2 - Compreendendo as Profecias

2 - Compreendendo as Profecias

@escolasabatinabot
Compreendendo as Profecias

Leia o texto bíblico desta semana: Daniel 2:1-30

INTRODUÇÃO

Pré-requisitos

O capítulo 1 de Daniel tem como tema central a questão do regime alimentar saudável e sua relação com as bênçãos divinas. O capítulo 2, por sua vez, destaca a importância da oração para entender a vontade de Deus e Seus planos. Na corte babilônica, Nabudonosor, o poderoso monarca, teve um sonho e se esqueceu dele. Então, ele determinou aos sábios e adivinhos que revelassem a ele o que havia sonhado e a interpretação do seu sonho. Daniel e seus três amigos estavam envolvidos no grupo. Eles oraram fervorosamente e o Senhor respondeu suas orações. Isso beneficiou não somente a eles, mas também nossa compreensão das profecias bíblicas.

Muitas vezes se fala sobre a importância da oração, mas raras vezes ela é praticada, a não ser formalmente, antes das refeições e na hora de dormir. A oração se tornou quase um mero ritual que os cristãos praticam por hábito. Assim, o potencial inato, autêntico e revigorante da oração raramente é experimentado, e fica perdido o poder que a oração tem de transformar pessoas e de impactar o mundo.

Alguns imaginam que as profecias bíblicas simplesmente possam ser compreendidas mediante mero exercício intelectual. No entanto, o livro de Daniel deixa claro que a compreensão delas pressupõe comunhão íntima com Deus e regime alimentar saudável. A mente entorpecida e embotada não consegue assimilar os planos divinos nem perceber as intervenções do Espírito na caminhada cristã.

No livro de Daniel vemos de maneira clara que todas as partes do nosso ser precisam estar em harmonia para entender o que Deus espera de nós. Não pode haver divisão entre a mente, o corpo e a natureza espiritual, e a oração é o pré-requisito para essa compreensão.

Mãos à Bíblia

1. Leia 2Reis 21:10-16; 2Reis 24:18-20 e Jeremias 3:13. Por que Deus entregou Judá e Jerusalém nas mãos dos babilônios? Assinale a alternativa correta:

  • A. ( ) Porque Judá e Jerusalém fizeram o que era mau perante o Senhor.
  • B. ( ) Por causa do poder irresistível de Babilônia.

À primeira vista, o livro de Daniel começa com um sombrio tom de derrota. Judá havia se rendido a Nabucodonosor e os utensílios do templo haviam sido levados de Jerusalém para a terra de Sinar.

Ao enfrentarmos os desafios do século 21, precisamos recapturar a percepção de Deus tão vividamente refletida no livro de Daniel. De acordo com o profeta, o Senhor a quem servimos não apenas dirige as forças da História por Sua soberania, mas também intervém misericordiosamente na vida de Seu povo para conceder-lhe auxílio crucial em tempos de necessidade. E, como veremos mais adiante, o que Deus fez pelos cativos hebreus, Ele fará por Seu povo no tempo do fim, independentemente dos vários ataques a eles e à sua fé.



AÇÃO

Copie Daniel 2:1-30 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Daniel 2:16-23. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.

Mãos à Bíblia

Volte ao texto que você copiou e estude as passagens.

Faça um círculo em torno das palavras/frases/ideias repetidas

Sublinhe palavras/frases que você achou importantes

Desenhe flechas ligando palavras/frases a outras palavras/frases que estão associadas ou relacionadas

Escolha um verso favorito do texto-chave desta semana. Escreva-o para ajudar na memorização.

Mãos à Bíblia

2. Leia Daniel 1. Eles foram pressionados a se enquadrarem em quais aspectos da cultura de Babilônia?

Quando chegaram a Babilônia, aqueles quatro jovens tiveram que enfrentar um perigoso desafio à sua fé e convicções. Todo o processo pretendia efetuar algum tipo de conversão e doutrinação que resultasse em uma mudança de visão de mundo. Assim, os cativos hebreus tiveram seus nomes alterados. Seus nomes originais, que apontavam para o Deus de Israel, foram substituídos por nomes que honravam as divindades estrangeiras. Além disso, o rei determinou que os rapazes comessem da comida de sua mesa.


EXPOSIÇÃO

Impossibilidades humanas, possibilidades divinas

Rei de Babilônia teve um sonho seguido por uma repentina amnésia. Seus sábios tentaram resolver a questão, mas não conseguiram. Isso deixou o rei muito irado, e por isso ele condenou todos eles à morte. Daniel conseguiu uma audiência com o monarca. Nela ele pediu mais tempo para consultar o Senhor e apresentar uma solução. Seu pedido foi atendido. Ele voltou para casa, expôs o problema para seus amigos e convocou uma reunião de oração. O resto da história vocês já sabem. O Senhor ouviu as orações dos jovens hebreus e revelou o sonho e seu significado a Daniel.

