🎧 NoticiAudio, 27 Novembro 2020 🎧

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Plural Media

Estimados ouvintes, sejam bem-vindos a mais uma edição do NoticiÁudio!

Os destaques desta semana.

  • CDD condena ataques do Presidente Nyusi a liberdade de expressão e imprensa  (CDD)
  • Moçambique ainda não recuperou do impacto das dívidas ocultas, diz Graça Machel (Lusa)
  • Renamo e MDM denunciam exclusão no acesso a ajuda da Covid-19 (DW)
  • Membros da Renamo saem às ruas contra Ossufo Momade (Magazine Independente)

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O Presidente Nyusi autorizou, esta quarta-feira, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a responsabilizar alguns órgãos de comunicação social e as redes sociais pela desinformação sobre o conflito armado em Cabo Delgado, supostamente porque distorcem e manipulam os factos, favorecendo os grupos terroristas. 

A instrução do Chefe de Estado, segundo o CDD, transporta o perigo de promover a violação dos direitos humanos, o impedimento à cobertura jornalística e às liberdades individuais perpetradas pelas Forças de Defesa e Segurança, ainda mais por se tratarem de ordens vindas do Comandante-Chefe, cujo cumprimento é de caráter inquestionável. 

O CDD entende que este posicionamento é revelador de nervosismo, justificado pela falta de uma resposta clara ao conflito em Cabo Delgado, por isso defende que, ao invés do silenciamento das liberdades e da promoção do medo, que se ampliem os espaços de partilha de informação e se assuma os órgãos de comunicação social como parceiros para melhor compreensão pela sociedade dos acontecimentos em Cabo Delgado.

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Ativista social e política moçambicana Graça Machel considera que Moçambique ainda não recuperou do impacto do caso das “dívidas ocultas”, esquema corrupto que aumentou a pobreza dos moçambicanos.

Falando em entrevista por videoconferência à agência Lusa, Machel disse que o ritmo de crescimento que Moçambique estava a registar ficou seriamente afetado e a disponibilização de recursos financeiros para manter esse ritmo ficou severamente diminuída a partir de 2016-17.

O caso contribuiu para o aumento da pobreza, desigualdade e insegurança no norte e centro do país, que continua a ser afectado pela corrupção e pelos conflitos internos, apesar do acordo de paz assinado no ano passado entre o Governo e a Renamo.

O caso das dívidas ocultas já está no tribunal aguardando pelo início do julgamento.  Para Graça Machel, entretanto, o processo está a ser muito lento e as autoridades deveriam informar melhor a população sobre os desenvolvimentos.

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Os partidos MDM e Renamo acusam as autoridades da província de Inhambane de excluírem os seus membros e simpatizantes da receção do subsídio de 2 mil meticais por mês, previsto como assistência às famílias carenciadas durante a pandemia de Covid-19. 

O porta-voz do MDM em Inhambane, Joel Jeremias, disse à DW que nos bairros houve a exclusão total dos membros da oposição. O mesmo terá acontecido com os membros da Renamo. Sem gravar entrevista, o delegado da formação política em Inhambane, Carlos Maela, também confirmou a exclusão dos seus membros.

Bernadete Gulube, uma simpatizante de um dos partidos da oposição no distrito de Homoíne, confirma que não foi inscrita e que nenhum líder comunitário ou secretário do bairro a contactou para receber a ajuda do Governo.

Entretanto, Isac Mucavele, delegado do Instituto Nacional de Ação Social em Inhambane garante que a sua instituição não excluiu ninguém para receber os apoios, porque o dinheiro é para todos os moçambicanos.

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Duas pessoas ficaram gravemente feridas na sequência de confrontações entre membros da Renamo na província de Tete, após uma marcha contra a liderança do presidente do partido, Ossufo Momade.

Os dois indivíduos, que são membros do partido na vila de Songo, foram atingidos por pedras e paus durante um confronto entre um grupo que contesta a liderança e outro que o apoia.

Em conferência de imprensa, que marcou o início da manifestação, Hernani da Silva, porta-voz do grupo e membro da assembleia municipal de Tete pela Renamo, acusou o líder do maior partido da oposição de "divisionismo, clientelismo e exclusão ao nível do partido".

Entretanto, o delegado político da Renamo na província, Evaristo Sixpence, que esteve no local liderando o grupo que apoia Momade, acusa os manifestantes de não estarem alinhados com o partido, considerando que a sua intenção é desestabilizar a Renamo.

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Esta foi mais uma edição do NoticiÁudio, produzido pela Plural Media.

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