Entretanto, foi a parti desse dia após a ligação dele demarcando que comecei a ouvi esses lamentos dos espíritos. Sentei na sala e comecei a ver filmes quando as exatas 6:49 ouvi passos no telhado como se fossem macacos andando. Eu rapidamente corri para fora, o que eu encontrei? Nada, absolutamente nada. Por um momento achei que fosse pedras ao vento ou pequenos roedores passando, mas no fundo eu sabia da profundeza de meu coração que aquilo era um alerta de que as coisas não seriam as mesmas a parti daquele ponto. As 8:40 eu voltei a ouvir passos enquanto eu limpava minha moto. Dessa vez vinha  da parte da frente da casa só que mais rápidos e agudos. Dei uma pequena corrida até lá, mas foi perca de tempo, nada de novo. Corri para meu telefone e disquei o número da polícia e solicitei uma viatura o mais rápido. Para a minha surpresa, o único policial chegou na raia do dia e se desculpando já que havia uma chamada de incêndio ao norte. Eu rapidamente pedi que ficasse para vigiar e ele o fez do período da manhã até as sete de hoje. Agora eu estou preste a dormi. Antes de escrever no diário eu tive a leve impressão de ver algo agachado no milho. Fui ver com minha lanterna e nada, cheguei a achar que estava vendo demais. Não importa o quanto eu esteja sendo equivocado quanto a isso, mas continuarei meus relatos caso algo me impressione.                                           

Dia 2: 8:19  

Hoje de manhã vi o teto balançar de novo, não sei se estou louco pela solidão e ausência de contanto com a civilização ou se realmente aconteceu esse fenômeno macabro em meu lar. Uma hélice de duvidas paira minha mente. Fiz o que tinha de ser feito apesar desse susto. Hoje eu tentei de novo contactar a polícia, mas desistir ao lembrar que seria constrangedor o agente ficar o dia todo vagabundeando minha propriedade sem nenhum perigo e eu com fama de louco. Apesar disso tudo eu estou feliz pelos legumes estarem próximo da colheita certa. De tarde ao estar em meu galpão preparando os sacos de despejo, senti como se estivesse sendo vigiado do teto, e pequenos vultos na minha visão periférica aparecendo e desaparecendo tão rápidos quanto um raio em direção de campo aberto. Eu nunca havia sentido isso antes, apesar da floresta onipresente e negra cerca minha propriedade e os uivos do vento a noite se lançarem contra minha alma desprotegida em toda minha existência aqui, nunca senti tamanho pavor agora quanto nesse momento.  

Dia 3:4:21 

Deus de misericórdia!!!!!!!!! Eu vi a PORRA de um vulto pela janela correr e entra na droga do galpão. Eu por um momento engoli seco o café que estava tomando. Até que me recompôs e sai correndo pegar minha metralhadora Uzi e lanterna. Nunca precisei empunha, mas agora precisava ser feito. Eu entrei e vasculhei a droga do galpão de cabo e rabo e não achei nada. De novo nada além de um certo ar de macabro no ar. Estou deitado e esperando o sono vir apesar que é impossível tentar não lembrar. Passei o início e o aparecimento dá amanhã na sala digerido tudo da madrugada passada, fiz minhas tarefas habituais como ir à cidade fazer compras e cuidar dos legumes, mesmo que eu continuava a ouvir murmúrios nas árvores e é claro passos enquanto eu rondava a casa. Estava me deixando maluco eu ter que agir como fugitivo da lei olhando para um lado e para o outro com a audição em alerta máximo. Andei pelo o galpão e notei um buraco deveras suspeito. Ele já havia presente antes de tudo isso, porém ele estava estranho demais e peculiar. Ele ficava do lado esquerdo do galpão perto da enxada e tinha uma largura de 78 centímetros e era meio torto. Mas agora, ele estava bem redondo e lisinho em suas extremidades como se alguma ferramenta tivesse feito todo o trabalho em perfeita sincronia. Poderia ser paranoia minha, mas depois de tudo o que havia ocorrido eu tinha que ter o benefício da dúvida. Estou sem justificativa, mas passei a tarde inteira pensando no bendito do buraco. Estranho pois o vulto me deu um baita susto, todavia o buraco se mostrou mais aterrador. Em minha cabeça enquanto fazia e comia o jantar eu procurava uma resposta para aquilo. Estou deitado e não paro de pensar na suposta ligação de todos os eventos de antemão, vou dormi... 

