NoticiAudio, 25 de Novembro

NoticiAudio, 25 de Novembro


Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 25 de Novembro a 2 de Dezembro de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Posta a circular  carta da OJM solicitando aprovação dos seus membros numa escola (Carta de Moçambique)
  • Cerca de 1.400 pessoas deslocadas de guerra de Cabo Delgado passam fome no Niassa (VOA)
  • Chefe de operações da polícia de Palma entre as vítimas mortais de um ataque insurgente (Zitamar News)

Circula nas redes sociais uma carta da OJM em Napipine, na cidade de Nampula, que pede à direcção da Escola Secundária de Napipine a garantia de passagem de classe dos alunos da 10ª à 12ª classe, que fazem parte daquele braço juvenil da Frelimo.

De acordo com a Carta de Moçambique, o documento de carácter confidencial, que deu entrada naquele estabelecimento de ensino no passado dia 6 de Novembro, contém uma lista de cerca de 20 alunos da OJM, com fraco aproveitamento pedagógico.

No documento  a OJM elenca os nomes, as classes e as respectivas turmas em que frequentam os referidos alunos academicamente fracos.

O Secretário-geral da OJM, Silva Livone, disse à Carta de Mocambique estar a par do assunto e que estavam em curso investigações para aferir a veracidade do documento. Mas  desconfia que esta informação seja obra do que chamou ‘’inimigos da Frelimo’’.


Cerca de 1.400 pessoas que fugiram de ataques armados no distrito de Namuno, na província de Cabo Delgado, agora refugiadas no distrito de Nipepe, no Niassa, passam fome e carecem de ajuda de emergência.

De acordo com a Voz da América, o grupo constituído por cerca de 284 famílias, que faz parte da população que fugiu dos ataques no final de Outubro, no distrito de Namuno, está abrigado em barracas precárias e salas de aulas, sem acesso a apoio alimentar, no Niassa.

Uma pessoa chegou a desmaiar no domingo passado por falta de comida, disse à VOA Faruk Abibo, um deslocado em Nipepe. 

Outro deslocado disse que uma organização humanitária e algumas entidades governamentais tinham feito um levantamento das necessidades dos deslocados, mas nenhuma intervenção tinha sido feita até então, adiantando que muitos recebem “pratos de comidas dos moradores locais”.

O governador da província de Niassa, Dinis Vilankulo, disse que o governo está a fazer um levantamento para minimizar a situação de fome.


O chefe das operações da polícia de Palma foi morto numa emboscada na tarde de domingo quando atravessava a aldeia de Xitaxi, distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado.  

Segundo a Zitamar News, insurgentes conseguiram parar o carro e incendiá-lo.  Na viatura seguiam cinco pessoas, incluindo o chefe da polícia, a sua esposa, um sobrinho, o motorista e um funcionário moçambicano da ONG francesa Solidarités International.  

A  Zitamar adianta que fotos que circulam nas redes sociais mostram dois corpos carbonizados, que não podem ser identificados de forma independente, ao lado da carcaça queimada do carro.  

Os outros estão desaparecidos, ou presumivelmente mortos.  Ainda naquela tarde, duas pessoas viajando pela mesma rota da estrada N380, perto de Xitaxi, viram um carro parado na beira da estrada, e foram baleadas por homens que o motorista acredita serem insurgentes.

O motorista e o passageiro conseguiram escapar em segurança, mas o carro foi perfurado por balas, que são visíveis nas fotos do veículo após o ataque, vistas pela Zitamar.  

A N380 é a principal estrada que liga Macomia aos distritos do norte da província de Cabo Delgado.


Continuam vivas as desinteligências entre o Governo e a Associação Médica de Moçambique (AMM), em torno da implementação da Tabela Salarial Única (TSU), 

contrariamente ao que disse o Vice-Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, na tarde de segunda-feira.

A informação foi avançada pela Associação Médica de Moçambique no mesmo dia (segunda-feira última) em que o Governo garantiu, em conferência de imprensa, ter resolvido todas as inquietações apresentadas pelos médicos, escreve a Carta.

O ministro Inocêncio Impissa disse que tinha sido conseguido um arranjo com os médicos, juízes, docentes universitários, professores, entre outros grupos profissionais.

 No entanto, segundo a Carta de Moçambique, os médicos negam que tenham negociado esses arranjos com o Governo e garantem que se irão manifestar no próximo dia 5 de Dezembro.

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Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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