Seja aquele que vê
Ela afogou-se.
E o mundo continuou a aplaudir.
Ninguém reparou no silêncio por entre os aplausos.
Ninguém... exceto uma pessoa. 💔
Era junho de 2022, no Campeonato Mundial em Budapeste.
A nadadora artística americana Anita Álvarez acabara de terminar uma apresentação de tirar o fôlego – graciosidade e controlo, entrelaçados com água e luz.
Mas quando a música parou... ela não voltou à superfície.
O seu corpo flutuou por um momento – imóvel, suspenso.
Então começou a afundar.
Silenciosamente. Lentamente. Fora do campo de visão.
A multidão continuou a aplaudir. As câmaras continuaram a filmar.
Ninguém viu quando ela desapareceu – exceto Andrea Fuentes, a sua treinadora.
Andrea não precisou pensar. Ela sentiu.
Ela conhecia o ritmo de Anita, os seus limites, a sua respiração.
E, sem dizer uma palavra, ela saltou para a água – com roupa e tudo –
mergulhou fundo, envolveu os braços em torno da nadadora inconsciente
e a trouxe de volta à superfície.
De volta ao ar. De volta à vida. 🫶
Desde então, penso constantemente:
Quem te vê quando começas a afundar-te por trás do teu sorriso?
Quem saltaria para a água por ti sem hesitar e sem esperar por ajuda?
E talvez ainda mais importante –
Notarias se outra pessoa se afogasse?
Às vezes, salvar uma vida não tem a ver com heroísmo.
Tem a ver com estar atento. 👁
Sentir. Agir. Amar.
Não deixes as pessoas à tua volta desaparecerem no seu silêncio.
Sê aquele que vê.
Seja a mão que atravessa a água. ❤️