Lista de Atrocidades cometidas pelas autoridades dos EUA
Felipe ForteDefinição: Um ato extremamente perverso ou cruel, tipicamente envolvendo violência física ou lesão.
"Se tem um país que cometeu atrocidades indescritíveis nesse mundo, foram os Estados Unidos da América. Eles não se importam com seres humanos."
– Nelson Mandela
Nota:
– É normal sentir um senso de indignação moral
– Isso é um documento vivo, ele será atualizado conforme novas atrocidades são cometidas.
CONTEÚDO
– Imperialismo
- Oriente Médio
- Hemisfério ocidental
- África
- Ásia
- Europa
– Repressão Interna
- Povos originários
- Povo preto
- Povos latinos
- Povos asiáticos
- Povo LGBT
- Mulheres
- Trabalhadores e os Pobres
- Prisioneiros
- Minorias religiosas
- Pervasiva
– Fontes iniciais / Pesquisas iniciais
IMPERIALISMO
O império estadunidense atualmente mantém uma rede imperialista de mais de 800 bases militares em 70 países. (Para se comparar, todos os outros países têm, combinadas, apenas 30 bases).
– Oriente Médio
– No dia 2 de janeiro de 2020, o presidente Donald Trump ordenou o assassinato do General Iraniano Qassem Soleimani, em um ato de guerra evidente contra o Irã. Soleimani era uma figura amada pelo povo Iraniano, sua morte foi uma notícia chocante para os moradores, e um período de luto de 3 dias foi declarado. Hillary Mann Leverett, um oficial prévio da Segurança Nacional da Casa Branca, disse que o assassinato de Soleimani foi uma "declaração de guerra" ao Irã e é "equivalente à ideia dos Iranianos assassinando o Secretário de Defesa dos EU". O ataque de drone foi parte de diversos ataques aéreos perpetradas pelos EU, e veio depois de um alarde depois de outra série de ataques aéreos dos EU no Iraque e na Síria que matou 25 membros da milícia Iraquiana Kataib Hezbollah, que enfureceu os protestantes do Iraque a cercar a embaixada dos EU em Bagdá. Em resposta, os EU culparam "iranianos infiltrados" pelo ataque à sua embaixada, e movimentou 750 tropas, dando suporte às tropas de 14 mil atualmente estacionadas nas ~20 bases militares cercando o Irã. Abu Mahdi al-Muhandis, um comandante da milícia Iraquiana foi também morto numa invasão na madrugada do mesmo dia. Naquela tarde, um outro ataque aéreo no Iraque matou 6 pessoas.
– Em setembro de 2019, os EU mataram pelo menos 30 fazendeiros de pinhão, e feriu outros 40 através de um ataque via drone na província Nangarhar no Afeganistão. Malik Rahat Gul, um ancião tribal de Wazir Tangi, disse que a invasão aérea aconteceu num momento em que trabalhadores cansados, em sua maioria assalariados diários, tinham juntado-se perto de suas barracas depois de colher pinhões num campo próximo. "Os trabalhadores tinham acendido uma fogueira e estavam sentando juntos quando um drone os atingiu". Isso marca o 18° ano da guerra no Afeganistão.
– Em 14 de abril de 2018, os EU, o Reino Unido e a França lançaram mais 100 mísseis em 3 diferentes alvos na Síria, mais uma vez acusando o governo Sírio de usar ataques químicos contra seus próprios cidadãos em Douma como justificativa. Em 10 de abril, o governo Sírio mais uma vez convidou a Organização para a Proibição de Armas Químicas para mandar uma equipe para investigar os terrenos dos alegados ataques. Trump, Macron e May todos emitiram declarações afirmando que isso não é uma intervenção na guerra da Síria. Em um e-mail vazado em novembro de 2019, um delator da Organização para a Proibição de Armas Químicas revelou que os EU fabricaram evidências, e as usou para justificar os ataques.
– A partir de junho de 2017, fotos e vídeos de civis sírios em Raqqa mostraram que a coalizão apoiada pelos EU na Síria estava usando ilegalmente fósforo branco em áreas civis. O fósforo branco pode queimar carne humana até aos ossos e as feridas podem reacender-se até dias mais tarde. "Não importa como o fósforo branco é usado, ele representa um alto risco de danos horrendos e duradouros em cidades lotadas como Raqqa e Mosul e quaisquer outras áreas com concentrações de civis", disse Steve Goose, diretor de armas da Human Rights Watch. Um ataque a um cibercafé matou pelo menos 20 civis, enquanto outras mortes ainda estão sendo confirmadas. Um desses civis mortos estava no processo de enviar um relatório à Human Rights Watch, quando o café foi atingido. Os EU mataram 273 civis sírios em abril, um pouco mais do que o número morto pelo ISIS. Um ataque dos EU em julho matou mais 50 civis. Em agosto, os EU mataram mais 60 civis.