A primeira reação de Daniel e seus três amigos diante da crise foi orar. Às vezes a única coisa que podemos fazer é orar, especialmente quando a solução requer uma intervenção sobrenatural. Nesse caso, a intervenção sobrenatural também envolveu uma revelação sobrenatural. Embora um regime alimentar equilibrado aumente nossa percepção espiritual, somente isso não é suficiente. É preciso estudar a Palavra de Deus de maneira consistente e com oração sincera. A oração é a chave para a compreensão dos propósitos divinos.

Antes de Daniel receber as mensagens proféticas do Senhor, ele estabeleceu um propósito em sua vida: manter uma dieta saudável e separar tempo para a oração. Isso resultou na pessoa que ele se tornou durante todo o tempo em que serviu no reinado de Babilônia e da Medo-Pérsia. O ser vem antes do fazer. Ser um jovem cristão de oração abre o entendimento para compreender e interpretar as Escrituras e colocar em prática suas orientações.

O intelecto humano precisa primeiramente curvar-­se diante do grande EU SOU. As súplicas de Daniel e seus três companheiros, buscando do Senhor a resposta para seu problema, é um exemplo que devemos imitar se desejamos entender as mensagens proféticas da Palavra de Deus.

Daniel estava numa situação impossível. Foi-lhe pedido que descobrisse o que o rei havia sonhado e desse a interpretação do sonho. A reação de Daniel diante da crise foi orar. Quando oramos, a impossibilidade humana se torna a oportunidade de Deus.

Pense nisto

Por que os seres humanos se recusam a reconhecer suas próprias limitações?

Quais são os impossíveis em sua vida que podem se tornar oportunidades para Deus?


TESTEMUNHO

O sonho do rei

Por que Deus deu o sonho a Nabucodonosor em vez de dá-lo a Daniel? Tudo indica que o Senhor desejava alcançar o coração do rei e Se fazer conhecido dele. Não é interessante que uma das maiores profecias preditivas da Bíblia tenha sido dada a um monarca pagão? A natureza da profecia bíblica tem que ver com redenção, e não apenas com predições e cumprimentos. Seu objetivo maior é salvar pessoas. Nabucodonosor, por fim, se converteu através de uma série de eventos que começaram com essa iluminação profética.

Outra razão pela qual Deus deu a mensagem para Nabucodonosor foi revelar a ele a inutilidade de buscar a verdade em outra fonte, e não nos mensageiros de Deus, Seus profetas. Esses instrumentos humanos foram escolhidos para transmitir as revelações divinas. Outras fontes, quer sejam instituições acadêmicas, obras literárias ou predições humanas, não podem revelar a verdade como o faz a Bíblia, a palavra profética de Deus. O livro de Daniel revela a supremacia das Escrituras sobre todas as outras fontes de conhecimento.

Por que a oração foi necessária para Daniel receber a revelação? O coração precisa estar limpo e a consciência em paz, tendo a certeza de que os pecados foram perdoados, para poder receber a mensagem divina. Somente por meio da comunhão constante com o Senhor podemos entender Seus desígnios para nós. A oração é o reconhecimento da nossa limitação e da supremacia divina. O simples ato de orar demonstra a incapacidade, a inadequação e a necessidade do pecador diante do Salvador. As profecias de Daniel precisam da iluminação do Espírito Santo para ser compreendidas. Devemos pedir discernimento a esse Agente divino e estudá-las com oração.

Além disso, a oração tem implicações no ambiente do grande conflito entre Cristo e Satanás do qual fazemos parte. Roger Mourneau escreveu: “[Deus] aguarda os nossos pedidos de socorro para que, às vistas de todos os habitantes do Universo, tenha assim o direito legal de entrar com poder no domínio de Satanás e socorrer os cativos” (Respostas Incríveis à Oração, p. 72). Há regras no grande conflito. A oração dá a Deus o direito e a autorização para agir acima e além do que podemos fazer. Quando oramos estamos dando ao Criador permissão para intervir em nosso favor.


