Lição 02: A Família - 03 a 10 de Outubro 2020

Lição 02: A Família - 03 a 10 de Outubro 2020

COMENTÁRIO DE ELLN G. WHITE

*Sábado, 3 de outubro*


      *A família*


  Cristo avaliou tão alto as crianças que deu Sua vida por elas. Tratem-­nas como o preço de Seu sangue. Paciente e firmemente eduquem-nas para Ele. Disciplinem com amor e paciência. Ao assim fazerem, elas se tornarão uma coroa de alegria para vocês e brilharão como luzes no mundo (O Lar Adventista, p. 279).

  As crianças gostam de ter companhia e raramente encontram distração sozinhas. Desejam compreensão e carinho. Elas creem que a mãe tem prazer naquilo que elas também têm; e é natural que a procurem com suas pequeninas alegrias e pesares. A mãe não deve ferir o coraçãozinho delas, tratando com indiferença essas coisas que, embora insignificantes para ela, são de grande importância para as crianças. A compreensão e a aprovação que ela lhes dedica são preciosas. Um olhar de aprovação e uma palavra de ânimo ou elogio serão como um raio de sol em seu coração, deixando-as felizes, muitas vezes o dia inteiro.

  Os pais devem animar os filhos a confiar neles e a desabafar quando têm desgostos, pequenas contrariedades e provas diárias.

  As crianças devem ser instruídas com bondade e conquistadas pelo coração. É um tempo crítico para elas. Influências serão exercidas a fim de separá-las de vocês, e os pais devem contrabalançar essas influências. Ensinem-lhes a fazer de vocês seus confidentes. Que elas lhes contem em segredo suas dificuldades e alegrias (O Lar Adventista, p. 190, 191).

  O amor procede de Deus. É uma planta de cultivo celestial, e não pode viver e florescer no coração natural. Onde ele existe, há verdade, vida e poder. Mas não pode viver sem ação, e quando quer que seja exercitado aumenta e se amplia. Não observará pequenos erros, nem se precipitará em assinalar pequenas faltas. Prevalecerá quando argumento, qualquer montante de palavras, se prove vão e inútil. A melhor maneira de reformar o caráter e regular a conduta de sua família é através do princípio do amor. Ele é verdadeiramente uma força, e realizará o que nem o dinheiro nem o poder jamais podem fazer (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 256).

  Conquanto não devamos tolerar afeição cega, também não devemos exercer indevida severidade. As crianças não podem ser levadas ao Senhor pela força. Elas podem ser guiadas, mas não empurradas. “As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz; Eu as conheço, e elas Me seguem” (Jo 10:27), Cristo declara. Ele não disse: “As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e são forçadas a entrar no caminho da obediência.” No governo dos filhos, o amor deve ser manifestado. Os pais nunca devem levar seus filhos a sofrer por rispidez e cobranças irrazoáveis. A dureza leva a alma para a rede de Satanás.

  Somente a influência combinada de autoridade com amor tornará possível dirigir adequadamente a família. Ter em vista a glória de Deus e como nossos filhos devem se portar diante Dele nos livrará de dificuldades e de reforçar o mal (O Lar Adventista, p. 307, 308).

*Domingo, 4 de outubro*


      *A primeira família*


  Digo aos pais e às mães: vocês podem ser educadores em suas igrejas do lar; podem ser agências missionárias espirituais. Sintam a necessidade de ser missionários no lar, a necessidade de conservar sua atmosfera livre da influência de linguagem grosseira e atitude impulsiva, e a escola do lar num lugar em que os anjos de Deus possam entrar e abençoar, dando êxito aos esforços feitos (Manuscrito 33, 1908).

  Considerem a educação do lar uma escola missionária que prepara para a realização dos deveres religiosos. Seus filhos devem desempenhar uma parte ativa na igreja. E toda habilidade, toda a capacidade física, deve ser conservada forte e ativa para o serviço de Cristo. Eles devem ser ensinados a amar a verdade porque é a verdade; devem ser santificados pela verdade, para que possam suportar a grande inspeção que logo terá lugar para determinar a aptidão de cada um para entrar na mais elevada escola e se tornar membro da família real, filho do Pai celestial (Orientação da Criança, p. 481, 482).