– Em 4 de abril de 2017, após o ataque químico de Khan Shaykhun, Trump ordenou um ataque aéreo de 59 mísseis de cruzeiro tomahawk (no valor de 70 milhões de dólares) disparados na base aérea de Shayrat na Síria (um que Trump afirma ser a fonte do ataque químico) no ataque de mísseis Shayrat de 2017. Este é o primeiro ataque dos EUA que visa diretamente as forças do governo sírio Ba'athist, que estão intimamente aliadas com a Rússia. O primeiro-ministro russo Dimitry Medvedev disse que o ataque trouxe os EU "dentro de um centímetro" do confronto com os militares russos, e poderia ter desencadeado uma guerra nuclear. O ataque foi elogiado por políticos estadunidenses de ambos os lados do corredor, bem como por mais de 30 países. Mais de 700 crianças foram mortas em ataques aéreos da coligação estadunidense no Iraque e na Síria desde agosto de 2014. Os EU realizaram outro ataque aéreo contra a Síria em 7 de junho de 2017.
– Em 21 de março de 2017, um ataque aéreo dos EU matou pelo menos 30 civis sírios em um ataque aéreo a uma escola na província de Raqqqa. Na semana anterior, 49 pessoas foram mortas quando aviões de guerra estadunidenses dispararam contra um alvo no ataque aéreo de al-Jinah em 2017, uma aldeia na província ocidental de Aleppo. As autoridades dos EU disseram que o ataque tinha atingido um edifício onde os operacionais da Al-Qaeda se encontravam, mas os residentes disseram que os aviões de guerra tinham atingido uma mesquita onde centenas de pessoas se tinham reunido para uma reunião religiosa semanal.
– Hemisfério ocidental
– Em 10 de novembro de 2019, o recém-reeleito Presidente Boliviano Evo Morales foi forçado a renunciar pelos militares Bolivianos como parte de um golpe de extrema-direita apoiado pelos EU. A violência da direita depois da reeleição de Evo (uma vitória consagradora de mais de 10% em relação ao segundo candidato) incluiu o sequestro dos irmãos de Evo, o corte forçoso do cabelo de uma prefeita de esquerda, a pintura da mesma em vermelho e o desfile com ela contra sua vontade pelas ruas, sua renúncia forçosa, o incêndio de uma prefeitura da cidade, os atentados terroristas nas casas de diversos membros de esquerda do governo, e ataques nas ruas das cidades de Cochabamba, Potosi e La Paz, resultando em mortes e ferimentos. A Rede de Rádios de Educação da Bolívia (Erbol) lançou 16 gravações que revelam conversas entre funcionários dos EU, oponentes bolivianos, e ex-militares, esboçando um esquema de golpe. Em um plano de três partes esboçado por autoridades dos EU, o ex-presidente Gonzalo Sanchez de Lozada (2002 – 2003) é mencionado. Lozada teve Carlos Mesa (o principal oponente de Morales na última eleição) como seu vice-presidente e atualmente mora nos EU. Os senadores dos EU Bob Menendez, Ted Cruz, e Marco Rubio são algumas das autoridades estadunidenses mencionadas nos áudios, ligados à oposição boliviana planejando um golpe contra o Presidente Evo Morales. Um cabo diplomático do Wikileaks confirmou que os EU estavam usando Mesa para prejudicar Evo por anos. O governo dos EU, através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) investiu mais de 97 milhões de dólares para tentar tirar Morales e financiar separatistas durante 7 anos de seu governo. Líderes mundiais condenaram o golpe. Dentro dos dias seguintes, mais de 68 mil contas falsas do Twitter foram criadas apoiando o golpe, muitas vindo de bases de forças aéreas na Virgínia. Link para uma publicação desmentindo a propaganda dos EU em relação à Bolívia.
– Em 2017, o Furacão Maria atingiu o Porto Rico, deixando 3,4 milhões sem eletricidade e combustível, causando também estimados 50 bilhões de dólares em danos. 55% dos porto-riquenhos ficaram sem água potável, em uma das crises humanitárias mais severas em décadas. Porto Rico, que é um um território não incorporado dos EU, recebeu uma resposta deprimente das autoridades dos EU, fazendo muitos acreditarem que os EU preferem que o Porto Rico fique sem dinheiro. Em 29 de setembro, o prefeito de San Juan chamou uma coletiva de imprensa implorando por ajuda e para denunciar os fracassos da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), dizendo, "Isso é o que recebemos ontem à noite. Quatro paletes de água, três paletes de comidas, e 12 paletas de comidas infantis ― que entreguei para a população de Comerio, onde as pessoas estão bebendo água de um riacho. Então cansei de ser educado. Cansei de ser politicamente correto. Eu estou muito puto." O prefeito Cruz continua, "Então, estou pedindo aqui aos membros da imprensa, que mande um pedido de socorro pelo mundo inteiro. Nós estamos morrendo aqui... E se não parar, se não conseguirmos comida e água nas mãos das pessoas, vamos passar por aqui algo próximo de um genocídio." Em resposta, o presidente Donald Trump publicou em seu Twitter: "Que péssima habilidade de liderança pelo prefeito de San Juan e alguns outros do Porto Rico, que não são capazes de juntar seus trabalhadores para ajudar."
