NoticiÁudio, 2 a 9 de Dezembro de 2022
NoticiÁudioEstimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 2 a 9 de Dezembro de 2022!
Os destaques desta semana:
- Militares desmobilizados detidos, acusados de ameaçarem juntar-se aos insurgentes em Cabo Delgado (Evidências)
- Produtores de cajú em Cabo Delgado lamentam não ter acesso aos mercados (Carta de Moçambique)
- Inicia leitura da sentença do caso das “dívidas ocultas”(DW)
- Banco Mundial corta apoio ao INGD por desvio de fundos (Carta de Moçambique)
Dois militares desmobilizados foram detidos na província da Zambézia acusados de terem ameaçado envolver-se com os militantes da insurgência em Cabo Delgado.
Os militares em causa participavam numa manifestação, na cidade de Quelimane, para reclamar a sua integração nas Forças Armadas de Moçambique.
Um porta-voz da polícia moçambicana disse que os detidos diziam querer fazer parte das forças especiais para o combate à insurgência em Cabo Delgado. Mas disseram que se juntariam aos insurgentes, caso não fossem integrados.
Produtores de castanha de cajú em Cabo Delgado lamentam não ter acesso aos mercados para a comercialização do seu produto nesta campanha agrícola, em consequência da insurgência que afecta a província há cinco anos.
Os produtores dizem não ter podido tratar das árvores de cajú devido aos movimentos forçados que fizeram para fugir à insurgência, refere a Carta de Moçambique.
Além disso, adiantam que o preço para a venda é estipulado pelo governo, o que não lhes permite ter uma voz nessa decisão.
O pior, dizem os produtores, é que não conseguem escoar para Tanzânia, que é um dos mercados preferenciais para a castanha de cajú.
Iniciou, nesta quarta-feira, a leitura da sentença do caso das chamadas "dívidas ocultas”.
O julgamento começou há mais de um ano no estabelecimento penitenciário de máxima segurança na Matola, conhecido por BO.
Há dezanove acusados no processo que, segundo a DW, foi um dos maiores escândalos financeiros na história de Moçambique. Um observador do Centro de Integridade Pública disse que, além de julgar, é ‘fundamental recuperar o dinheiro perdido no escândalo’.
O Juiz do caso, disse que devido à complexidade do processo, que envolve mais de mil páginas, a sua leitura terá a duração de cinco dias.
Os acusados pelo Ministério Público, em que se inclui o filho do antigo presidente da república, Armando Guebuza, dizem não haver provas do seu envolvimento no processo.
O Banco Mundial cortou o financiamento ao Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) com a alegação de que houve um desvio de fundos durante o exercício económico de 2020.
A retoma do financiamento, segundo o Ministério da Economia e Finanças, citado pela Carta de Moçambique, está condicionada à devolução do montante de 32.5 milhões de meticais.
Na carta que o Banco Mundial enviou para o Ministério da Economia e Finanças a justificar o cancelamento, diz-se que, em vez de responder a necessidades humanitárias, o dinheiro foi gasto na compra de viaturas e na construção de infra-estruturas.
O Banco Mundial diz que houve uma violação dos princípios do próprio Orçamento do Estado para a resposta a desastres naturais.
Esta foi mais uma edição do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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