  Religião na família consiste em criar os filhos na instrução e no conselho do Senhor. Cada membro na família deve ser nutrido pelas lições de Cristo, e o interesse de cada pessoa deve ser estritamente preservado, a fim de que Satanás não a engane e afaste com seduções para longe de Cristo. Esse é o padrão que cada membro da família deve ter em vista alcançar, e todos devem estar determinados a não fracassar nem desanimar. Quando os pais são esforçados e vigilantes em sua instrução, e educam os filhos tendo em vista a glória de Deus, cooperam com o Senhor, e Ele coopera com eles na salvação das crianças, por quem Cristo morreu.

  Educação religiosa significa muito mais que instrução comum. Significa que devemos orar com nossos filhos, ensinando-lhes a se aproximarem de Jesus e contar-Lhe todas as suas necessidades. Significa ainda que devemos mostrar em nossa vida que Jesus é tudo para nós, que Seu amor nos torna pacientes, bondosos, perdoadores, e ainda firmes ao educar nossos filhos, como fez Abraão (O Lar Adventista, p. 317).

  Corações cheios do amor de Cristo nunca podem estar em desarmonia. Religião é amor, e o lar cristão é aquele onde o amor reina e encontra expressão em palavras e atos de solícita bondade e gentil cortesia.

  A religião é necessária no lar. […] Unicamente onde Cristo reina pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então uma pessoa e outra se unirão, e as duas vidas se fundirão em harmonia. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, […] para Deus, no alto; a Ele ascenderá a devoção do coração.

  Em toda família em que Cristo habita serão manifestados atenciosa preocupação e amor de uns para com os outros. […] Um amor profundo e permanente (O Lar Adventista, p. 94).

*Segunda, 5 de outubro*


      *A infância de Jesus*


 A importância e as oportunidades da vida do lar ressaltam na vida de Jesus. Aquele que veio a este mundo para ser nosso exemplo e nosso Mestre passou trinta anos como membro de uma família em Nazaré. Pouco diz a Bíblia relativamente a esses trinta anos. Durante eles não houve milagres notáveis que chamassem a atenção do povo. Não houve multidões que seguissem ansiosas os passos do Senhor, nem que Lhe escutassem as palavras. E, não obstante, durante todos esses anos o Senhor cumpria Sua missão divina. Vivia como qualquer um de nós, tomando parte na vida doméstica, a cuja disciplina Se submetia, cumprindo os deveres da mesma, e tomando Sua parte nas responsabilidades. Sob a proteção do lar humilde, participando dos incidentes da sorte comum, “Jesus crescia em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2:52; A Ciência do Bom Viver, p. 349).

  Era natural que os pais de Jesus O considerassem seu filho, pois Ele estava diariamente com eles. Em muitos aspectos, Sua vida era como a das outras crianças, e para eles era difícil compreender que Ele era o Filho de Deus. Estavam correndo o risco de deixar de reconhecer a bênção concedida a eles pela presença do Redentor do mundo. A aflição de sua separação Dele e a gentil reprovação contida em Suas palavras tinham o objetivo de impressioná-los quanto à santidade do que lhes havia sido confiado.

  Na resposta dada à Sua mãe, Jesus mostrou pela primeira vez que compreendia Sua relação para com Deus. Antes de Seu nascimento, o anjo disse a Maria: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, Lhe dará o trono de Davi, Seu pai; Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó” (Lc 1:32, 33). Maria refletia sobre aquelas palavras em seu coração. No entanto, embora acreditasse que seu Filho seria o Salvador de Israel, não compreendia Sua missão. Não entendeu Suas palavras, mas sabia que Ele havia negado Seu parentesco com José e declarado ser o Filho de Deus (O Desejado de Todas as Nações, p. 81, 82).