– Depois de uma série de ataques terroristas em Cuba (como o bombardeio do voo 455 comercial Cubano, que originou de grupos de exílio cubanos anti-Castro nos EU, como o Alpha 66, os Comandos F4, a Fundação Cubano-Americana Nacional, e Brothers to the Rescue), o governo Cubano mandou espiões para infiltrar nesses grupos insurgentes operando em Miami. Depois, o governo Cubano providenciou 175 páginas de documentos para os agentes do FBI investigando a função de Posada Carriles (um ex-agente da CIA) nos atentados terroristas de 1997 em Havana, mas o FBI fracassou em usar a evidência para encontrar Posada. Em vez disso, eles usaram os documentos para imprisionar espiões Cubanos, conhecidos como os Cuban Five. Os Cuban Five disseram que eles estavam espionando o exílio Cubano de Miami, não o governo dos EU. Eles foram presos em 1998, até sua eventual soltura em 2014. O terrorista Posada Carriles (que admitiu planejar 6 atentados nos Hotéis de Havana e Restaurantes) viveu em Miami e foi resguardado pelo governo dos EU até sua morte em 2018.
– Em 2009, um golpe em Honduras levou a uma severa repressão e assassinatos de opositores políticos, organizadores sindicais e jornalistas. Na época do golpe, as autoridades norte-americanas negaram qualquer papel no golpe e usaram a semântica para evitar o corte da ajuda militar norte-americana, conforme exigido pela lei norte-americana. Mas dois cabos diplomáticos do Wikileaks revelaram que a Embaixada dos EUA, e a secretária de Estado Hillary Clinton, era a principal corretora de poder na gestão das consequências do golpe e na formação de um governo que agora reprime e assassina seu povo, incluindo a líder popular Berta Cáceres. Os dois homens que mataram Berta Cáceres foram treinados nos EU. Um ex-soldado das unidades das forças especiais do exército hondurenho treinadas pelos EU afirmou que o nome de Cáceres estava incluído numa lista de assassinatos distribuída meses antes do seu assassinato. Segundo uma investigação de Fevereiro de 2017 do The Guardian, os documentos do tribunal pretendem mostrar que três das oito pessoas presas relacionadas com o assassinato estão ligadas às tropas de elite treinadas pelos EU. Duas delas, o major Mariano Díaz e o tenente Douglas Giovanny Bustillo, receberam treinamento militar nos EUA.
– Em 1996, o jornalista investigativo Gary Webb expôs um negócio da CIA de venda de cocaína produzida na Nicarágua, para ajudar a financiar os Contras anticomunistas na sua luta contra os sandinistas na Nicarágua. Essas drogas foram vendidas em sua maioria para comunidades negras na Califórnia, e ajudaram a desencadear a epidemia do Crack. Vários traficantes dos EUA, como Ross e Oscar Danilo Blandon, foram encontrados com ligações entre a CIA e a DEA. As reportagens de Webb foram surpresas nos meios de comunicação. Em 1997, Webb declarou: “Se nos tivéssemos conhecido há cinco anos, você não teria encontrado um defensor mais firme da indústria jornalística do que eu... E então eu escrevi algumas histórias que me fizeram perceber o quanto a minha felicidade tinha sido tristemente mal colocada. A razão pela qual eu tinha desfrutado de uma navegação tão suave por tanto tempo não tinha sido, como eu tinha suposto, porque eu era cuidadoso, diligente e bom no meu trabalho... A verdade é que, em todos aqueles anos, eu não tinha escrito nada importante o suficiente para suprimir”. Em 2004, Webb foi encontrado morto em sua casa, baleado na nuca duas vezes. A sua morte foi considerada um suicídio.
– Em 1990, no Haiti, competindo contra 10 candidatos brancos relativamente ricos, o padre esquerdista Jean-Bertrand Aristide capta 68 por cento dos votos. Alguns meses depois, os militares apoiados pela CIA o depõem em um golpe. Mais ditadores militares brutalizam o país, enquanto milhares de refugiados haitianos escapam da agitação em barcos que mal se navegam. A CIA "pagou a membros-chave das forças do regime golpista, identificados como traficantes de drogas, por informações desde meados dos anos 80, pelo menos até o golpe". Os líderes golpistas Cédras e François tinham recebido treinamento militar nos Estados Unidos. Como a opinião popular apela ao regresso de Aristide, a CIA inicia uma campanha de desinformação pintando o corajoso padre como mentalmente instável.
