NoticiAudio, 19 de Agosto

NoticiAudio, 19 de Agosto


Estimados ouvintes, sejam bem-vindos à edição semanal do NoticiÁudio de 19 a 26 de Agosto de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Activista Adriano Nuvunga ameaçado de morte (Lusa)
  • Cidadãos revoltados com as medidas econômicas anunciadas pelo Presidente da República (Carta de Moçambique)
  • Disputa entre mineradora chinesa e EDM prejudica população de Inhassunge (DW)
  • Jovens deslocados vivem com medo na cidade de Pemba (Carta de Moçambique

Indivíduos desconhecidos atiraram duas balas de AK47 para a  residência do director da organização não-governamental Centro para a Democracia e Desenvolvimento, Adriano Nuvunga, segundo revelou o próprio à agência Lusa. 

Nuvunga disse que as balas estavam embrulhadas em papéis com scritas que, apesar de o conteúdo não ser claro, podia ler-se “Cuidado, Nuvunga”. 

O activista disse tratar-se de uma ameaça velada ao seu trabalho para alargar o acesso da população à justiça e contra a impunidade. O Serviço Nacional de Investigação Criminal disse à Lusa que recebeu uma denúncia e que prosseguem investigações para identificar os suspeitos que deitaram as balas na casa de Nuvunga. 

Em 2020, o director do CDD recebeu outra ameaça de uma suposta bomba em sua casa, sobre a qual a Amnistia Internacional pediu uma investigação, mas cujo desfecho continua ainda desconhecido.


Cidadãos entrevistados pela publicação Carta de Moçambique dizem-se insatisfeitos com as medidas anunciadas recentemente pelo presidente Filipe Nyusi para conter o custo de vida. 

Daniel Mafumo, que reside na  Matola-Gare, província de Maputo, disse que esperava que o presidente fosse directo e anunciasse que os produtos de primeira necessidade teriam os preços reduzidos.  Como não tinha ouvido o que esperava, desligou a televisão enquanto o presidente falava. 

A maioria dos entrevistados disse ter expectativas que as medidas tivessem um impacto directo no custo de produtos e serviços. 

O Observatório do Meio Rural disse que as medidas anunciadas não vão reduzir a tendência para o aumento do custo de vida. 

A OMR considera que as medidas vão beneficiar apenas um grupo minoritário do sector empresarial. Por seu turno, o partido MDM disse que as medidas são simples e que não resolvem os problemas actuais da população moçambicana. 


O bairro de reassentamento de Olinda em Inhassunge, na província de Zambézia, continua sem electricidade, apesar das promessas nesse sentido feitas pela empresa chinesa que explora areias pesadas na região. 

As 80 famílias residentes no bairro queixam-se, além da falta de energia, das más condições em suas casas, incluindo a falta de água para beber. 

A Electricidade de Moçambique diz não ter os recursos para a instalação da rede eléctrica, visto tratar-se de uma despesa não planificada. 

Através de um representante que não quis ser identificado por temer represálias, a empresa chinesa diz ter cumprido todas as suas obrigações em benefício das famílias deslocadas, e que não é sua responsabilidade instalar electricidade no bairro.


Jovens deslocados pelo conflito em Cabo Delgado afirmam viver com medo em Pemba. Eles dizem sofrer perseguição por suspeita de associação com os insurgentes que protagonizam ataques na província. 

Acrescentam que as suspeitas são mais comuns quando se trata de  jovens que praticam actividades que geram algum rendimento. 

Apresentaram como exemplo o caso de um taxista de mota, chamado Falume,  proveniente de Mucojo, no distrito de Macomia. Ele está deslocado em Pemba desde 2020.  Falume foi levado para um quartel, onde foi supostamente maltratado por militares. 


Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Até para a semana!


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