🎧 NoticiÁudio, 28 de Maio de 2021 🎧

🎧 NoticiÁudio, 28 de Maio de 2021 🎧

NoticiAudio

Estimados ouvintes, sejam bem-vindos a mais uma edição do NoticiÁudio do dia 28 de Maio de 2021!

Os destaques desta semana:

  • Tribunal britânico autoriza Privinvest a abrir processo judicial contra o Presidente Nyusi (VoA)
  • População em Inhambane protesta contra a Sasol (DW)
  • Deslocados dizem que estão a ser obrigados a pagar por Terra em Montepuez (O País)
  • Encerramento da fábrica da Olam prejudica milhares de jovens (O País)

Separador

A Privinvest, empresa que está no centro do escândalo das dívidas ocultas, foi autorizada por um Tribunal do Reino Unido a abrir um processo judicial contra Filipe Nyusi, uma vez que a empresa afirma que o presidente também terá recebido dinheiro do esquema quando ainda era Ministro da Defesa. 

A informação foi divulgada pela VoA, que avança, no entanto, que a Privinvest considera que o dinheiro faz parte de contribuições legais para a campanha eleitoral de Nyusi e Frelimo nas eleições de 2014.

A Frelimo, através do seu porta-voz Caifadine Manasse, disse ao Canalmoz que Filipe Nyusi não tem nada a ver com as dívidas ocultas e que as acções da Privinvest visam manchar a imagem do presidente.

Em entrevista à DW sobre o tema, Paula Monjane, que faz parte do Fórum de Monitoria do Orçamento, e que tem vindo a acompanhar o processo das Dívidas Ocultas, afirma que Filipe Nyusi deve esclarecer o povo moçambicano sobre se recebeu ou não estes pagamentos.


Separador

A população dos distritos de Inhassoro e Govuro, em Inhambane, saiu à rua na semana passada queixando-se da falta da assistência social da SASOL, que não oferece aos jovens locais as oportunidades de trabalho naquela unidade de exploração de gás.

Fanuel Jornal Baquete, presidente da associação dos naturais e amigos de Inhassoro, entidade que encabeça o movimento de reivindicações, disse à DW África que desde o início do projecto, a Sasol tem vindo a contratar pessoas de outras regiões, excluindo os nativos.

Verónica Viagem, residente de Inhassoro, admitiu à DW África que lhe foi pedido dinheiro por uma vaga na Sasol. Mas como não tinha o valor exigido, perdeu a oportunidade de trabalhar naquela firma.

Para Armando Jorge de Sousa, habitante de Inhassoro, a empresa não tem interesse em contribuir para a melhoria das condições de vida da população. Ele deu exemplo dos hospitais que estão degradados e não estão equipados e não têm serviço de pequena cirurgia.

Os jovens prometeram voltar a manifestar ate que a SASOL cumpra com todas promessas feitas à comunidade local.


Separador

Algumas vítimas do terrorismo, em Cabo Delgado, estão a ser obrigadas a comprar Terra nos centros de reassentamento de deslocados abertos no distrito de Montepuez, para evitar conflitos com a população nativa.

Um deslocado disse ao jornal O País que quando chegou em Montepuez começou a limpar um espaço que estava cheio de capim, mas depois veio o dono que disse para saírem dali ou então deveriam pagar 500 meticais e dar roupa.

O facto foi confirmado por outro deslocado, de nome Mabote Changade, que disse que já tinha terreno que comprou a 500 meticais, mas que mesmo assim veio um outro suposto dono que também cobrou 500 meticais.

Além de Terra para a construção de casas e abertura de machambas, alguns deslocados são, também, obrigados a comprar as senhas que dão direito à recepção de ajuda humanitária, por 200 meticais.  


Separador

O encerramento das unidades de processamento de castanha de caju na Olam empurrou milhares de trabalhadores para o desemprego em Nampula e muitos não tiveram indemnização porque trabalhavam em regime sazonal.

O senhor Constantino tinha um contrato de trabalho como agente de segurança, por isso foi indemnizado, como atesta um documento a que o "O País” teve acesso, mas viu muitos colegas perderem o emprego, sem direito à indemnização porque eram sazonais.

Não era a sua preferência, mas a precariedade do emprego em Moçambique obrigou a que o jovem Abdul fosse durante cinco anos, trabalhador sazonal, tendo sido um dos que saíram de mãos a abanar quando foram encerradas as portas da fábrica onde trabalhava.

Agora desempregado, Abdul não tem perspectiva de vida. Sustentar a esposa e quatro filhos tornou-se demasiado complexo.

Dina, 24 anos de idade, outra trabalhadora sazonal, prestou serviços à fábrica da Olam durante um ano e meio. Desempregada, a jovem mãe passa os dias lamentando-se.


Esta foi mais uma edição do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

Fique ligado aos nossos canais no Telegram e WhatsApp, e dê um ‘Like’ à página do NoticiÁudio no Facebook para receber mais notícias semanalmente.

Fique atento à próxima edição!!!

Report Page