– África
– No começo de 2017, os EU começaram a conduzir ataques de drone na Somália contra os militantes Al Shabab. Um ataque em 16 de julho matou 8 pessoas.
– Em 1998, os EU bombardearam a fábrica farmacêutica Al Shifa no Sudão, matando um empregado e ferindo 11. Era a maior fábrica farmacêutica no Khartoum, produzindo remédios para ambos o uso veterinário e humano. Os EU agiram sob a falsa evidência de um agente nervoso a partir de uma amostra pequena do solo, e mais tarde usou uma falsa testemunha para acobertar o ataque. Era a única fábrica farmacêutica que não estava sob o controle dos EU.
– Em junho de 1982, com a ajuda do dinheiro e das armas da CIA, Hissène Habré, apelidado de "Pinochet da África", tomou poder da República do Chade. A polícia secreta do seu governo usava métodos de tortura como queimar o corpo dos prisioneiros com objetos incandescentes; pulverizava gás em seus olhos, ouvidos e nariz; forçava-os a engolir água; e forçava suas bocas no cano de escape de carros ligados. O governo de Habré também ocasionalmente realizava na limpeza étnica contra grupos como os Sara, Hadjerai e os Zaghawa, matando e prendendo membros desses grupos em massa quando era percebido que os líderes desses grupos representavam uma ameaça ao regime. O Observatório dos Direitos Humanos (Human Rights Watch) alegou que Habré foi responsável pela morte de milhares. Em 2001, enquanto morava no Senegal, ele foi quase julgado pelos crimes cometidos enquanto presidia no Chade. Contudo, uma corte impediu os procedimentos. Então ativistas dos direitos humanos decidiram levar o caso até a Bélgica, porque algumas das vítimas de tortura do regime Habré moravam por lá. As autoridades dos EU, em junho de 2003, falaram para os representantes da Bélgica que o país arriscava perder seus status como como hóspede do quartel-general da OTAN caso fosse permitido o acontecimento do procedimento legal. O resultado foi que a lei que permitia as vítimas de registrar as queixas quanto às atrocidades cometidas no exterior foi revogada. Contudo, meses mais tarde, uma nova lei foi aprovada que permitia uma concessão especial para a continuação do caso contra Habré. Em maio de 2016, ele foi considerado culpado de abusos aos direitos humanos, incluindo, mas não limitado a estupro, escravidão sexual, e a execução de 40.000 pessoas, e foi condenado à prisão perpétua.
– Ásia
– Entre 1996 e 2006, os EU financiou com armas e dinheiro as forças monarquistas contra os Comunistas Nepaleses durante a Guerra Civil do Nepal. Em torno de 18.000 pessoas morreram no conflito. Em 2002, depois de uma outra guerra civil, o presidente George W. Bush assinou um decreto através do Congresso autorizando apoio militar de 20 milhões de dólares ao governo nepalês.
– Em 1996, depois de ser muito mal avaliado, os EU ajudaram a eleger Boris Yeltsin, um pró-capitalista incompetente, dando um empréstimo de 10 Bilhões de dólares para financiar uma eleição ganha. Em vez de criar novas empresas, a "democratização" de Yeltsin acabou permitindo os monopólios internacionais a roubarem os antigos mercados Soviéticos causando enormes disparidades entre os antigos preços domésticos das commodities Russas e os preços prevalecidos no mercado mundial. Boa parte da era de Yeltsin foi marcada por corrupção desenfreada, e como resultado dos preços baixos persistentes do petróleo e commodities durante os anos 90, a Rússia sofreu inflação, colapso econômico e enormes problemas políticos e sociais que afetou a Rússia e os antigos Estados Soviéticos. Sob Yeltsin, entre 1990 e 1994, a expectativa de vida para os homens e mulheres russos caiu de 64 e 74 anos respectivamente para 58 e 71 anos.
– Em dezembro de 1975, os EU forneceu armamentos para a invasão indonésia do Timor-Leste. Essa invasão foi iniciada no dia que o presidente dos EU, Gerald Ford, e o Secretário de Estado Henry Kissinger deixaram a Indonésia onde eles deram ao presidente Suharto permissão para usar armas estadunidenses, que sob a lei dos EU, não podia ser usada para a agressão. Daniel Moynihan, o embaixador dos EU na ONU disse que os EU queriam que as "coisas tivessem acontecido como aconteceu." O resultado foi estimados 200.000 mortos numa população de 700.000. Dezesseis anos depois, em 12 de novembro de 1991, duzentos e dezessete protestantes timorenses em Dili, muitos desses crianças, marchando de um grande funeral, foram metralhados pela tropa de choque indonésia Kopassus, que estavam sendo comandados pelos comandantes Praboxo Subianto e Kiki Syahnakri, ambos treinados pelos EU. Caminhões foram vistos desovando corpos ao mar. Sobre o assunto, o Secretário Henry Kissinger comentou com seu assistente, "Eu estou supondo que você vai deixar sua boca calada sobre o assunto."