Dia 4: 6:00 

Como de costume, passos no telhado. Rápidos como uma lebre e sem deixar vestígios. Acordei e fui pegar o milho amadurecido. Como eu teria que passar no galpão para pegar as sacolas eu dei uma espiadinha no buraco, fiquei chocado ao ver que o buraco estava um pouco mais largo e decidi dar a volta para ver qual seria sua verdadeira natureza. Achei um pequeno túnel do lado e imaginei que fosse recente pela terra jogada de ladinho, tomei um grande susto ao ver uma raposinha cinza correndo para dentro. Ri de mim mesmo afinal era apenas uma raposinha. Em minha cabeça era apenas um mistério a menos a ser solucionado. Mas não respondia a natureza do buraco na parede... Hoje o dia foi um pouco tranquilo, tirando o fator de achar que algo corria no milharal enquanto eu tirava os sabugos, eu vi que poderia haver um padrão para as aparições. Talvez no modo que elas surgiam e desapareciam, pensei comigo mesmo. A noite está tranquila até o número de vultos foi menor durante esse horário. Acordo com algo caindo lá na sala, era a droga do abajur que quebrou. Fiquei aliviado, até o momento que percebi que a porra da porta estava aberta. Aquilo fez meus pés recuarem em marcha lenta e devagar até a porta do banheiro. Meu coração virou uma furadeira em uma parede, não consegui ter reação até ouvir os malditos passos no telhado. Foi daí que peguei a Uzi e a lanterna e enfrentei o calar da noite. Voltei sem nada em conclusão, apenas a moto caída e com espelho quebrado. Algo havia passado por ela e deveria ser bem grande para ter tal força. Tentei dormi, mas entre lampejos de meu olhar, só fiquei pior 