  A vida de Cristo foi marcada por respeito e amor à Sua mãe. Em seu coração, Maria acreditava que a santa Criança dela nascida era o Messias prometido havia tanto tempo. Entretanto, não ousava expressar essa fé. Ao longo de Sua vida na Terra, compartilhou dos sofrimentos do Filho. Com dor, testemunhava as provações que Ele suportava na infância e juventude. Por justificar o que sabia ser correto em Seu procedimento, ela própria se colocava em situações difíceis. Maria considerava as relações familiares e a terna dedicação da mãe pelos filhos como elementos fundamentais na formação do caráter (Ibid., p. 90).

*Terça, 6 de outubro*


      *Comunicação*


  As obrigações do professor são sérias e sagradas, mas nenhuma parte de sua obra é mais importante do que a de proteger os jovens com terna e amorável solicitude, de modo que sintam ter nele um amigo. Conquiste uma vez o professor a confiança dos alunos, e poderá facilmente guiá-los, controlá-los e prepará-los. Os santos motivos nos quais se baseiam nossos princípios cristãos devem ser introduzidos na vida. A salvação de seus alunos é o mais elevado interesse confiado ao professor temente a Deus. Ele é colaborador de Cristo, e seu especial e determinado esforço deve ser o de salvar almas da perdição e ganhá-las para Jesus Cristo. Deus o requererá de suas mãos. Todo professor deve viver uma existência de piedade, pureza, esmerado esforço no desempenho de todo dever. Se o coração arde com o amor de Deus, será vista na vida aquela pura afeição que é essencial; serão feitas fervorosas orações e proferidas fiéis advertências. Quando estas são negligenciadas, ficam em perigo as pessoas sob seu cuidado. É melhor gastar menos tempo com longas preleções e estudos absorventes do que deixar de atender a tais deveres negligenciados (Fundamentos da Educação Cristã, p. 116, 117).

  O cristão resplandecerá como uma luz por entre a treva moral do mundo. Será brando de coração, e considerado para com os sentimentos dos outros. A Palavra de Deus nos instrui a ser “prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16), e é dever de todo cristão colocar-­se sob disciplina para com as regras da Bíblia, de modo a ser “obreiro que não tem de que se envergonhar” (2Tm 2:15). A obra vinda das mãos dos que assim fazem será tão perdurável quanto a eternidade. Essa obra não conterá um traço de egoísmo, nem será frouxa, descuidosa.

  Terna afeição deve ser sempre nutrida entre marido e mulher, entre pais e filhos, irmãos e irmãs. Toda palavra ríspida deve ser contida, e não deve haver sequer aparência de falta de amor de uns pelos outros. É dever de todos na família ser amáveis e falar bondosamente.

  Cultivem a ternura, afeição e amor que têm expressão em pequenas cortesias, em palavras e na solícita atenção (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956, 2005], p. 83).

  A palavra é um dos maiores dons de Deus. É o meio pelo qual são comunicados os pensamentos do coração. É com a língua que apresentamos a Deus oração e louvor. Com a língua convencemos e persuadimos. Com a língua confortamos e bendizemos, acalmando as dores do coração ferido. Com a língua podemos tornar conhecidas as maravilhas da graça de Deus. […]

  Guardem bem o talento da fala, pois é enorme poder para o mal, assim como para o bem. Vocês não podem ser cuidadosos demais em relação ao que dizem, pois as palavras que proferem mostram qual é o poder que lhes controla o coração. Se Cristo ali domina, suas palavras revelarão a formosura, a pureza e fragrância de um caráter moldado e afeiçoado por Sua vontade. […]

  Unicamente por Cristo podemos alcançar a vitória sobre o desejo da palavra precipitada, não cristã. Quando, em Sua força, nos recusamos a dar expressão às sugestões de Satanás, a planta da amargura em nosso coração murcha e morre. O Espírito Santo pode fazer da língua um cheiro de vida para vida.