– Europa
– Em 2003, a CIA raptou o imamo italiano milanês Imam Abu Omar, levou-o para o Egito, onde foi torturado, incluindo estupro, electrochoque genital, e fez com que ficasse surdo de um ouvido, no chamado Caso Abu Omar. Em 23 de dezembro de 2005, um juiz emitiu um mandado de prisão europeu contra 22 agentes da CIA, mas os EU não responderam.
– De março a junho de 1999, depois dos sérvios se recusarem a aceitar o desmembramento da sua república, os EU, através da OTAN começaram a bombardear a Iugoslávia matando em torno de 500 civis, deixando milhares de desalojados, destruindo pontes, fábricas industriais, edifícios públicos, empresas privadas, bem como quartéis e instalações militares.
– Em fevereiro de 1998, um avião de núcleo marinho dos EU, voando irresponsavelmente abaixo do permitido pelos regulamentos, cortou um cabo que suportava os teleféricos aéreos em uma estação de esqui perto de Cavalese, na Itália, matando 20 pessoas, no desastre dos teleféricos da Cavalese. Os pilotos destruíram a fita do avião, e foram considerados inocentes. Os promotores italianos ficaram indignados que os EU se recusaram a renunciar ao tratado da OTAN que dá toda a jurisdição aos tribunais militares americanos. Em fevereiro de 1999, as famílias das vítimas tinham recebido 65 mil dólares por vítima como ajuda imediata do governo italiano, que foi reembolsado pelo governo dos EU. Em maio de 1999, o Congresso dos EU rejeitou um projeto de lei que teria criado um fundo de indenização de 40 milhões de dólares para as vítimas. Em dezembro de 1999, o legislador italiano aprovou um plano de compensação monetária para as famílias (1,9 milhão de dólares por vítima). Os tratados da OTAN obrigaram o governo dos EU a pagar 75% dessa indenização, o que foi feito.
REPRESSÃO INTERNA
– Povos originários
– Em 2016, o corpo de engenheiros do exército dos EU aprovou uma proposta da empresa Energy Transfer Partners para construir um oleoduto perto da Reserva Indígena Standing Rock, desencadeando protestos de oposição ao oleoduto do Dakota Access, evocando uma resposta brutal da polícia do Dakota do Norte auxiliada pela Guarda Nacional, empresas de segurança privada e outras agências de imposição da lei dos estados vizinhos. A tribo Standing Rock Sioux acredita que o oleoduto colocaria em risco o rio Missouri, a fonte de água da reserva, apontando dois derrames recentes, um derrame de 2010 no rio Kalamazoo, em Michigan, que custou mais de um bilhão para ser limpo com significativa contaminação remanescente, e um derrame de petróleo bruto Bakken de 2015 no rio Yellowstone, em Montana. A repressão policial incluiu cães atacando manifestantes, pulverizando canhões de água sobre manifestantes em temperaturas negativas, mais de 700 detenções de índios americanos e em torno de 200 feridos, uma força policial altamente militarizada usando porta-aviões blindados, granadas de concussão, spray de pimenta, tasers, bastões, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Em novembro de 2017, o oleoduto Keystone XL explodiu, derramando 210.000 galões de petróleo em Amherst, Dakota do Sul.
– Em 1975, agentes do FBI atacaram ativistas do Movimento Indígena Estadunidense (AIM) na Reserva Pine Ridge, no 'tiroteiro de Pine Ridge'. Dois agentes do FBI, e um ativista do AIM foram mortos. Em dois julgamentos separados, os Estados Unidos processaram os participantes no tiroteio pelas mortes dos agentes. Os membros do AIM Robert Robideau e Dino Butler foram absolvidos depois de afirmarem que tinham agido em autodefesa. Leonard Peltier foi extraditado do Canadá e julgado separadamente por causa do atraso. Ele foi condenado por dois homicídios em primeiro grau pela morte dos agentes do FBI e condenado a duas penas de prisão perpétua consecutivas, após um julgamento que ainda é controverso. Ele permanece na prisão.
