NoticiAudio, 14 Outubro
Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 14 a 21 de Outubro de 2022!
Os destaques desta semana:
- Libertado líder de mesquita raptado em Chiúre, Cabo delgado (Zitamar News)
- Elites da Frelimo apoderam-se do antigo mercado de peixe em Maputo (Evidências, Carta de Moçambique)
- Veteranto Mariano Matsinhe crítica Frelimo por violar a liberdade de expressão (CanalMoz)
Líder de uma mesquita na vila de Chiúre, no sul de Cabo Delgado, foi libertado esta segunda-feira, depois de uma semana cativo das forças armadas de Moçambique.
O homem, conhecido localmente como Carlitos, foi levado da sua casa na noite de quinta-feira, dia 7, por homens armados transportados numa viatura Mahindra.
Fontes da publicação Zitamar News, disseram que Carlitos esteve detido no quartel de Macarara, no distrito de Ancuabe, sugerindo que o rapto foi realizado por membros das Forças de Defesa e Segurança.
As razões do rapto e a posterior libertação do líder de uma mesquita em Chiúre, permanecem por esclarecer. Chamadas telefónicas feitas para o chefe da polícia de Chiúre não foram atendidas.
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Figuras influentes no partido Frelimo são os novos donos do espaço que albergava o Mercado de Peixe na cidade de Maputo, hoje em disputa com os antigos vendedores.
Estes contestam as condições encontradas no novo mercado para onde foram enviados.
De acordo com o Jornal Evidências, os vendedores alegam que cuidaram daquele espaço por mais de 35 anos e não acham justo quando são transferidos, sem nenhuma compensação, para um local onde têm de pagar renda.
Os vendedores protestam também contra a entrega do antigo espaço a um grupo de empresários.
O antigo Mercado do Peixe, onde será construído um prédio de aluguer de apartamentos, é agora detido por pessoas da elite do partido Frelimo, como Alberto Vaquina, antigo Primeiro-Ministro; Augusto Paulino, antigo Procurador-Geral da República; Ernesto Gove, antigo Governador do Banco de Moçambique; Machatine Munguambe, antigo Presidente do Tribunal Administrativo; Ozias Pondja, antigo Presidente do Tribunal Supremo, entre outros
Por diversas vezes o Município de Maputo disse em público que não há lugar para compensações aos antigos vendedores. A Polícia, por sua vez, tem feito o seu máximo para impedir manifestações pacíficas dos antigos vendedores.
Passaram três anos após o assassinato do activista Anastácio Matavele, no dia 07 de Outubro de 2019, na cidade de Xai-Xai, província de Gaza, uma semana antes da realização das eleições gerais, das quais era observador.
Na sequência do crime, o tribunal provincial de Gaza condenou quatro agentes da Polícia que estiveram envolvidos no assassinado.
Entretanto, de acordo com a Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos, citada pela Carta de Moçambique, os condenados não conseguiram responder quem são os verdadeiros mandantes deste crime.
Eles disseram que o elemento que pode ajudar a esclarecer o caso é o polícia foragido Agapito Matavele, descrito pelos colegas como a pessoa que liderou o grupo.
Mariano Matsinhe, veterano da luta de libertação nacional, saudou a opinião emitida pelo antigo ministro Castigo Langa, na Sessão Extraordinária do Comité Central do partido Frelimo sobre a sua preocupação em relação a um terceiro mandato do Presidente Nyusi.
De acordo com o CanalMoz, Matsinhe acrescentou que devia ser normal que as pessoas emitissem as suas opiniões sobre diferentes assuntos, ainda mais no foro apropriado, como é o Comité Central.
Lembre-se que Castigo Langa foi severamente criticado pelo partido Frelimo, após ter pedido a palavra para alertar Nyusi a desistir da ideia do terceiro mandato para evitar sangue em Moçambique.
O jornal Dossiers e Factos reportou na altura que o presidente Nyusi ficou nervoso com a intervenção do Langa, tendo depois respondido que era um assunto que não estava na agenda da reunião.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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Até para a semana!