NoticiAudio, 29.07.2022

NoticiAudio, 29.07.2022

NoticiAudio team

Estimados ouvintes, sejam bem-vindos à edição do NoticiÁudio referente aos dias 29 de Julho a 5 de Agosto de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Helena Taipo condenada a 16 anos de prisão (Lusa)
  • Famílias relatam problemas no reassentamento da Ilha de Olinda na Zambézia (Carta de Moçambique)
  • Grupos sem rosto voltam a convocar manifestações à escala nacional (Evidências)
  • Manifestações populares serão impedidas porque retardam o desenvolvimento, diz comandante da polícia (VOA)

A antiga ministra do Trabalho, Helena Taipo, foi condenada a 16 anos de prisão num caso de desvio de 113 milhões de meticais de salários de mineiros moçambicanos que trabalham na África do Sul.

Além de Taipo, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo condenou, a 16 anos, a antiga directora-nacional do Trabalho Migratório, Anastácia Zitha, o antigo chefe de Repartição de Finanças da Direcção do Trabalho Migratório, José Monjane, e o antigo coordenador do Gabinete do Mineiro, Pedro Taimo.

Cinco arguidos sem vínculo laboral com o Ministério do Trabalho, mas implicados no caso, foram condenados a 12 anos de prisão. Dois arguidos foram absolvidos.

O advogado de Taipo, Inácio Matsinhe, disse no final da leitura da sentença que vai recorrer da decisão.


Famílias afectadas pela exploração de areias pesadas na Ilha de Olinda, no distrito costeiro de Inhassunge, província da Zambézia, relatam problemas no processo de reassentamento implementado pela mineradora chinesa Africa Great Wall Mining Development Company.

Entre os males, está o facto de a população ter sido reassentada a pouco mais de 50 metros do local de mineração, o que a torna exposta aos impactos ambientais decorrentes da actividade mineira. 

De acordo com a Carta de Moçambique, os resultados deste facto já são visíveis, havendo casas que já apresentam rachas devido à movimentação de máquinas e camiões de grande tonelagem, que transportam os minérios até à doca-seca.

Também há que destacar o facto de as casas terem sido implantadas numa área de mangal, o que deixa algumas residências cercadas de águas das chuvas e as ruas inundadas.

Como se não bastasse, segundo relatos da população, a empresa chinesa prometeu distribuir redes de arrasto aos pescadores daquela comunidade, porém, até ao momento, a promessa não foi cumprida. Também houve promessa de electrificação do bairro, mas a população continua sem energia. Prometeram construir uma igreja, mas não o fizeram. 

Para além destas promessas, a população queixa-se ainda de não ter sido indicada a área para o cultivo. Outras promessas não cumpridas relacionam-se com a construção de uma escola e um centro de saúde. 


Circulam mensagens de origem diversa nas redes sociais apelando para uma manifestação nacional, devido ao elevado custo de vida, aliada à falta de uma resposta clara por parte do governo para aliviar o sofrimento de milhares de moçambicanos, reporta o Jornal Evidências.

A Polícia da República de Moçambique já está avisada e o comandante-geral, Bernardino Rafael, instruiu a corporação para tudo fazer para repelir qualquer tentativa.

Apesar de não terem rosto, os que convocam a referida manifestação, ameaçam, segundo a polícia, vandalizar instalações da EDM, vias ferroviárias, centros de tratamento de água, centros comerciais, condutas de gás e outras Infra-estruturas do Estado, bem como ataque às unidades e subunidades da PRM.

Segundo o Jornal Evidências, as reivindicações não terminam só no custo de vida. Os funcionários públicos, que viram as suas expectativas largamente defraudadas após a divulgação dos números da Tabela Salarial Única (TSU) que geraram mais discórdia e descontentamento por beneficiar uns e outros não, ameaçam também paralisar as actividades até que o governo atribua um aumento de 100 por cento para todas as carreiras sem nenhuma distinção.


O Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, diz que as manifestações populares serão impedidas pela polícia uma vez que elas só retardam o desenvolvimento.

Rafael respondia assim às reclamações sobre o excesso de zelo da polícia face às ondas de greves convocadas em Moçambique. 

Para a manifestação nacional convocada no dia 1 de Agosto face ao alto custo de vida, Rafael disse, citado pela VOA, que a polícia já está em prontidão estando nas vias públicas, nas grandes praças e terminais rodoviários a trabalhar para que a greve não seja realizada. 

Na quinta-feira a polícia fortemente armada impediu uma manifestação de comerciantes do mercado de peixe na cidade de Maputo, que protestavam contra o alto custo de taxas cobradas para o aproveitamento do espaço.


Esta foi mais uma edição do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Fique atento à próxima edição!!!


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