– Em 1973, 200 ativistas de Oglala Lakota e AIM ocuparam a cidade de Wounded Knee, Dakota do Sul, na Reserva de Pine Ridge, chamada de Incidente de Wounded Knee. Eles estavam protestando contra o presidente corrupto da reserva apoiado pelos EU, Dick Wilson, que controlava uma milícia privada, chamada Guardiões da Nação Oglala (GOONs), financiada pelo governo. O FBI, marechais americanos e outros agentes da lei isolaram a área e atacaram os ativistas com veículos blindados, fuzis automáticos, metralhadoras, lança-granadas e cartuchos de gás, resultando em dois mortos e 13 feridos. Ray Robinson, um ativista de direitos civis que se juntou aos manifestantes, desapareceu durante os eventos e acredita-se que tenha sido assassinado. À medida que o abastecimento de alimentos ficou curto, três aviões largaram 1.200 quilos de alimentos, mas à medida que as pessoas se mexiam para os recolher, um helicóptero do governo apareceu por cima e disparou sobre eles enquanto o fogo de terra vinha de todos os lados. Depois que o cerco terminou em tréguas, 120 ocupantes foram presos. Wilson permaneceu no cargo e em 1974 foi reeleito em meio a acusações de intimidação, fraude eleitoral e outros abusos. A taxa de violência subiu na reserva quando o conflito entre facções políticas se abriu nos três anos seguintes; os residentes acusaram a milícia privada de Wilson de grande parte dela.
– Povo preto
– As origens da polícia estadunidense estão nas patrulhas de captura de escravos dos anos 1700.
– A administração Obama foi uma das maiores diminuições na classe trabalhadora e na riqueza dos pretos da história: o patrimônio familiar diminuiu em mais ou menos 17 mil dólares entre 2007 e 2016. Suas políticas habitacionais levaram a milhões de pessoas a perderem suas casas. Enquanto os bancos de Wall Street receberam 29 trilhões de dólares em resgates, 75 bilhões de dólares em alívio foram reservados para execuções de casas e assistência hipotecária. Em vez de serem pagos às famílias, isso foi pago aos agentes hipotecários, e os serviços encontraram maneiras de embolsar o dinheiro e continuar com as execuções: ao final do programa, menos de 20% dos fundos foram usados, e a maioria havia abandonado o programa devido às execuções. A administração Obama recusou-se a julgar judicialmente a fraude, ou qualquer um dos responsáveis pela crise financeira de 2008.
– Em 12 de outubro de 2019, mais um policial entrou numa casa e atirou e matou a residente Atatiana Jefferson, de 28 anos, em Fort Worth, TX. Começou com um vizinho que ligou para a polícia, depois de ver uma casa com a porta aberta - "Quando fiz aquela chamada não-emergencial, eu não disse que era um assalto. Eu não disse que eram pessoas brigando. Eu não disse nada que as fizesse ter uma arma. Tudo o que eles precisavam fazer era tocar a campainha da porta", disse o vizinho James Smith. O policial foi colocado em licença remunerada.
– Povos latinos
– Em 14 de junho de 2019, um policial fora de serviço, Salvador Sanchez, em Corona, CA, atirou e matou um homem mentalmente doente, Kenneth French, além de atirar em sua família 8 vezes, enquanto sua família estava com as compras no dia dos pais em uma loja Costco. "Eu implorei e disse a ele para não atirar", disse seu pai, Russell French. "Eu disse que não temos armas e que o meu filho está doente. Ele ainda dispara." Então Sanchez disparou pelo menos oito tiros, atingindo os três membros da família. Um homem dentro de Costco ficou de pé e rezou por Russell French enquanto ele estava deitado no chão sangrando, disse ele. Kenneth French foi baleado duas vezes nas costas, disse Galipo. Também houve dois ferimentos de bala na axila e na área do ombro. Após o tiroteio, a polícia de Corona disse que Sanchez foi agredido "sem provocação", antes de Sanchez abrir fogo. Ele foi colocado em licença administrativa dias após o tiroteio, depois do qual a Polícia de Los Angeles começou a conduzir uma investigação interna.
– Em 7 de fevereiro de 2019, um oficial da patrulha de fronteira dos EU atirou e matou 21 pessoas em Nogales, AZ. Mais de seis meses depois, o CBP (patrulha da fronteira) não nomeou o oficial que disparou a sua arma, nem explicou porque disparou, nem reconheceu o assassinato.
