NoticiAudio, 15 a 22 de Julho

NoticiAudio, 15 a 22 de Julho

NoticiAudio team

Estimados ouvintes, sejam bem-vindos à edição do NoticiÁudio referente aos dias 15 a 22 de Julho de 2022!

Os destaques desta semana:

  • Salário do presidente Nyusi sobe para 596,000 meticais com a nova tabela salarial (A Verdade, Carta de Moçambique)
  • Novo salário mínimo longe de satisfazer necessidades básicas (Lusa)
  • Maputo agitado com cidadãos a exigirem melhores condições de vida (Carta de Mocambique, Jornal Domingo)
  • População de Ile ameaça incendiar plantações da Portucel (DW)

O salário mínimo da Função Pública terá um aumento de 100% a partir deste mês, passando de 4 668 meticais para 8 665 meticais, à luz da entrada em vigor da nova Tabela Salarial Única do Estado.

De acordo com a Carta de Moçambique, esse valor corresponde à primeira categoria, sendo a mais alta a do nível 21, cujo salário é de 165,000 Meticais, na qual faz parte o Presidente da República.

Cálculos da Carta de Moçambique revelam que, quando acrescido a subsídios, o salário do Presidente Nyusi é de 462,000 meticais, enquanto os do jornal A Verdade indicam 596,000. 


O Governo decidiu aumentar de cerca de 4000 Meticais para 8000 Meticais o salário base mínimo para funcionários e agentes do Estado, com a implementação este mês da Tabela Salarial Única, vulgo TSU.

Entretanto, fazendo as contas, Alexandre Munguambe da OTM diz, citado pela Lusa, que o custo do cabaz para uma pessoa é de cerca de 8000 meticais e para uma família-padrão de cinco membros, o valor ronda hoje em quase 40.000 meticais.

Munguambe disse que as famílias moçambicanas estão a viver um sufoco face ao alto custo de vida. Ele exigiu do governo medidas para reverter a situação que se vive nos últimos tempos com o agravante da contínua subida dos preços dos combustíveis.


Alguns cidadãos da cidade e província de Maputo saíram à rua na quinta-feira para manifestar-se contra o alto custo de vida, numa iniciativa de greve convocada nas redes sociais por indivíduos desconhecidos.

Chapas não circularam normalmente, as lojas estiveram encerradas, assim como escolas, e várias notas foram emitidas por outras instituições privadas avisando que não estariam abertas ao público, devido às ameaças de greve.

Em alguns cantos de Maputo houve bloqueio de estradas e queima de pneus. A circulação de viaturas na Estrada Nacional número 4, no troço entre a portagem da Matola e a zona da Maquinag, na cidade de Maputo, por exemplo, esteve temporariamente bloqueada devido a barricadas montadas por populares. 

A Polícia da República de Moçambique esteve no local para controlar a situação, tendo inclusive disparado gás lacrimogénio para dispersar os populares. 


Populares no distrito de Ile, na Zambézia, ameaçam incendiar maquinaria e plantações de eucaliptos da Portucel Moçambique, alegadamente pelo facto da empresa não estar a cumprir com as promessas feitas aquando do início do plantio há cinco anos. 

Alguns membros da população, citados pela DW, e que preferem não ser identificados por temerem represálias, dizem que a empresa usurpou as terras dos camponeses, prometendo-lhes emprego e construção de escolas, hospitais, estradas e pontes e entretanto até hoje nada mudou.

Muitos residentes estão enfurecidos, de acordo com a DW. Dizem que já contactaram as autoridades governamentais do distrito para denunciar a situação, mas nunca foram ouvidos, e por isso agora preferem fazer justiça com as suas próprias mãos.

O director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas de Ile, Augusto Correia, contactado pela DW, mostrou-se menos crítico e defendeu a Portucel Moçambique, afirmando que a empresa tem apoiado a população. Os residentes, por sua vez, desmentem as autoridades.


Esta foi mais uma edição do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Fique atento à próxima edição!!!


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