NoticiAudio 23.09.2022

NoticiAudio 23.09.2022



Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 23 a 30 de Setembro de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Nyusi não nega nem rejeita  que quer terceiro mandato (Dossiers e Factos)
  • CDD quer esclarecimentos sobre atribuição de 12.000 hectares de terra (Lusa, CDD)
  • Bispo de Pemba diz que para travar os terroristas deve-se dar um futuro aos jovens (Carta de Moçambique)

O Presidente Nyusi disse aos membros do comité central da Frelimo, na quinta-feira da semana passada, nunca ter afirmado que se estava a preparar para o terceiro mandato. 

Nyusi reagia à intervenção do antigo ministro de energia, Castigo Langa, que durante a sessão do Comité Central pediu a Nyusi que desistisse da ideia, de modo a  “evitar sangue” em Moçambique. 

De acordo com o jornal Dossiers e Factos, Langa lembrou que os antigos presidentes Chissano e Guebuza cumpriram dois mandatos e espera que Nyusi faça o mesmo. 

O jornal adianta que Nyusi ficou nervoso com a intervenção do antigo ministro, tendo respondido que esse assunto não estava na agenda da reunião. Terminou  dizendo que nunca falou com ninguém sobre o terceiro mandato.

Por seu lado, o jornal Evidências nota que a resposta do presidente Nyusi não clarifica se ele está ou não a preparar-se para mais um mandato.


A organização não-governamental CDD voltou a pedir esclarecimentos sobre a atribuição pelo Governo de 12 mil hectares de terra em Palma, província de Cabo Delgado, a uma entidade estatal, sem consulta pública. 

A organização, citada pela Lusa, diz que a ausência de informação sobre a atribuição é generalizada, incluindo por parte de alguns funcionários seniores do governo de Cabo Delgado.

A aprovação do DUAT provisório a favor do Centro de Promoção de Desenvolvimento Económico de Cabo Delgado, CPD, não foi antecedida por uma consulta pública às comunidades afectadas, conforme obriga a legislação sobre terras, revela a organização CDD.

Também em Maio, a ONG moçambicana Centro Terra Viva anunciou investigações junto da Direção Nacional de Terras para esclarecer como é possível atribuir tal extensão de território sem consultar os seus habitantes, que estão em fuga por causa da guerra na região.


O Bispo da Diocese de Pemba, Juliasse Ferreira Sandramo, disse que a resposta aos ataques terroristas não pode ser apenas militar, mas também é necessário dar emprego aos jovens.

Citado pela Carta de Moçambique, o Bispo diz que se não se criarem oportunidades para os jovens, eles serão tentados e recrutados para as fileiras dos terroristas.

O bispo frisou que uma resposta exclusivamente militar pode eliminar dois, três ou quatro terroristas, mas não impedirá novos recrutamentos.


A sociedade civil diz que a proposta de lei que obriga as ONGs a apresentarem relatórios de actividades ao governo visa controlar as organizações e minar o seu espaço de actuação no país.

Adriano Nuvunga, diretor do CDD, diz que se trata de uma tentativa de silenciar as vozes dos que defendem os direitos humanos em Moçambique.

Na mesma linha, o representante da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, Joaquim Mucar, afirma  que a não apresentação de relatórios periódicos sobre as suas actividades  é um argumento falacioso, visando dar poder ao Executivo para acabar com as organizações da sociedade civil.

Falando a jornalistas na terça feira em Maputo, as organizações reiteraram que a referida lei apresenta erros graves e viola princípios constitucionais.

Segundo o jornal O País, o governo alega pretender com esta lei combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, mas as ONGs dizem desconhecer que organizações da sociedade civil praticam tais actos.


Empresários da província de Cabo Delgado doaram mais de 10 milhões de Meticais para ajudar o partido Frelimo a organizar o seu XII Congresso, que decorre entre os dias 23 e 28 de Setembro, no Município da Matola, província de Maputo.

De acordo com a Carta de Moçambique, o valor foi arrecadado durante a Gala de Angariação de Fundos para o XII Congresso, organizada pelo Comité Provincial local, sendo que parte do dinheiro resultou do leilão de alguns artigos, com destaque para capulanas, camisas, chávenas e obras de arte.

A Carta de Mocambique nota que essa doação acontece quando aquela classe empresarial se queixa de estar em crise por causa dos ataques terroristas e também da pandemia da Covid-19.


Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Até para a semana!




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