– No início de junho de 2019, vários relatos de abusos surgiram sobre os campos de prisioneiros de migrantes dos EU, dirigidos pela alfândega dos EU e pela Patrulha de Fronteiras. Uma dessas instalações, denominada "The Dog Pound" (o canil de cachorros) por agentes de patrulha fronteiriça, não tinha água corrente, nem lona ou segurança dos elementos. Um grupo de prisioneiros foi mantido em uma única cela por 30 dias sem banho ou trocas de roupa, em temperaturas de 100 graus. Há uma forte superlotação no campo de El Paso, com até 76 migrantes embalados em uma pequena cela projetada para um máximo de 12 pessoas. Um número de crianças morreu durante a detenção, incluindo um bebê nascido em uma cela superlotada. A mãe nunca foi levada a um hospital. Quatro crianças em uma instalação no Texas estavam tão doentes e negligenciadas que um advogado interveio para forçar o governo a hospitalizá-las. As crianças são frequentemente levadas das mães, devido às condições horríveis dos campos. Em várias instalações do Vale do Rio Grande, os migrantes não recebiam sabão, escovas de dentes e eram privados de dormir. O Serviço de Saúde e Serviço Humano diz que já passou da capacidade com mais de 13.000 crianças ao seu cuidado no momento. Um interno expôs um grupo no Facebook contendo 9500 agentes de patrulha de fronteira, com retórica incrivelmente racista e sexista, incluindo ameaças contra a representante estadunidense Alexandria Ocasio-Cortez, que estava planejando uma visita aos acampamentos.
– Povos asiáticos
– Entre 1956 e 1965, o "Programa de Confissão da China" buscou confissões de entrada ilegal de cidadãos americanos e residentes de origem chinesa, com a oferta (enganosa) de legalização do status imigratório em troca. O programa resultou em 13.895 confissões, com cerca de 10.000 na região de São Francisco (onde se concentrava a maior parte da população chinesa que entrava ilegalmente). Isso foi muito menor do que o número de pessoas suspeitas de terem entrado ilegalmente, e o uso insuficiente do programa foi atribuído à falta de confiança entre a população chinesa nas agências de imigração dos Estados Unidos, à falta de benefícios claros da confissão e ao risco de deportação enfrentado pelo confessor, bem como pela sua família (de sangue e de papel). Como as confissões dos vizinhos podem implicar uma pessoa e causar a sua deportação, o programa criou medo e desconfiança em muitas comunidades sino-americanas. Qualquer pessoa que tivesse entrado ilegalmente e entrado em contato com o FBI antes de confessar estava sujeita à deportação imediata. As confissões tiveram um impacto significativo na comunidade sino-americana: como resultado das confissões, 22.083 pessoas foram expostas e deportadas.
– De 1942 a 1946, FDR aprisionou em torno de 120.000 nipo-americanos em campos de concentração após o ataque ao porto de Pearl Harbor. As condições dos campos eram notoriamente horríveis, e a maioria era forçada a fazer "juramentos de lealdade", ou a arriscar a deportação e a separação das suas famílias. Mais tarde foi admitido que as ações do governo eram baseadas em "preconceito racial, histeria de guerra e fracasso da liderança política". A maioria perdeu suas casas e empregos, já que os brancos tomaram conta das casas desocupadas.
– A repressão enfrentada pelos sino-americanos nos séculos 19 e 20 é encontrada nos artigos, História dos Chineses Americanos e Sentimento Anti-Chinês nos EU.
– Povo LGBT
– Em 1969, ativistas LGBT iniciaram os motins de Stonewall em resposta a uma batida policial em Greenwich Village, que destacou um padrão de discriminação contra os gays no sistema legal. O Stonewall Inn atendia a uma variedade de patrões e era conhecido por ser popular entre as pessoas mais pobres e marginalizadas da comunidade gay: drag queens, transexuais, jovens efeminados, lésbicas, garotos de programa e jovens sem-teto. As batidas policiais em bares gays eram rotina na década de 1960. O motim começou um confronto prolongado com a polícia de Nova York e, em poucas semanas, os moradores do Village rapidamente se organizaram em grupos ativistas para concentrar esforços no estabelecimento de lugares para gays e lésbicas poderem ser abertos sobre sua orientação sexual sem medo de serem presos.
– Na 2ª ameaça vermelha e lilás de 1947-56, Joseph McCarthy enquadrou a homossexualidade como uma doença social perigosa e contagiosa que representava uma potencial ameaça à segurança do Estado. Centenas de suspeitos homossexuais foram presos ou demitidos.
– Mulheres
– Os policiais dos EUA cometem rotineiramente agressões sexuais e estupros: a maioria não é denunciada, mas mais de 1200 incidentes, incluindo mais de 400 estupros, foram cometidos durante um período de 9 anos, de 2005 a 2013.
– No período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, as indústrias de mídia, publicidade e produtos de consumo controladas pelo capitalismo norte-americano propagaram e glorificaram o ideal da dona de casa consumidora, a fim de vender produtos, fazer espaço de trabalho para os soldados que retornavam, aproveitar o trabalho não remunerado das mulheres em casa e ajudar a construir uma nova força de trabalho e um exército potencial para combater a união soviética. Isto desencadeou uma era de regressão em relação às vitórias feministas dos 50 anos anteriores, e causou danos psicológicos e desmoralização a um número incontável de mulheres. As mulheres que permaneceram na força de trabalho só eram permitidas em posições subordinadas como secretárias, mulheres de limpeza, professoras do ensino fundamental, vendedoras, garçonetes e enfermeiras. Isto é relatado no livro A Mística Feminina.