Qual é o significado do ato de Daniel ter-se reunido com seus três amigos para orar? Vemos a importância da oração particular no capítulo 6 de Daniel. A oração em grupo ou coletiva não diminui, de maneira nenhuma, a necessidade da oração particular. Daniel 2 nos mostra que, além da oração particular, a oração em grupo é uma bênção, especialmente em momentos de crise. Daniel e seus três amigos se tornaram um ministério de oração por meio da experiência que tiveram durante o cativeiro babilônico. Isso mostra que os planos e desígnios divinos são revelados para a comunidade de cristãos que formam o corpo de Cristo. Mas também podem ser recebidos isoladamente, à parte do corpo da igreja. A Bíblia mostra a relação essencial que existe entre a comunidade espiritual e a revelação divina (ver Atos 5).

Mãos à Bíblia

3. Em Daniel 1:7-20, vemos dois fatores em ação: o livre-arbítrio de Daniel e a intervenção de Deus. Além disso, que princípio importante aparece no texto?

Parece que os quatro cativos hebreus não se opuseram aos nomes babilônicos que lhes foram dados. Muito provavelmente, não havia nada que pudessem fazer quanto a isso, além de usar seus nomes hebraicos entre si. Mas em relação à comida e ao vinho da mesa do rei, certamente eles tinham o poder de decidir consumi-los ou não. Portanto, a livre escolha dos quatro homens foi muito importante naquele momento.

Quando analisamos a interação entre Daniel e o oficial babilônio, alguns pontos importantes se destacam. Primeiro, Daniel parecia entender bem a difícil posição do oficial. Por isso, ele propôs um teste. Dez dias para o consumo das refeições alternativas deviam ser suficientes para demonstrar os benefícios da dieta e, assim, acabar com os medos do oficial. Segundo, a certeza de Daniel de que o resultado seria muito positivo em tão pouco tempo originava-se de sua confiança absoluta em Deus. Terceiro, a escolha de uma dieta à base de vegetais e água aponta para a comida que Deus havia concedido à humanidade na criação (veja Gn 1:29), um fato que talvez também tivesse influenciado a escolha de Daniel. Afinal, qual dieta poderia ser melhor do que a que Deus nos deu originalmente?

Pense nisto

Observando o texto bíblico que você copiou e marcou, que ideia principal você destacaria?

Quais perguntas surgem em sua mente?

Que imagem do caráter de Daniel emerge deste capítulo?


CONEXÃO


Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Dn 2:1-30) da lição desta semana:


A vida de oração de Jesus

Mc 1:35

Mt 14:23

Lc 5:16; Lc 6:12; Lc 9:28


A vida de oração do cristão

Fp 4:6,7

1Ts 5:17


Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Daniel 2:1-30?

Mãos à Bíblia

4. Leia Gálatas 2:19,20, Mateus 16:24-26 e 2Coríntios 4:17. Como permanecer fiel em meio às tentações?

Pense nisto

É possível ver Cristo em Daniel 2:17-23?

Você passou a ver Jesus sob nova perspectiva depois desta lição?

Como você reage ao ver Cristo dessa forma?


APLICAÇÃO

Comunhão e relacionamento

Éfácil cair na rotina de repetir as mesmas orações, vez após vez, por hábito ou obrigação. A oração é uma das práticas mais negligenciadas pelos cristãos nominais. Contudo, ela é o ingrediente vital para permanecer na fé que professamos. A oração deve ser uma conversa íntima com Deus, um diálogo entre amigos que se conhecem e relacionam. Como afirmou uma especialista: “A conversa é relacionamento […]. Nossa vida alcança sucesso ou fracasso, muda gradual ou repentinamente, mantendo uma conversa por vez” (Susan Scott, Fierce Conversation, p. 12).

Em outras palavras, falamos sobre ter relacionamento com Deus, mas o que realmente isso significa? Quando procuramos a essência do nosso relacionamento com Deus entendemos que ela nada mais é do que comunhão com Ele por meio da oração. Portanto, se não há conversa, não há relacionamento, ou seja, se não há oração, não há relacionamento.

Muitos cristãos têm transformado a oração em um ritual meritório, outros em um item secundário e irrelevante em sua agenda diária. A oração não é nenhuma dessas duas coisas. A oração é intrinsecamente relacional. Na vida matrimonial, nas amizades ou em qualquer outra área que exige relacionamento, ele se dá por meio da conversação. O relacionamento com Deus não é diferente. A oração é o meio que o Céu disponibiliza para nossa conversação diária com Deus, nosso relacionamento com o Criador.