Dia 5:9:38 

Passei o resto da noite acordado, para falar a verdade não durmo há dias, meu olhar é pálido e minhas pálpebras estão em declínio constante. Apesar disso, tive que ir em um mecânico e comprar uma câmera para filmar. Consegui convencer um amigo a dormi em minha residência para presenciar tais eventos, Jerry com certeza observaria aquele espetáculo de perto. Na volta, ele comentou que o oficial que eu chamei há uns dias atrás havia sumido depois de visitar minha casa. Estranho que não fui chamado para dar testemunha. Isso só mostra que eles não a mínima para mim e minha existência pífia. Chegamos e eu tratei de mostrar o buraco, ele observou que talvez seria algum buraco de infiltração ou que eu havia esquecido ali. Não fazia o menor sentido já que que não chovia jazia tempo. Então, continuamos com o habitual. Colocamos o milho no galpão todo empilhado, limpamos o plantio, consertamos o gerador. Entre essas indas e vindas, acabei descobrindo que uma telha havia caído, não me espantava depois daquele carnaval inteiro em meu telhado durante esses dias. Tirado isso resto da tarde foi tranquilo, apesar do fator de ver vultos ao meu redor que desparecia em um piscar de olhos. A noite chegou, o jantar foi tranquilo apesar da impressão de que havia algo errado. Ao sentar para conversar, Jerry me perguntou se tinha alguma lenda relacionada a casa, seja superstição ou enraizada, respondi que nada desse gênero. Deduzi que ele poderia achar que estaria relacionado a uma maldição ou cemitério indígena como velhos clichês. Até que eu me lembrei que minha sobrinha quando vinha passear gostava de citar vários monstros como chupacabras , vampiros, fantasmas de correntes e  alguma coisa parecido com uma lesma. Não encaixava com nada que eu havia visto ou presenciado. Toda noite foi tranquila até que eu acabei me lembrando que deveria ver se o gerador estava com combustível suficiente e se daria para aquela noite. Jerry ficou, ao entrar na roça de cenouras em direção ao galpão, senti a pior sensação que eu havia adquirido até aquele momento. Era como se algo ou alguém estivesse sob vigia de minha sombra, a sensação foi uma das mais terríveis que alguém poderia experimentar e eu senti como se todos os meus pelos ultrapassassem a minha roupa após isso. Eu demorei a colocar meus sentidos naquela penumbra aterradora que engolia o ambiente na falta de luz ampla do local. Coloquei minha visão no combustível, peças e no painel de comados até que vi que alguém havia desligado a porra do gerador, não fazia o menor sentido aquilo! A menos que outra pessoa estivesse no local. Teorizei que bandidos poderia estar por trás para invadir a casa, isso explicaria a minha sensação anterior e também o gerador desligado. Eu me atentei a minha Uzi que eu carreguei e fui sorrateiro até a porta da cozinha, durante a volta comecei a presta atenção nos meus passos e no ambiente. Estava silencioso e calmo como em qualquer noite. As folhas balançavam como uivos pavorosos por todas as direções enquanto o barulho dos meus passos na terra ecoava em sintonia demoníaca. Eu percebi algo que tinha colocado um prego de incerteza em minha cabeça, não havia nenhuma pegada na roça e nem dentro do galpão que não fosse a minha, Olhei duas vezes para o chão, só havia as pegadas de minha ida e volta. Quando se é criança, e ao olhar um ambiente escuro em temor, você tem medo que algo se modifique como um objeto fora do lugar, ou uma porta aberta. Ao ver, você fica com temor inabalável de que algo está errado e que nada daquilo vai dar certo. Era meu sentimento ao ver a ausência de pegadas no solo. Corri para a porta da cozinha e abri rapidamente, eu tentei esquecer de tudo aquilo e a luz acessa não ajudou em nada. Por um breve momento se apagou enquanto estava lá fora e Jerry não havia se manifestado, ele poderia estar dormindo. Com isso em mente, fui até o quarto onde ele estava hospedado e vi a porta fechada. Ele realmente estava dormindo pensei, empurrei devagar para checar Jerry. O quarto de hospedes é pequeno, tem um pequeno guarda roupa a esquerda, um criado mudo que a direita se faz presente, a cama e na esquerda a janela. Pequeno e confortável para uma pessoa se acomodar. Enquanto escrevo isso, eu fico em estado catatônico e em total terror, meus olhos lacrimejam só de me lembrar da cena. Como posso dizer com palavras algo inexplicável em termos práticos? Lá estava Jerry, deitado no chão com pantufas em seus pés e com um roupão de banho, pensei que ele estivesse preparado para tomar antes de dormi. Seus braços estavam no chão, sua cabeça estava lá... Lá!! Deitada em cima da mão se é que posso chamar de coisa. Em seu pescoço havia o que pareciam agulhas de seringas encravadas na jugular dele. As agulhas levavam aos dedos daquela coisa. Albino, eu me lembro bem, era todo albina se é que posso chamar assim. Os dedos levavam a um corpo estranho e flácido que era como se estivesse olhando para um tofu ou algo gelatinoso, ou uma estátua estática que tivesse sido colocada em um tubo de ensaio. Aquela coisa não se parecia com nada de nenhum filme de terro ou descrito em livros, seu visual não causava pane ou grotesco. Apenas uma sensação horrível de desconforto e medo de imaginar de que tipo de inferno ele saiu. Ela era humanoide com cerca de 1,87 de altura, toda albina e sem nenhum tipo de expressão. Era como um manequim sem nenhum órgão visível como olhos, orelhas, boca, genitais apenas um vazio de desconforto que senti ao ver aquilo. Ela era inumana, mas algo familiar, era como se ela estivesse segurando a cabeça para realizar algum procedimento médico, mas naquele momento ela estava com aquelas agulhas enfiadas no pescoço de Jerry e em posição de observação olhando fixamente para a porta e consequentemente, eu. Aquele pavor extraterrestre estava me encarando mesmo que não tivesse a PORRA DE UM GLOBO OCULAR, quando eu fiquei ali olhando ela, eu não pude conter meus olhos lacrimejando e minhas pernas amolecerem e meus pensamentos eram vazios de certezas e ações. Eu fiquei parado com minhas pernas bambas torcendo para não enlouquecer e sair correndo daquela cena desgraçada que se abatia diante de mim. Eu pensei em pegar minha arma para atirar, mas desisti. Afinal, aquela criatura nem parecia que estava viva, ou se era um ser que poderia ser morto a tiros. Ela continuava imóvel sem reação enquanto minha mente tentava adivinha e digerir tudo aquilo. Até que o silêncio se encerou com o som demoníaco daquelas agulhas se retraído dentro do que eu achava que eram dedos da criatura. O máximo de descrição comparativa do que poderia ser e imaginar, seria como se a agulha entrasse dentro de um compartimento da seringa médica ou as garras de um leão entrassem dentro da pata para se esconder. Ela calmamente deixou a cabeça erguida no chão e eu conseguir ver que os olhos estavam fechados, ela ficou de pé imóvel por uns instantes até que algo começou a aparecer no que supostamente seria o rosto dele, uma espiral começou a surgi e se espalha pela face branca dela. Na hora me lembrei de um redemoinho se formando em meio a um deserto. Em questão de segundos, o redemoinho deu origem ao que parecia um buraco em seu rosto como um escavado em jazidas de diamante. Aquela visão pavorosa e de fato, peculiar, me deu um choque de realidade de que aquele inferno continuaria... O buraco já formado parecia sair uma espécie de som como zumbidos do vento que me deixavam cada vez mais insano à medida que aumentava, até que o som sumiu rapidamente. Aquela coisa inexplicável se contorceu para trás apoiando suas mãos no chão com a barriga levantada para cima e girando em uma velocidade de centrifuga até que se fixou na janela que estava aberta e saiu para fora. Eu nunca vou esquecer dos passos de tênis esportivo que ela fazia ao andar daquela forma em direção ao seu destino. Por um momento, o silêncio regressou, minha sanidade continuava abalada com aquele espetáculo macabro. Eu deite na calma esperando que Jerry acordasse...A noite continuava calma e cinza. Eu esperava um choque para me acorda daquele pesadelo.... 

