NoticiAudio, 8 de Dezembro de 2023
Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 8 a 15 de Dezembro de 2023, produzida pela Plural Media!
Os destaques desta semana:
-Exploração de grafite em Ancuabe encalhada devido a disputa com políticos da Frelimo (Evidências)
-Membros seniores da Frelimo envolvidos em disputa de terras em KaTembe (Carta de Moçambique)
-Promotor de fraude nomeado director distrital do STAE em Namarrói (O País)
A Grafex Limitada, uma das empresas mineiras da Triton Minerals Limitada, está a enfrentar dificuldades para o arranque da exploração de grafite em Ancuabe, província de Cabo Delgado, devido a uma disputa de terra com um grupo de sete cidadãos.
De acordo com o jornal Evidências, o grupo, que inclui membros da Frelimo e dirigentes políticos, obteve o DUAT no dia 31 de Dezembro de 2015, cinco meses depois de o governo ter concedido o espaço à Grafex.
Eles obtiveram a terra para actividade agro-pecuária, mas nunca fizeram nada, incluindo limpar os terrenos.
O representante da Grafex, Adrian Costello, diz que tentou negociar, mas o chefe do grupo, que é Procurador na província de Inhambane, sul de Mocambique, pediu um “valor muito alto”.
O Evidências cita uma fonte do Ministério da Terra dizendo que o grupo não passa de um “caça indemnizações”.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, a Ministra do Trabalho, Margarida Talapa e o antigo Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, são alguns membros seniores da Frelimo que disputam um terreno de 100 hectares, localizado na zona costeira de Nsime, distrito de Matutuine, província de Maputo.
De acordo com a Carta de Moçambique, a disputa, que dura há 10 anos, é contra Inácio Matsinhe, proprietário da parcela há mais de 20 anos.
O problema começou em 2017, quando Diomba, na qualidade de Governador, exarou um despacho parcelando o terreno para mais de 20 pessoas, incluindo para ele mesmo e outros membros seniores da Frelimo, alegando que Matsinhe não cumpria o plano inicial de exploração.
O Tribunal administrativo considerou o despacho ilegal e o caso está a ser julgado no Tribunal Distrital de Matutuine.
Um presidente de mesa que negou assinar editais, que davam vitória à Renamo, participando na fraude eleitoral a favor da Frelimo, foi há dias nomeado director distrital do STAE em Namarrói, província da Zambézia.
De acordo com o jornal "O País", a nomeação está causando espanto e contestação.
Um vídeo gravado na madrugada do dia 12 de Outubro, mostra Juedinaldo Costa sendo arrastado por contestadores e obrigado a assinar os documentos, mas ele recusou e fugiu quando a polícia disparou para o ar para dispersar as pessoas, que já o submetiam a actos de violência.
Até à data da sua nomeação, o visado era director da Escola Secundária de Namarrói, de onde foi recrutado para ocupar o cargo de presidente de uma mesa de voto em Quelimane.
O mandatário da Renamo em Nacala, Francisco Abudo, disse que o partido não vai participar na repetição da votação em Nacala-Porto, no domingo, porque concorreu e venceu as eleições no passado 11 de Outubro.
Ele disse à emissora DW que os membros e simpatizantes da Renamo não vêem motivos para votar em apenas duas mesas de voto, e não em toda a autarquia. Acrescentou que as irregularidades que causaram a repetição foram realizadas pela Frelimo e não pela Renamo.
O Presidente da Comissão Provincial de Eleições em Nampula disse que a Renamo demonstrou desinteresse pelo escrutínio, desde os preparativos e que a sua ausência não prejudicará o processo.
O STAE distrital disse estar ciente das convocações anónimas para tumultos e que já solicitou reforço policial.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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