NoticiAudio, 14 Abril

NoticiAudio, 14 Abril



Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 14 a 21 de Abril de 2023, produzida pela Plural Media!  

Os destaques desta semana:

  • Graça Machel diz que moçambicanos devem livrar-se da ‘’cultura do medo’’ (Lusa)
  • Oposição exige revogação da comissão de reflexão sobre eleições distritais (O País)
  • Três milhões de moçambicanos foram empurrados para a pobreza em 2020, diz Banco Mundial (Carta de Moçambique)

A activista social Graça Machel defende que a sociedade moçambicana deve livrar-se da cultura do medo, considerando que só a união do povo pode libertar o espaço cívico, num contexto em que se multiplicam queixas de limitações às liberdades. 

Falando numa palestra em Maputo, na terça-feira, ela disse que o presidente Filipe Nyusi assegurou, durante a sua tomada de posse, no seu primeiro mandato, que o seu patrão era o povo e por isso as autoridades devem agora serem lembradas disso.

Ela sublinhou que aqueles que oprimem o cidadão é que devem ter medo do povo e não o contrário.

Na mesma ocasião, Graça Machel defendeu que um adiamento das eleições distritais de 2024, deve basear-se num consenso nacional, e não na imposição do partido no poder. 


Os maiores partidos da oposição, a Renamo e o MDM, exigem a revogação da resolução aprovada pelo conselho de ministros, que criou a comissão de reflexão sobre a viabilidade ou não das eleições distritais, agendadas para 2024.

Os dois partidos da oposição entendem que a medida é um “golpe” contra a constituição da república e uma estratégia para inviabilizar as eleições distritais, seguindo a decisão do partido Frelimo. 

A comissão em causa tem um mandato de 15 dias e vai ser coordenada pela ministra da Justiça,  incluindo os ministros da Economia, da Administração Estatal e Função Pública e representantes da sociedade civil, a serem nomeados pelo Primeiro Ministro.


O Banco Mundial afirma que a taxa de pobreza em Moçambique está a aumentar e é uma das mais altas do mundo, sendo que só em 2020 mais de 3 milhões de pessoas caíram na extrema pobreza.

De forma comparativa,  houve um aumento na taxa de pobreza de 48% em 2015, para 63% em 2020. 

De acordo com o Banco Mundial, a pobreza em causa inclui muitos aspectos, incluindo falta de acesso à água potável, e afecta todos os moçambicanos, principalmente os que estão nas zonas rurais.

As províncias mais pobres são Nampula, Cabo Delgado e Zambézia.


O Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO) acusa o Governo moçambicano de ter ocultado 565 milhões de dólares que deveriam ter sido utilizados no combate à Covid-19, e pergunta onde está esse dinheiro.

Em entrevista à DW, Dimas Sinoia, pesquisador do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) e membro do FMO, pede ao Governo que esclareça rapidamente a aplicação desses recursos destinados ao combate à pandemia da Covid-19, porque muitos deles ainda não foram devidamente declarados pelo Governo.

Dimas disse que o governo deveria ter utilizado o dinheiro para investir em áreas afetadas pela Covid-19, mas não deu qualquer informação sobre o destino dado aos valores em questão, e também não informou qual foi o montante total. 

Não há informação disponível, pelo menos de fácil acesso, que mostre que esse montante tenha sido aplicado, de facto, como resposta à Covid-19, sublinhou.


Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Até para a semana!




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