 Dia 6: 4:13 

Eu deitei Jerry na cama e comecei a pensar sobre tudo que ocorreu, ele estava bem. Como se estivesse desacordado. Eu não tinha certeza.... A única que pairava em minha cabeça é que aquela coisa era A PORRA DE UM MONSTRO VINDO DO INFERNO. Mas nem disso eu sabia. Enquanto eu bebia café, eu tentava encaixar as peças, eu apelidei aquela coisa de “vampiro” por me lembrar dos descritos na mídia e nas histórias romenas. Mas de maneira alguma era um, era a única palavra que me restou depois daquilo tudo. Era pior e grotesco, um terror indescritível e animalesco pela sua natureza hedionda. Eu comecei a pensar se tudo fazia sentido, ele poderia ter me usando para atrair pessoas até ali, abusando de suas aparições para me fazer entrar em pânico e chamar suas pressas. Um bom pensamento julgado meu estado catatônico. Poderia ser um golpe de sorte eu ter saído e ela aproveitado que Jerry estava sozinho? Muitas perguntas...Eu esperei a hora certa para chamar uma ambulância para Jerry para que eu pudesse sentar em minha cadeira de plástico no galpão e olhar para o vazio. O buraco estava lá só que mais viscoso e liso, eu comecei a achar que aquela coisa poderia usar ele como rota de fuga. O pequeno túnel estava coberto de terra, eu acho que ela terminou o serviço aqui. Indiretamente eu era o cúmplice. Jerry estava no hospital e o oficial provavelmente foi pego por ela. Eu não sei...realmente não sei. Eu decidir tentar esquecer tudo isso e continuar meus afazeres, mas era impossível. De tarde eu recebi a notícia que Jerry estava sofrendo de falta de glóbulos brancos em seu sangue e era e algo parecida com a falta de produção na medular óssea, ele estava com leucemia. Eu comecei a olhar rápido como causa e efeito, o vampiro deveria estar sugado os glóbulos brancos ou se apoderou da medula causando isso. Eu não parei de pensar que era culpa minha até a vinda de meu irmão, ele veio sozinho e foi um choque o ver entrando de surpresa na fazenda se auto anunciando. Eu fingi que tudo estava bem e comecei a me preparar para fazer uma pequena festa, de manhã nos iriamos ao mercado comprar o necessário. O resto da tarde e início da noite foi tranquilo, até ele fazer aquela maldita pergunta:  - “Ei, você viu aquilo? Parecia um vulto passando no terreno de milho. Um vulto preto em direção aos fundos”.  


