NoticiAudio, 23 de Dezembo de 2023

NoticiAudio, 23 de Dezembo de 2023


Estimado ouvinte, seja bem-vindo à última edição do NoticiÁudio no presente ano, sendo que voltamos em 2024 na semana do dia 7 de Janeiro.

Os destaques desta semana:

- Deputados da Renamo vaiam e interrompem Presidente Nyusi durante discurso sobre Estado da nação (Lusa)

- Sobe para dois o número de edis da Renamo suspensos das suas actividades (VOA)

- Jornalistas exigem esclarecimento sobre a morte do editor João Chamusse (DW)


 A bancada parlamentar da Renamo vaiou e interrompeu momentaneamente, na quarta-feira, o discurso do Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o informe anual sobre o Estado da nação, no Parlamento. 

Vestidos com camisolas pretas, com escritos de repúdio ao que classificam como megafraude nas eleições autárquicas de 11 de Outubro, os deputados da Renamo viraram as costas ao Chefe de Estado, quando a Presidente do Parlamento, Esperança Bias, o chamou para prestar o seu informe. 

Com hinos de exaltação ao partido, gritos e cantos, os deputados da Renamo vaiaram Filipe Nyusi, exigindo a reposição da "verdade eleitoral" e chamando a Frelimo, de partido de "ladrões". 

A Lusa reporta que, mesmo com a chamada de atenção da Presidente do Parlamento, os deputados da Renamo continuaram a cantar e a gritar, tornando impossível a perceção do discurso de Filipe Nyusi, que tentava falar mais alto. 


O Tribunal Judicial de Nampula suspendeu, na terça-feira, as atividades do edil local e cabeça-de-lista da Renamo nas autárquicas de 11 de Outubro, Paulo Vahanle, por alegada incitação à violência, nas manifestações.

Com a decisão, Vahanle não poderá, nos próximos quatro meses, desenvolver qualquer atividade política, incluindo as manifestações em que reivindica vitória nas eleições.

De acordo com a VOA, Vahanle já reagiu dizendo que tudo não passa de perseguição política.

Além de Paulo Vahanle, também o autarca de Nacala Porto, Raul Novinte, foi afastado do cargo de edil por 30 dias, acusado de incitamento à violência nas manifestações. No caso de Novinte, além de ser afastado, o tribunal de Nacala-Porto decretou a sua prisão domiciliária.


O Comité para a Proteção dos Jornalistas, CPJ, organização internacional com sede em Nova Iorque, apela às autoridades de Moçambique a investigarem exaustivamente o assassinato do jornalista João Chamusse, à porta da sua casa, no dia 14, no distrito de KaTembe, em Maputo.

Chamusse, que era também comentador da TV Sucesso, e era conhecido pelas suas críticas ao governo e à gestão dos processos eleitorais.

Na segunda-feira, dezenas de profissionais da informação saíram à rua marchando pacificamente, em protesto contra crimes contra jornalistas e submeteram na PGR, uma queixa-crime contra os assassinos de Chamusse, que continuam desconhecidos.

Em entrevista à DW África, o jornalista Marcelo Mosse disse que, a confirmar-se que houve um assassinato com motivações políticas, "não é desta forma que o regime vai calar as vozes incómodas".


O governo anunciou que o recenseamento eleitoral para as eleições gerais de 2024 vai decorrer de 1 de Fevereiro a 16 de Março de 2024, visando registar eleitores para a votação do novo Presidente da República, deputados e governadores provinciais.

De acordo com o jornal O País, nesse período, será possível a realização do recenseamento eleitoral nos distritos sem autarquias locais, assim como a actualização do recenseamento eleitoral, nos distritos com municípios. 

No estrangeiro, está previsto que os moçambicanos se recenseem entre 16 de Fevereiro e 16 de Março.

Refira-se que as eleições gerais estão marcadas para 9 de Outubro de 2024.


 Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

A equipa do NoticiAudio deseja a todos Festas Felizes.

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