NoticiAudio, 10 de Fevereiro

Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 10 a 17 de Fevereiro de 2023, produzida pela Plural Media!  

Os destaques desta semana:

• Próximo presidente não deve ser escolhido com base na sua região, diz Hama Thai (Evidências)
• Renamo acusa Frelimo pelo assassinato do seu membro em Tete (O País)
• Novos ataques agravam drama humanitário em Cabo Delgado (VOA)

O General na reserva António Hama Thai, veterano da Luta de Libertação Nacional, diz que nos estatutos do partido Frelimo não há nada que indique que as sucessões presidenciais têm como base as regiões do país.

Ele sublinhou que, por isso, não se pode dizer  que agora é a vez do centro. 

Hama Thai disse ao jornal Evidências que a ideia de que o próximo presidente moçambicano e da Frelimo deve ser da zona centro, uma vez que o actual é do norte e o seu antecessor do sul, são apenas percepções das pessoas. 

Ele referiu que não tinha essa posição,  e que qualquer um que nasceu de Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico, pode ser eleito presidente, e não porque nasceu no lugar A ou B.

A Renamo acusa a Frelimo de assassinato do seu delegado em Nkondedzi, província de Tete, de nome Coronel Rafael Dickson, no dia 30 de Janeiro. 

De acordo com o porta-voz da Renamo, José Manteigas, a vítima foi interceptada, por volta das 12h, em Nkondedzi, distrito de Moatize, por homens trajados de uniforme da Unidade de Intervenção Rápida, e depois levado por uma viatura Mahindra até a uma mata, onde teria sido assassinado e carbonizado com três pneus. 

Jose Manteigas disse que pelo modus operandi, há evidências de que se trata de mais um crime dos esquadrões da morte, que foram institucionalizados no país pela Frelimo, com o objectivo de silenciar os membros da Renamo, e os cidadãos em geral, que pensam de forma diferente.

O Zitamar News soube que o assassinato do delegado da Renamo acontece uma semana depois da morte, por decapitação, de um líder comunitário na mesma aldeia de Ncondedzi, aparentemente por ter hasteado uma bandeira da Frelimo na sua casa.

O administrador do distrito de Moatize, Eugénio Muchanga,  disse à Zitamar que o assassinato tinha sido realizado por três homens fortemente armados, que deixaram um bilhete dizendo: ‘’Estamos de volta’’.

Uma sequência de novos ataques de insurgentes em Cabo Delgado está a provocar uma vaga de deslocados, complicando ainda mais a crise humanitária, acentuada pela interrupção da ajuda do Programa Mundial Alimentar este mês, disseram à VOA activistas e residentes. 

Os terroristas  iniciaram uma série de ataques a aldeias do sul de Cabo Delgado, parte dos quais reivindicados pelo Estado Islâmico, além de destruirem com fogo várias propriedades, deixando muitos refugiados nas matas e sem assistência alimentar, em Meluco, Mueda e Montepuez. 

Issufo Momad, um dos líderes de um campo de abrigo em Ancuabe, distrito vizinho de Meluco, disse que dezenas de deslocados procuraram refúgio ali, na sequência dos novos ataques, e que para além da insegurança agora vão enfrentar a fome.

O Tribunal Judicial da cidade de Chimoio, na província de Manica, absolveu o jovem Denilson Daniel que era acusado de ter colocado em risco três crianças, durante a gravação de um vídeo encenando um episódio de corrupção da polícia.

Um dos menores fingia estar ao volante de uma viatura, enquanto os outros, os agentes, pediam um suborno. Valter Danone, de 6 anos de idade, fazia o papel de um dos polícias.

Durante a leitura da sentença, na terça-feira, o juíz da causa, Lúcio Ticha, disse não ter encontrado  provas evidentes e palpáveis para a condenação do único arguido no processo, o produtor Denilson Daniel.

Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Até para a semana!