Eu rapidamente respondi que eram meras miragens da mente e ele continuou seus afazeres. Comecei a imaginar que o vampiro queria um baquete final ou eu estava louco de vez mesmo imaginando monstros e demônios enquanto Jerry havia desmaiado. Eu apenas relevei tudo e continuei vendo Tv e comendo minha refeição enquanto ele arrumava a geladeira até que recebi a ligação do hospital, Jerry estava bem naquele momento e só lembrava de ter desmaiado e acordado ali. Ele não se lembrava de nada...aquilo foi um soco em minhas vísceras. Era tudo loucura? Devaneios???Falta de percepção do mundo real? A ligação cortou com um enfermeiro gritado para Jerry larga o bisturi enquanto os seguranças vinhas socorrer. O telefone caiu do outro lado e eu ouvia alto e claro Jerry gritando para largarem o pescoço dele. A ligação caiu... Meu irmão me perguntou o que estava passando e eu apenas respondi que ligaram errado e que eu necessitava ir ao hospital. Desci em busca da moto, mas lembrei de dizer a ele sobre o gerador, ao retorna pelas escadas até a sala eu acabei vendo aquilo...eu fiquei como uma pedra imóvel. Em minha mente as palavras “Por favor, de novo não” se repetia inúmeras vezes enquanto eu olhava aquilo. Aquela maldita loucura estava lá, ESTAVA LÁ. Debaixo da mesa se esgueirando até meu irmão, ela rapidamente pegou por trás como uma mata Leão e o deitou. Ela estava pálida e albina de novo, sem o buraco onde deveria estar sua face. Eu olhava aquilo tudo com uma maluquice distorcida de meu cérebro insano, sem reação nenhuma além de palavras repetidas em minha mente tentando decodificar aquele maldito inferno ocular. Eu não tinha o que fazer, além de descer as escadas pegar a moto e sair de lá em busca de ajuda. Eu mal havia rodado 3 minutos quando eu vejo uma figura familiar na pista: Era o oficial, o oficial Perneburg que havia desaparecido. Ele estava todo carcomido e agitado. Começou a falar para fugir da floresta pois havia uma criatura demoníaca que atacava na espreita, enquanto ele falava eu me recordava de tudo como um filme em minha mente. Até que ele citou que ela precisava se alimentar e não pararia até a conseguir. Ele me disse que estava fugindo dela na floresta por dias sem comida e abrigo, ele me disse que ela queria um novo alvo, ele pegou a arma e apontou para mim. Recuo sem entender direito apenas obedecendo o gesto, ele diz que tem que matar as pressas para acabar com aquilo em voz agitada e desordenada. Ele ainda ressalta que a culpa é minha, mas não me diz nada além disso. Eu não ligava para nada, todos os meus sentidos pararam até que sinto aquela mesma sensação macabra dos vultos, o oficial começa a grita do nada comigo e a se debater dizendo:

-DESGRAÇA! ELE NOS ALCANÇOU DE NOVO.DE NOVO, DE NOVO E DE NOVO!  


Eu aproveitei e dei um soco nele, ao cair ele bateu a cabeça no chão desmaiando, eu peguei uma pedra da beira e lancei em sua cabeça. O Estralo anunciou um afundamento do crânio quando me dei conta, ele estava morto. Culpa minha. Assim como Jerry e  Thobias, eram todos culpa minha. Minha insistir em viver naquele fim de mundo isolado, culpa minha atrai-los para aquele ninho de horror cósmico. Eu parei os pensamentos para ouvir as arvores em uma ópera macabra de uivos e barulhos, eu sentei e peguei meu diário de bolso e estou escrevendo até esse momento desde os eventos de hoje cedo, seis dias escrevendo em meu velho diário. Se passou duas horas e ouço barulho nas arvores e sombras na pista, era ele. Algo está saindo da floresta perto de uma cabine telefônica, dá para ver que está em uma posição indescritível em palavras. Está vindo para cá lentamente e com paciência, ele sabe que não vou fugir ou apenas deduziu. Agora além do que ele tem em sua suposta face, apareceu em seu peito esquerdo um buraco como o anterior. A quem encontrar isso, saiba que meu fim será breve e lento, de qualquer forma eu estou condenado a isso. Eu matei um homem e abandonei meu irmão. Sou louco, não? Eu sou louco!! Hahahahha, estou mentido?Não falei a verdade? LOUCO! LOUCO, LOUCO! Apenas um louco, quem garante que tudo isso ocorreu? Homens mortos não falam, principalmente enquanto estão cravando algo em sua jugular.







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