🎧 NoticiÁudio, 11 de Junho de 2021 🎧

🎧 NoticiÁudio, 11 de Junho de 2021 🎧

NoticiAudio

Estimados ouvintes, sejam bem-vindos a mais uma edição do NoticiÁudio do dia 11 de Junho de 2021!

Os destaques desta semana:

  • FMO diz que Presidente Nyusi deve responder em Londres no caso das dívidas ocultas (Lusa)
  • Membros da Frelimo recomendam revisão constitucional para acomodar terceiro mandato de Nyusi (Evidências)
  • Moçambicanos indignados com a vida exorbitante dos filhos do Presidente Nyusi (DW)
  • Mozal, Sasol e Kenmare enriquecem enquanto população local continua na pobreza (Justiça Ambiental)

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O Fórum de Monitoria do Orçamento, que é uma plataforma que congrega várias organizações não-governamentais moçambicanas, defende que o Presidente Nyusi deve responder no tribunal de Londres à notificação da Privinvest no caso das dívidas ocultas.

O fórum, citado pela Agência Lusa, considera que embora o presidente goze de imunidade, a Constituição da República e o direito internacional não impedem o chefe de Estado de responder em tribunal por actos cometidos antes do seu mandato como Presidente. 

Segundo a organização, ignorar a notificação seria um "desrespeito pelos moçambicanos que ele representa", tendo em conta que o chefe de Estado, no exercício das suas funções, deve pautar por uma postura o "mais transparente possível". 


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Alguns membros do Comité Central da Frelimo sugeriram na última reunião a continuação para terceiro mandato do actual Presidente da República, com Felizarda Paulino, também membro do Conselho do Estado, defendendo que a vitória expressiva de Filipe Nyusi em 2019 cria condições para que ele continue chefe do Estado até 2030, reporta o Evidências. 

Na mesma reunião, Celso Correia, ministro da agricultura e também conhecido como estratega de Filipe Nyusi, defendeu o adiamento das eleições de administradores distritais, planeadas para iniciar em 2024. Para tal, o parlamento teria de rever a Constituição da República, fazendo com que a ala de Nyusi use a ocasião para acomodar o terceiro mandato, escreve o Evidências. 

O maior medo de Nyusi é que o próximo presidente seja da ala do presidente Guebuza, o que pode lhe custar caro no julgamento das dívidas ocultas em jeito de vingança, acrescenta o jornal, referindo que a continuação de Filipe Nyusi para mais um mandato vem sendo defendida por propagandistas dele e do partido nas redes sociais, com destaque para Julião Cumbane e Egídio Vaz. 


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A DW África iniciou a semana com um artigo que destaca a diferença entre as vivências do povo moçambicano e dos filhos do Presidente Nyusi. Consta na reportagem que há anos que os filhos do presidente atingem os moçambicanos não apenas com a ostentação, mas principalmente com o desrespeito pelas leis e regulamentos do Estado.

Ainda em abril passado, o filho recém casado, Jacinto Ferrão Filipe Nyusi, deu uma grande festa em Moçambique, com direito a celebridades famosas, e supostamente, até com direito a seguranças pagos pelos impostos dos cidadãos moçambicanos, num claro desrespeito ao confinamento determinado pelo Presidente. A DW reporta que isso causou revolta, afinal a mensagem que se passa é de que as leis são apenas para o povo.

O presidente tem ainda um filho, de nome Florindo Nyusi, que já habituou os moçambicanos aos seus desmandos e despeito pelas autoridades policiais com conducao ilegal e à alta velocidade na cidade de Maputo, acrescenta a DW, que termina referindo que, por outro lado, não estão justificadas as origens dos bens que os filhos de Nyusi exibem, visto que, com menos de 40 anos, os filhos não terão tido a oportunidade de acumular a riqueza que ostentam.


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As empresas Mozal, Sasol e Kenmare, apesar de actuarem em sectores distintos, são exemplos claros de que, mesmo que passem muitos anos, as promessas feitas às comunidades locais dificilmente serão cumpridas. 

De acordo com a Justiça Ambiental, todas estas empresas já operam há mais de 20 anos e já obtiveram lucros dos seus investimentos, mas quase nada contribuíram para a melhoria de vida das comunidades onde se encontram instaladas.

As emissões de poeiras pela Mozal na Matola continuam a acontecer sem que nada seja feito para salvaguardar a saúde dos moçambicanos. A Sasol continua a explorar o gás natural de Pande e Temane e a ignorar as reclamações das comunidades locais. A Kenmare explora areias pesadas em um local histórico e sagrado e a população local também não é ouvida.

A Justiça Ambiental diz que essas situações todas acontecem com conhecimento do governo, mas este não intervém porque muitas vezes participa nestes projectos graças a empréstimos cedidos pelas próprias empresas.


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Esta foi mais uma edição do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.

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Fique atento à próxima edição!!!

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