NoticiAudio, 2 de Setembro

NoticiAudio, 2 de Setembro

NoticiAudio team

Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de  2 a 9 de Setembro de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Comandante dos militares na reserva denuncia nepotismo na selecção de candidatos às FADM (O País)
  • Famílias de Montepuez recebem casas após oito anos de espera (DW)
  • Esfomeadas, famílias deslocadas em Nacala-Porto exigem ser devolvidas às suas terras de origem (Carta de Moçambique)
  • Há lições a tirar das eleições em Angola, diz Ossufo Momade (DW)

O comandante do Comando de Reservistas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, David Munongoro, denunciou na semana passada o actual sistema de recrutamento de novos membros para as fileiras do exército, com base em laços familiares. 

Citado pelo Jornal O País, Munongoro disse que o actual sistema de recrutamento privilegia filhos de militares, o que acaba colocando em causa a acção das Forças de Defesa e Segurança, porque nenhum pai quer ver o seu filho na guerra.

Ele criticou os pais militares que mandam os seus filhos para a tropa como forma de educá-los ou garantir emprego, mas quando sabem que eles devem ir para Cabo Delgado, por exemplo, não aceitam tal decisão.


As famílias da comunidade de Intoro, distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, receberam finalmente as suas casas na aldeia de reassentamento de Wikhupuri, posto administrativo de Namanhumbir. 

De acordo com a rádio DW, são pessoas que foram retiradas das suas casas em 2014, para dar lugar à exploração de rubis pela mineradora Montepuez Ruby Minning.

Após oito anos de espera, as 105 famílias abrangidas receberam novas casas na aldeia de reassentamento, que contempla igualmente serviços de saúde, educação, esquadra e centro de formação profissional para a comunidade hospedeira.


Centenas de deslocados dos ataques terroristas, no distrito de Nacala-Porto, província de Nampula, aglomeraram-se na quarta-feira passada, no campo de Opica, para exigir ao governo a criação de condições para o regresso às suas zonas de origem, em Cabo Delgado.

De acordo com a Carta de Moçambique, os manifestantes dizem que desde a sua chegada em 2020, receberam assistência humanitária apenas duas vezes. 

Adiantam que noutras ocasiões, poucas pessoas beneficiaram do apoio, devido a alegadas manobras dos responsáveis pela distribuição e à falta de organização por parte das autoridades dos bairros.

Dizem que os responsáveis pela distribuição quando chegam ao local, chamam apenas algumas pessoas e depois assinam que todas as famílias inscritas beneficiaram da assistência. Os secretários dos bairros são igualmente acusados de cobranças ilícitas no valor de 500 meticais, para passar uma declaração em como receberam a ajuda.

Na sua reclamação, os deslocados queixaram-se de não ter acesso à terra para a prática da agricultura, apontando que os nativos os impedem de produzir. 


O maior partido da oposição em Moçambique, a RENAMO, diz que há lições que devem ser tiradas tanto pelos partidos como pelos eleitores, do escrutínio  de 24 de Agosto, em Angola,  a começar pelo controlo dos votos.

O porta-voz da RENAMO, José Manteigas, elogiou o que chamou de envolvimento profundo dos angolanos nestas eleições e apelou aos moçambicanos a fazerem o mesmo em 2024.

Ele acrescentou que os moçambicanos têm vontade de controlar os seus votos, como fizeram os angolanos, mas enfrentam ainda a repressão da polícia.

Citado pela DW, Manteigas disse que a união de movimentos da oposição e da sociedade civil angolana pela alternância política, é outra lição a tirar das eleições angolanas.


Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Até para a semana!


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