NoticiAudio 10.03.23
Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 10 a 17 de Março de 2023, produzida pela Plural Media!
Os destaques desta semana:
- Encontro entre Nyusi e Momade termina sem consenso sobre eleições distritais (VOA)
- Celso Correia deve pedir desculpas aos mais de 50% dos moçambicanos que passam fome (Integrity Magazine)
- EDM processa jornalista que denunciou esquema de corrupção em Inhambane (Evidências)
Um encontro entre o Presidente Nyusi e o líder da Renamo terminou na quarta-feira sem consenso sobre a realização das eleições distritais.
No final do encontro Ossufo Momade disse à imprensa que lamentava a posição de Nyusi e que o seu partido gostaria que o escrutínio fosse realizado em 2024.
De acordo com a VoA, Filipe Nyusi afirmou, por seu turno, estar confiante que, com as reflexões em curso, será encontrada a melhor solução, tendo em conta o impacto financeiro do escrutínio.
Quanto ao processo de desmilitarização dos antigos guerrilheiros da Renamo, Nyusi disse que alguns aspectos que têm provocado o impasse, dentro de dois ou três dias serão resolvidos, para que se chegue a um acordo definitivo e o processo seja concluído até ao fim de Março.
A organização não governamental CDD considera que o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Celso Correia, deve pedir desculpas aos mais de 50% dos moçambicanos que passam fome, depois de, na semana passada, ter dito na itália que 90% dos moçambicanos têm três refeições ao dia.
De acordo com o CDD, citado pelo Integrity Magazine, Celso Correia mentiu descaradamente e ofendeu perto de 20 milhões de moçambicanos que vivem abaixo da linha da pobreza, o que significa que têm dificuldades de garantir uma refeição por dia.
O ponto é que a insegurança alimentar é um problema sério que afecta milhões de moçambicanos, acrescenta o CDD.
Esta organização adverte que a apresentação de dados falsos, como os do ministro Correia, só vai impedir o desenvolvimento de políticas e programas eficazes para o combate à fome em Moçambique, perpetuando o sofrimento dos moçambicanos.
Os líderes das comunidades da região de Mphanda Nkuwa, no distrito de Marara, província de Tete, onde será instalada uma barragem hidrelétrica de 1500 MW, receberam ‘ordens superiores’ para não permitirem quaisquer reuniões da ONG Justiça Ambiental, denuncia a organização.
O administrador do distrito de Marara chegou a dizer, num encontro com a organização, que eles não podem ir às comunidades e falar sobre direitos e leis, ou mencionar os impactos negativos de outros megaprojectos.
Refira-se que nenhuma organização ou associação legalmente registada precisa de autorização do governo para trabalhar em qualquer ponto do país.
A empresa Electricidade de Moçambique está processar o jornalista Armindo Vilanculos, da Rádio Comunitária Kussinga em Massinga, provincia de Inhambane, depois de uma reportagem que demostrava a existência de um esquema de corrupção e roubo de energia eléctrica, envolvendo um técnico da EDM afecto à área de distribuição daquele distrito.
A informação veiculada pelo jornalista teria partido duma denúncia feita pelos populares da comunidade do bairro Conze, na Vila-sede do distrito, que disseram que o acesso à corrente eléctrica só era possível mediante o pagamento de 6 mil meticais por residência, o que contraria a gratuitidade dos serviços de ligação.
De acordo com a rádio Kussinga, depois de recolher os dados junto dos denunciantes, a emissora procurou ouvir o director da EDM, Nito Silvestre Adriano, mas este recusou-se a prestar declarações, porque no seu entender, não tinha competências para falar à imprensa. Ainda assim, a rádio veiculou a informação.
Passados quase quatro meses, o jornalista Armindo Vilanculos recebeu, nesta segunda-feira, uma notificação da Procuradoria Distrital de Massinga, para ser ouvido em torno do caso.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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Até para a semana!