NoticiAudio, 4 de Novembro

NoticiAudio, 4 de Novembro


Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 4 a 11 de Novembro de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Jornalista Arlindo Chissale passa fome nas celas de Balama (Integrity Magazine)
  • Direito à manifestação usufruída apenas quando for a favor da Frelimo, diz sociedade civil (DW)
  • Guebuza não foi convidado ao Comité Central de Inhambane (Evidências)

O jornalista Arlindo Chissale do Pinnacle News que está detido desde o dia 25 de Novembro nas celas do comando distrital de Balama, não está a ser alimentado, alerta o portal Integrity Magazine.

Chissale foi detido pela PRM alegadamente por ter sido flagrado a tirar fotos a  instituições públicas locais.

O Instituto de Comunicação da África Austral, MISA Moçambique, condena a detenção e apela à libertação imediata do jornalista.  O MISA  defende que a captação de imagens de instituições públicas por jornalistas é um procedimento normal da profissão.

A Carta de Moçambique noticía que o jornalista Chissale se encontra detido sem direito a advogado.

O Integrity Magazine diz ter apurado que desde a sua detenção o jornalista não se tem alimentado, estando a passar fome, uma vez que naquela unidade de segurança não se confeciona comida.


O direito à manifestação nos últimos anos é usufruído apenas quando for a favor do Presidente Nyusi e do partido no poder em Mocambique Frelimo. 

A conclusão é da sociedade civil que diz que os protestos que de alguma forma colocam em causa a governação do dia sao barrados imediatamente pela polícia. 

O jurista Ivan Maússe afirma ser inaceitável que o direito à manifestação assista apenas  um punhado de pessoas, dizendo que o Estado não pode escolher quem deve usufruir desses direitos.

A jornalista e ativista social Nilda Caria, que já chegou a ser detida por protestar contra a violência doméstica, em 2021, também acusa a polícia de proteger interesses partidários. 

A discussão foi levantada durante um debate na segunda-feira, em Maputo, sobre o direito à manifestação, no qual o representante da polícia negou comentar sobre o assunto à DW, alegando que a sua participação no evento foi decidida num prazo muito curto e não deu para ele preparar qualquer posicionamento.


O antigo Presidente da República e presidente honorário da Frelimo, Armando Guebuza, não foi convidado, no fim-de-semana passado, pela direcção do partido, para participar na primeira reunião do Comité Central depois do XII Congresso.

De acordo com o Jornal Evidências, a ausência de Armando Guebuza num encontro importante como aquele, reacende o debate sobre o mal-estar entre ele e o Presidente Filipe Nyusi, e mostra que a reconciliação poderá ser difícil.

O Jornal acrescenta que em causa está o facto de Guebuza entender que o Presidente está a usar as instituições de justiça para perseguir a sua família e colegas, no caso do julgamento das dívidas ocultas, quando existem dados mostrando que Nyusi também fez parte do esquema.


Grande parte das empresas que operam no sector de exploração de recursos minerais e hidrocarbonetos em Mocambique não faculta informação de interesse público, revela uma pesquisa levada a cabo pelo Centro de Integridade Pública, citado pela Carta de Moçambique.

O CIP pediu informações a 21 empresas e, passados quatro meses, apenas cinco é que facultaram a informação solicitada. As cinco incluêm a Sasol, ENH, Montepuez Ruby Mining Limitada e Kenmare.

Das 17 empresas que teimam em não partilhar informação de interesse público, destacam-se a TotalEnergies, a Eni, a ExxonMobil, a Vulcan Resources, a ICVL Zambeze, a Jindal Mozambique e a Minas Moatize.


Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Até para a semana!



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