NoticiAudio, 12.01.2024
Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 12 a 19 de Janeiro de 2024, produzida pela Plural Media!
Os destaques desta semana:
-Anúncio de Ossufo Momade como candidato único causa polêmica na Renamo ( O País)
-Oposição contesta data de início do recenseamento eleitoral (O País)
-Populares em Gaza protestam contra mineradora chinesa DingSheng (VOA)
O anúncio do porta-voz da Renamo, José Manteigas, indicando o actual presidente do partido, Ossufo Momade, será candidato às eleições presidenciais está a causar polémica, com os contestadores dizendo que cabe ao congresso deliberar sobre o assunto.
Manuel de Araújo e Venâncio Mondlane, que contam com um certo apoio da opinião pública para sucessão de Momade, também se pronunciaram condenando o anúncio antes da reunião do partido.
Elias Dhlakama, irmão do então líder da Renamo Afonso Dhlakama, disse que a declaração de José Manteigas não faz sentido.
Em uma entrevista publicada pelo jornal Canal de Moçambique, Dhlakama manifestou seu interesse em candidatar-se e apelou ao respeito dos estatutos do partido, dizendo que primeiro deve ser realizada a reunião da comissão política que vai escolher os candidatos e a decisão final vai ser tomada pelo conselho nacional.
Partidos da oposição Renamo e MDM discordam de 1 de fevereiro como data para o início do recenseamento eleitoral, alegando que o período coincide com o pico das chuvas.
Uma mandatária da Renamo disse ao jornal O País que a escolha da data pela CNE pode ser uma estratégia deliberada para privar muitos cidadãos da oportunidade de se recensear.
Os dois partidos propõem o início pelo menos no dia 15 de março ou em abril.
O calendário das eleições gerais de 9 de Outubro apresentado pela CNE indica também que candidatos à presidência da república devem submeter as suas candidaturas entre os dias 13 de Maio e 10 de Junho e a campanha eleitoral decorre de 24 de Agosto a 06 de Outubro.
Populares do distrito de Chongoene, província de Gaza, forçaram, na segunda-feira, a paralisação das obras da empresa mineira chinesa Ding Sheng, em protesto contra alegada falta de cumprimento de promessas feitas durante a fase da consulta comunitária.
De acordo com a DW, os manifestantes colocaram barricadas na estrada que dá acesso ao local, impedindo a circulação das viaturas da concessionária.
Um dos manifestantes disse que a empresa prometeu construir uma escola, unidade sanitária, rede de abastecimento de água e eletricidade, bem como asfaltar uma estrada, mas nada disso foi feito.
Tanto a Ding Sheng como as autoridades locais recusaram falar sobre o assunto.
Um assistente do director da mineradora chinesa Haiyu Mozambique Mining foi constituído arguido num processo judicial movido pelos residentes de Moma, província de Nampula, acusando-o de ter os burlado no processo de indemnização de benfeitorias onde a empresa opera nas comunidades de Mponha, Nacalela, Muripa, Natupi, Coropa e Mpuitine.
De acordo com o jornal Integrity, os queixosos alegam que o visado pagou muito abaixo do que devia pagar pelas terras dos nativos, que os usavam para fins de agricultura.
Um dos indivíduos que o ajudou a convencer a população para aceitar valores baixos, também submeteu uma acção judicial contra ele alegando que não pagou o que prometeu.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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