  Deus quer que sejamos um auxílio e força uns aos outros. Quer que falemos palavras de esperança e ânimo (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 174).

*Quarta, 7 de outubro*


      *A função dos pais*


  O pai é o sacerdote e guardião do lar. A mãe é a instrutora dos pequenos desde sua primeira infância, e também a rainha do lar. Ela jamais deve ser desrespeitada. Palavras descuidadas e indiferentes jamais lhe devem ser ditas diante dos filhos. Ela é sua instrutora. Em pensamentos, palavras e ações o pai deve revelar a religião de Cristo, para que seus filhos possam ver claramente que ele sabe o que é ser um cristão […] (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 170).

  Arão era excelente em piedade e utilidade, mas negligenciou disciplinar a família. Em vez de cumprir a tarefa de exigir respeito e reverência de seus filhos, permitiu que seguissem suas inclinações. Não os educou acerca da abnegação, mas cedeu a seus desejos. Não foram ensinados a respeitar e reverenciar a autoridade paterna. O pai era o dirigente legítimo da própria família enquanto vivesse. Sua autoridade não devia cessar, mesmo depois de os filhos terem crescido e terem as próprias famílias. O próprio Deus era o Rei da nação, e reivindicava obediência e honra do povo (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 294).

  Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal.

  A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. Foi Joquebede, a hebreia que, fervorosa na fé, não temeu “o mandamento do rei” (Hb 11:23), a mãe de Moisés, libertador de Israel. Foi Ana, a mulher de oração e espírito abnegado, inspirada pelo Céu, que deu à luz Samuel, a criança divinamente instruída, juiz incorruptível, fundador das escolas sagradas de Israel. Foi Isabel, a parenta e especial amiga de Maria de Nazaré, que gerou o precursor do Messias (A Ciência do Bom Viver, p. 371, 372).

  É obra especial dos pais e das mães ensinar os filhos com bondade e afeto. Devem mostrar que, como pais, são eles que precisam segurar as rédeas, governar, e não ser governados pelos filhos. Devem ensinar que deles se requer obediência (Carta 104, 1897). […]

  As crianças precisam […] ser instruídas, guiadas em caminhos seguros, guardadas do vício, ganhas pela bondade e confirmadas na prática do bem (Carta 28, 1890).

  Pais e mães, vocês têm uma obra solene para ser feita. A salvação eterna de seus filhos depende do seu procedimento. Como vocês educarão seus filhos com êxito? Não falando com ira, pois isso não fará nenhum bem. Falem com seus filhos como se tivessem confiança na inteligência deles. Lidem com eles com bondade, ternura e amor. Digam-lhes o que Deus quer que façam. Digam-lhes que Deus quer que se eduquem e se preparem a fim de ser colaboradores Dele. Quando vocês fazem a parte que lhes cabe, podem confiar, crendo que o Senhor fará a Dele (Orientação da Criança, p. 33).

*Quinta, 8 de outubro*


      *Para não esquecer*


  A Bíblia fornece diretrizes explícitas com relação ao importante trabalho de educar filhos […] Os pais devem estar ligados a Deus, temê-Lo e possuir conhecimento de Sua vontade. Então se apresenta sua obra: “E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas” (Dt 6:7-9). […]

  Aí os deveres dos pais são claramente dispostos. A Palavra de Deus deve ser seu monitor diário. Ela proporciona instruções tais que os pais não precisam errar com respeito à educação de seus filhos, porém não consente com a indiferença ou negligência. A lei de Deus deve ser mantida diante das mentes infantis como o grande padrão moral. Quando se levantam e quando se assentam, quando saem e quando entram, Sua lei deve ser-lhes ensinada como a grande regra de vida, e seus princípios devem ser entretecidos em toda a sua experiência. Os filhos precisam ser ensinados a ser honestos, verazes, sóbrios, econômicos e industriosos, e a amar a Deus com todo o seu coração. Isso os educará na doutrina e admoestação do Senhor e porá seus pés no caminho do dever e da segurança (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 328, 329).

