O céu do momento 3/1.

O céu do momento 3/1.

Wil the ancient mariner
O cluster de estrelas em Westerlund 1. NASA/APOD.

Recomeços são sempre bons, sempre interessantes. Dá pra pegar algumas coisas que estavam paradas e retomar, fazer caminhar aquilo que uma hora estagnou e precisa da essência de todas as coisas que é o movimento.

A coisa mais importante, porém, desse recomeço que tivemos, não é essa. É a celebração. Como recomeço, em termos de suporte energético, de egrégora, essa virada oferece muito pouco. Quase nada. É muito notável que o grande foco dessa virada não é o recomeço, mas a celebração, a comemoração. E isso é TÃO importante, mas tão importante...

Recomeços energéticos e espirituais bons nós temos a cada mês, a cada Lua Nova. Nos eclipses. A cada ingresso do Sol nos cardinais, o maior recomeço com o ingresso do Sol em Áries. E o nosso individual principal, no nosso aniversário. Se espiritualizar é, em muito, talvez em essência, olhar além da matéria. Não precisa se preocupar com o calendário civil. Em termos energéticos ele oferece muito pouco, em geral. Olha os outros ciclos. Pertinho dele teve algo notável. Ontem. 2/1, tivemos uma Lua Nova. Talvez por isso o dia 1/1 tenha sido tão pastoso, cansativo. Lua balsâmica no feriado depois de uma grande festa. Hora de não fazer nada, se recolher e ficar quietinho.

E não me entenda mal, fazer festa é extremamente importante.

Uma parte tão importante e fundamental da vida que fica esquecida mediante a muitas obrigações, demandas e responsabilidades. Por incrível que pareça, o Sol no árido signo de Capricórnio pode ajudar muito. Por nenhum motivo festivo, claro. Mas porque agora, sob o Sol da Cabra a gente pode avaliar o quanto estamos caminhando pelos planos da vida. O quanto estamos subindo a montanha, o quanto do desafio está sendo concretizado. E, acreditem, qualquer passo, ainda mais nesses tempos bicudos, é motivo para uma imensa celebração. E o rigor da cabra pode ajudar muito a ver que bastante foi feito, bastante foi caminhado. Mesmo quando paramos, também é motivo de celebrar e agradecer por, ao menos, podermos considerar mudar de direção. Perdas e retrocessos também podem ser avaliados de forma educativa, ensinando e propondo novos caminhos e estratégias.

- Que otimismo, Wil.

- Sim, Júpiter está em Peixes. As coisas podem até ainda não estarem melhores, mas elas já parecem que vão e mostram por onde irão melhorar.

Vênus continua retrógrada e continua o tempo de reavaliar nossos valores e relações, bem como as coisas que pretendemos obter na vida. Em Capricórnio, essa retrogradação tem muito de rever metas, as coisas que consideramos importante alcançar, construir na vida. Vênus fala de valores, aquilo que a gente ama e quer, aquilo que a gente gosta. Fala também de como a gente vive esses amores. Em Capricórnio, o amor é construção, confiança e segurança. E também bastante exigente, não é nem de perto a Vênus aberta e alegre de Peixes e Libra. Mas Libra exalta Saturno o regente de Capricórnio, com sua confiabilidade, estrutura e apreço pela forma. O eixo Câncer-Capricórnio fala muito de história, daquilo que construímos ao longo do tempo, ao longo da vida. Câncer é a memória, aquilo que é guardado. Capricórnio é o monumento, aquilo que é erigido como símbolo da memória guardada e considerada valiosa.

Como toda retrogradação, também fala muito de rever, no caso, de observar como construímos nossas relações ao longo da vida. As coisas que fizemos bem, as coisas que não fizemos bem. Onde acertamos e onde pisamos na bola. Isso fara relações melhores. E rever limites também. Limites constroem relações saudáveis.

Mercúrio já está em Aquário, onde vai também retrogradar no final de janeiro, começando seu período de revisões do elemento terra. A cada ano, Mercúrio faz moonwalk em um elemento, revendo nossas questões em cada um deles. Em 21, o ano das grandes rupturas, foi nos signos de ar, onde revemos muitas ideias e ideais. Em 22, o ano do delírio, será nos signos de terra. Para quem quer rever finanças, metas, rotinas, trabalho e objetivos, esse vai ser o ano. Até porque precisaremos de chão firme para encarar os sonhos de 22.

Sim, 22 é o ano do delírio. Isso no lado mais pesado. No lado mais leve é o ano do sonho, da fé e da paixão. A grande efeméride de 22 é a conjunção de Júpiter e Netuno em Peixes. Uma efeméride bastante rara, já que, apesar de ambos se encontrarem a cada 12 anos, se encontrarem em um signo especifico, é muito mais raro. No caso de Peixes, a última vez foi em 1856.

Esse é o ano do espiritual, ou um dos anos mais fortes em muito tempo. Júpiter entrou em Peixes dia 29/12 e fica até 10/5. Depois entra em Áries e retrograda novamente para Peixes no final do ano. Será um ano de emoções bastante intensas e profundas. Para quem conhece a expressão é o ano da NETUNADA.

Por fim, Marte está no segundo decanato de Sagitário. Aqui ele ganha uma força um tanto quanto barbárica e pede que nossa energia seja colocada para atuar positivamente, que coloquemos guias e direcionemos ela para propósitos que não sirvam apenas ao vigor físico de sagitário e seu fogo, mas também ao fogo divino da elevação e crescimento. Por a vontade para criar hábitos que nos engradeçam. Para quem gosta de promessas de ano novo, comece já. Começar hábitos com essa força dá muito resultado.

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