NoticiAudio, 23 de Junho

NoticiAudio, 23 de Junho


Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 23 a 30 de Junho de 2023, produzida pela Plural Media!

Os destaques desta semana:

  • Renamo sugere realização de eleições distritais em alguns distritos (Carta de Moçambique)
  • Vítimas de violência policial lamentam silêncio do Estado (Lusa)
  • Refugiados ruandeses abandonam Mocambique por medo de perseguição (Carta de Moçambique)

A Renamo sugere agora a realização de eleições distritais em “alguns distritos”, com o líder do partido, Ossufo Momade, a defender o “gradualismo” na implementação do novo escrutínio. 

Para o efeito, Momade sugere a criação de um grupo técnico de trabalho, constituído pelos três partidos com assento parlamentar, para a identificação dos primeiros distritos e outros detalhes.

A “Carta de Moçambique” nota que se trata de uma nova posição, depois do partido Renamo ter defendido, firmemente, a  realização de eleições distritais em todos os distritos do país, tal como está plasmado na Constituição da República.

A nova declaração surge numa altura em que a Frelimo está a preparar mecanismos para o adiamento das eleições distritais, a serem apresentados  numa sessão parlamentar, a ter lugar em Agosto.  


Vítimas da violência policial no passado 18 de Março, quando tentavam homenagear o rapper Azagaia, dizem estar a sofrer de problemas de sáude, denunciando a falta de assistência, pelo Estado moçambicano.

Inocêncio Manhique, 34 anos, que perdeu o olho esquerdo ao ser atingido por uma bala de borracha, afirma que recebeu ajuda de muitas pessoas e instituições privadas, mas nenhuma do Estado.

José Joanisse, 56 anos e antigo 'madjermane', trabalhador na ex-República Democrática Alemã (RDA), diz que vive com fortes dores de cabeça, desde que teve a testa rasgada por uma cápsula de gás lacrimogéneo,  que levou sete pontos.

Pintor de profissão, Joanisse diz que parou de trabalhar devido às dores e vive como "uma formiga ou passarinho", que "apanha migalhas para não morrer à fome".

A Lusa diz ter contactado a Presidência da República, a Procuradoria-Geral da República e o Comando-Geral da Polícia, mas até ao momento ainda não obteve esclarecimentos sobre a situação das vítimas.


Um refugiado ruandês denunciou na segunda-feira em Maputo, que algumas famílias ruandesas estão a abandonar Moçambique, devido à pressão e perseguições políticas, supostamente protagonizadas pela embaixada do Ruanda, em Maputo.

Sem avançar números, Albert Bikorimana, disse que muitos refugiados que estavam em Mocambique, agora procuraram exílio em outros países africanos, por temer a sua deportação para o Ruanda, ou como forma de salvar as suas famílias que se encontram em Maputo.

A “Carta de Mocambique” recorda que em Maio de 2021, um jornalista ruandês refugiado em Moçambique, de nome Ntamuhanga Cassien, foi raptado na Ilha de Inhaca e, em Setembro do mesmo ano, um outro ruandês, Revocant Karemangingo, foi assassinado no Município da Matola. 

Os dois casos nunca foram esclarecidos.


A Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo está a alugar às instituições públicas, autocarros que deviam transportar passageiros, prejudicando, assim, várias pessoas, principalmente na hora da ponta.

De acordo com o jornal “O País”, as principais instituições que alugam os autocarros são os ministérios da Economia e Finanças, da Saúde, as Linhas Aéreas de Moçambique e o Hospital Central de Maputo.  

Esta prática acontece numa altura em que a própria empresa de transporte púbico  reconhece que não dispõe de autocarros suficientes, para responder à procura dos passageiros.

A equipa do jornal “O País” diz ter tentado, por duas semanas, obter uma reação junto da EMTPM, mas a instituição não quis falar sobre o assunto. Cartas de pedido de esclarecimento foram também enviadas aos ministérios da saúde e de economia, mas não obtiveram resposta.


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Até para a semana!




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