NoticiAudio, 17 de Marco
Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 17 a 24 de Março de 2023, produzida pela Plural Media!
Os destaques desta semana:
- UIR lança gás lacrimogéneo para impedir cortejo fúnebre de Azagaia (Integrity Magazine)
- Ciclone Freddy destrói 40 casas de reassentamento em Macuse (Carta de Moçambique)
- Tribunal britânico confisca cerca de 62 milhões de meticais do antigo director da administração de estradas (Mediafax)
Um contingente fortemente armado da Unidade de Intervenção Rápida, UIR, impediu, na terça-feira, o cortejo fúnebre do rapper Azagaia de usar usar uma rota que passaria pela residência oficial do Presidente Nyusi.
De acordo com o " Integrity Magazine”, os acompanhantes da urna manifestaram-se contra o impedimento, tendo a UIR lançado gás lacrimogêneo para dispersá-los.
O cortejo acabou por mudar de rota, tendo usado a avenida de Mocambique até ao cemitério de Michafutene.
Mesmo no percurso alternativo, Azagaia foi acompanhado sempre por uma multidão, que foi crescendo com a saída da caravana do centro da cidade em direção aos bairros periféricos, onde sobretudo comerciantes informais e estudantes, esperavam para o homenagear.
Milhares de pessoas prestaram a última homenagem ao Azagaia sem mobilizações partidárias, sem circulares nas instituições públicas, sem autocarros públicos, sem camisetas e bonés, sem água e refrigerantes. A organização da sociedade civil, CDD, nota que foi a maior homenagem popular de que há memória nos últimos anos.
Quarenta casas do projecto de reassentamento do Porto de Macuse foram totalmente destruídas, outras tantas severamente danificadas, com telhados, janelas e portas a serem arrancados pela força da tempestade Freddy, os acessos quase destruídos e materiais de construção danificados.
De acordo com a Carta de Moçambique, a empresa responsável, a Thai Moçambique Logística, comprometeu-se já a reconstruir as habitações e acessos, com a maior brevidade possível.
Refira-se que a implementação do projecto de reassentamento do Porto de Macuse estava já numa fase bastante avançada.
Cerca de 62 milhões de meticais, supostamente pertencentes ao antigo director nacional de Estradas e Pontes, Carlos Fragoso, serão devolvidos a Moçambique por terem sido obtidos através de corrupção.
De acordo com o Tribunal Real de Jersey, citado pelo Mediafax, o dinheiro foi confiscado por se considerar que a sua origem tem a ver com subornos pagos por empresas internacionais de construção civil, para ganharem contratos de construção de estradas e pontes, em Moçambique.
O tribunal de Jersey adiantou que vai iniciar negociações com as autoridades moçambicanas para que o dinheiro seja devolvido ao povo moçambicano.
O antigo ministro da defesa Atanásio Salvador Mtumuke continua com o processo contra o jornalista Armando Nenane e, desta vez, exige 30 milhões de meticais de indemnização.
Tudo começou em 2020, quando o jornalista descobriu que o antigo ministro era um dos titulares da conta bancária que recebia dinheiro de empresas de exploração de gás em Cabo Delgado. O dinheiro em causa, disse Nenane na altura, devia ter sido depositado na conta do ministério da defesa, e não na do ministro.
Desde então, o general Mtumuke prossegue com um processo contra o jornalista.
Refira-se que o tribunal da cidade de Maputo já tinha arquivado o processo, por insuficiência de provas que incriminassem o jornalista, mas Mtumuke solicitou mais uma audiência.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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Até para a semana!