Mãos à Bíblia

5. Leia Daniel 1:17-21. Qual foi o segredo para o sucesso dos quatro jovens? (Veja também Jó 38:36; Pv 2:6; Tg 1:5).

Depois de três anos de treinamento na “Universidade da Babilônia”, os quatro hebreus foram levados perante o rei para a prova final. Eles não eram apenas mais saudáveis do que os outros alunos, mas também os superaram em conhecimento e sabedoria. Os quatro foram imediatamente contratados para servir ao rei. Não devemos nos esquecer de que esse conhecimento e sabedoria, evidentemente, incluíam muito paganismo. No entanto, eles aprenderam mesmo assim, e aprenderam muito bem, ainda que não acreditassem nessas coisas. Que exemplo poderoso do que o Senhor pode fazer por aqueles que confiam Nele!

Observando Daniel 1, aprendemos algumas lições muito importantes sobre Deus: (1) Ele está no controle da História. (2) O Senhor concede sabedoria para que possamos nos orientar no ambiente hostil de nossa cultura e sociedade. (3) Ele honra os que confiam Nele mediante a convicção interior e o estilo de vida.


REFLEXÃO

O poder da oração

Nosso Pai celestial deseja derramar sobre nós a plenitude de Suas bênçãos. É nosso privilégio beber em grande medida da fonte de amor ilimitado. É surpreendente notar que oramos tão pouco! Deus está pronto e sempre disposto a ouvir a oração sincera do mais humilde de Seus filhos, e, apesar disso, há tanta relutância da nossa parte para levar-Lhe nossas necessidades. O que pensarão os anjos celestiais desses pobres homens e mulheres, seres sujeitos à tentação, quando o coração de Deus, infinito em amor, inclina-se para eles, pronto a dar-lhes mais do que podem pedir ou pensar, e eles oram tão pouco e têm uma fé tão pequena? Os anjos têm prazer em se prostrarem diante de Deus e ficar perto Dele. Eles consideram a comunhão com Deus sua maior alegria. Contudo, os habitantes da Terra, que tanto precisam da ajuda que somente Deus pode dar, parecem satisfeitos em andar sem a luz do Seu Espírito e a companhia de Sua presença…

“As trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração. As tentações sussurradas pelo inimigo os levam a pecar; e tudo isso porque não se utilizam dos privilégios que Deus lhes deu, os quais advêm da oração. Por que deveriam os filhos e filhas de Deus ser relutantes em orar, quando a oração é a chave nas mãos da fé para abrir os depósitos do Céu, onde estão armazenados os ilimitados recursos da Onipotência? Sem oração constante e perseverante vigilância, corremos o risco de ficar cada vez mais descuidados, e de nos desviar do caminho reto. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono de misericórdia para que não obtenhamos, por meio da súplica e fé, graça e poder para resistir à tentação. […]

“Leve a Deus suas necessidades, alegrias, tristezas, preocupações e seus temores. Você não conseguirá sobrecarregá-Lo, nem deixá-Lo cansado. Aquele que conta os cabelos de sua cabeça não é indiferente às necessidades de Seus filhos. ‘O Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo’ (Tg 5:11, ARA). Seu coração cheio de amor se sensibiliza com nossas tristezas, até mesmo quando as pronunciamos. Entregue a Ele todas as coisas que perturbam sua mente. Coisa alguma é grande demais para que Ele não possa suportar, pois é Ele que mantém os mundos e governa o Universo.

“Nada do que, de alguma forma, diga respeito à nossa paz é pequeno demais para que Ele não perceba. Não há um só capítulo da nossa existência que seja escuro demais para que Ele não possa ler nem dificuldade alguma tão complicada que não possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde dos Seus filhos, ansiedade nenhuma que lhe perturbe o coração, nenhuma alegria que possa ter, nenhuma oração sincera que lhe saia dos lábios, sem que seja observada pelo Pai celestial, ou sem que Lhe desperte imediato interesse. ‘O Senhor […] cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas’ (Sl 147:2,3). As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e íntimas como se não existisse nenhuma outra pessoa sobre a Terra para compartilhar de Seu cuidado vigilante, ninguém por quem Ele houvesse dado Seu amado Filho.” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 94, 99, 100).

Pense nisto

Depois do estudo de Daniel 2:1-30, nesta semana, quais aplicações você pode fazer em sua vida?

Quais práticas você pensa adotar em sua vida de oração?

DISCUSSÃO

Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:

Qual foi a última vez em que você sentiu que conversou com Deus de coração aberto?

Em quais situações você acha mais fácil e mais difícil orar?

Quais são os tipos de coisas pelas quais você normalmente ora? Por quê?

Você já teve alguma fase de orações vazias e sem sentido em sua vida? Por que você acha que isso acontece?

Participar de um pequeno grupo de oração é uma experiência fantástica. Você já teve esse privilégio?

Qual é a chave para uma vida de oração consistente e poderosa?


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