  Quanto mais nobres forem os objetivos, mais elevados os dotes mentais e espirituais, e mais desenvolvidas as faculdades físicas dos pais, mais bem aparelhados para a vida se encontrarão os filhos. Cultivando a parte melhor de si mesmos, os pais exercem influência em moldar a sociedade e erguer as gerações futuras. 

  Os pais precisam compreender sua responsabilidade. O mundo está cheio de laços para os pés da juventude. Multidões são atraídas por uma vida de egoísmo e prazeres sensuais. Não podem discernir os perigos ocultos, nem o terrível fim da estrada que se lhes afigura o caminho da felicidade. Mediante a condescendência com o apetite e a paixão, desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar essas tentações (A Ciência do Bom Viver, p. 371).

  Os pais são os primeiros mestres de seus filhos; e por meio das lições que ministram, eles, assim como os filhos, vão sendo educados. […]

  Conservem Cristo perante seus filhos, cantando hinos para Sua glória, buscando-O em oração, e lendo Sua Palavra, de modo que Ele signifique um Hóspede sempre presente. Então O haverão de amar, e serão levados em tão íntima harmonia com Ele que comunicarão Seu Espírito. Sentirão uma nova relação mútua em Cristo (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 209).

*Sexta, 9 de outubro*


      *Estudo adicional*


  *Filhos e Filhas de Deus, “No estudo da Natureza”, p. 135.*


  *Educação, “Disciplina”, p. 287-297.*

*Sexta, 9 de outubro*

*Estudo adicional*

*Filhos e Filhas de Deus, “No estudo da Natureza”, p. 135.*

Fala com a terra, e ela te instruirá. Jó 12:8.

A infância e a juventude de Cristo foram passadas em circunstâncias humildes, em condições favoráveis ao desenvolvimento de uma constituição sã. Sua vida foi na maior parte passada ao ar livre. Ele bebia das puras correntes de água, e comia os frutos do pomar. Subia e descia os íngremes trilhos das montanhas, e passava pelas ruas de Nazaré enquanto ia de um lado para outro a caminho de casa para o trabalho e deste para casa. Apreciava os vários sons dos pás- saros enquanto entoavam seus louvores ao Criador. Deleitava-Se na beleza das flores que enfeitavam os campos. Observava com alegria a glória do firmamento, o esplendor do Sol, da Lua e das estrelas, e contemplava com admiração o nascer e o pôr-do-sol. O livro da natureza achava-se aberto diante dEle, e fruía-lhe as delicadas lições. As montanhas eternas, o bosque de oliveiras, eram lugares prediletos de retiro aonde ia para comungar com o Pai. Ele era cheio de sabedoria divina, e mediante o estudo da natureza e pela meditação e comunhão com Deus, Suas faculdades espirituais foram fortalecidas.

— The Youth’s Instructor, 13 de Julho de 1893.

O Redentor do mundo passava pelas colinas e montes, desde

a grande planície ao vale da montanha. Deleitava-Se com o belo cenário da natureza. Eram-Lhe um encanto os campos revestidos de lindas flores, e o escutar as aves do céu, unindo Sua voz à delas em alegres cânticos de louvor. — The Youth’s Instructor, Setembro, 1873.

Na vida de Cristo, Sua infância e juventude, há urna lição para os jovens de hoje. Cristo é nosso exemplo, e na juventude devemos contemplar a Deus na natureza — estudar-Lhe o caráter na obra de Suas mãos. O espírito se fortalece familiarizando-se com Deus, lendo-Lhe os atributos nas coisas que Ele fez. Ao contemplarmos a beleza e grandeza das obras do mundo natural, afeiçoamo-nos a Deus; e... nosso espírito é revigorado ao pôr-se em contato com o Infinito por meio de Suas maravilhosas obras. — The Youth’s

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 Instructor, 13 de Julho de 1893

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