– A partir da década de 1880, muitos estados estadunidenses operaram um sistema de esterilização forçada das mulheres, enraizado na supremacia branca. Os principais alvos eram os doentes mentais, os indígenas e os negros. Por exemplo, em Sunflower County Mississippi, 60% das mulheres pretas que lá viviam eram esterilizadas sem a sua permissão. Estima-se que 3.406 mulheres indianas foram esterilizadas. Os eugenistas da Califórnia em 1933 começaram a enviar sua literatura para o exterior a cientistas e trabalhadores médicos alemães, dando início à eugenia nazista. No final, mais de 65.000 indivíduos foram esterilizados em 33 estados, muito provavelmente sem o consentimento das minorias étnicas. 148 prisioneiras em duas instituições da Califórnia foram esterilizadas entre 2006 e 2010 em um programa supostamente voluntário, mas foi determinado que as prisioneiras não deram consentimento para os procedimentos. Em Madrigal vs. Quilligan, muitas mulheres desprevenidas foram coagidas a assinar papéis para realizar a esterilização, enquanto a outras foi dito que o processo poderia ser revertido. Nenhuma das mulheres era fluente em inglês. 10 mulheres latinas foram esterilizadas, e o médico foi considerado inocente.
– Trabalhadores e os Pobres
– Uma análise dos dados de 2016 mostrou que 8 homens controlam tanta riqueza quanto a metade da população mundial. Esses 8 homens são Bill Gates, Warren Buffett, Carlos Slim, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Amancio Ortega, Larry Ellison e Michael Bloomberg, e valem coletivamente 426 bilhões de dólares.
– As autoridades dos EU têm uma longa história de assassinato de trabalhadores em greve que lutam por melhores condições, desde o século XIX, até os dias de hoje. De acordo com um estudo de 1969, os Estados Unidos tiveram a história trabalhista mais sangrenta e violenta de qualquer nação industrial do mundo, e houve poucas indústrias que ficaram imunes. Uma longa lista dessas mortes e disputas pode ser encontrada aqui, e este artigo sobre a História Trabalhista dos EUA.
– Os conservadores e autoridades dos EU desmantelaram sistematicamente os sindicatos nas últimas décadas, e até 2011 menos de 7% dos empregados do setor privado pertencem aos sindicatos. O número de grandes paralisações de trabalho caiu 97%, de 381 em 1970 para 187 em 1980, para apenas 11 em 2010. As fraquezas acumuladas foram expostas quando o Presidente Ronald Reagan - ex-presidente sindical - quebrou a greve da Organização Profissional de Controladores de Tráfego Aéreo (PATCO) em 1981, dando um grande golpe nos sindicatos. A filiação sindical entre os trabalhadores da indústria privada diminuiu drasticamente, embora depois de 1970 tenha havido crescimento nos sindicatos de trabalhadores dos governos federal, estaduais e locais. O clima intelectual nas décadas de 1970 e 1980 favoreceu a desregulamentação e a livre concorrência. Numerosas indústrias foram desregulamentadas, incluindo linhas aéreas, caminhões, ferrovias e telefones, por causa das objeções dos sindicatos envolvidos. Os republicanos, usando grupos de pesquisa (think thanks) conservadores como "fazendas de ideias", começaram a aprovar projetos legislativos para diminuir o poder dos sindicatos de funcionários públicos, bem como eliminar regulamentos comerciais. A fraqueza dos sindicatos no sul dos Estados Unidos minou a sindicalização e a reforma social em todo o país, e essa fraqueza é em grande parte responsável pelo anêmico estado de bem-estar dos EUA.
– Prisioneiros
– Os EUA operam atualmente um sistema de campos de trabalho escravo, incluindo pelo menos 54 fazendas prisionais envolvidas em trabalho escravo agrícola. Fora da escravidão agrícola, as Indústrias Prisionais Federais operam uma indústria multibilionária com cerca de 52 fábricas prisionais, onde os presos produzem móveis, roupas, placas de circuitos, produtos para os militares, serviços de design auxiliado por computador, suporte de call center para empresas privadas.
– Em expansão desde os anos 80, o termo complexo prisional-industrial é usado para atribuir a rápida expansão da população prisional dos EUA à influência política de empresas prisionais privadas e empresas que fornecem bens e serviços a agências prisionais governamentais. Tais grupos incluem corporações que contratam mão-de-obra prisional, empresas de construção civil, fornecedores de tecnologia de vigilância, empresas que operam serviços de alimentação e instalações médicas prisionais, empresas privadas de liberdade condicional, advogados e grupos de lobby que os representam. Grupos ativistas como a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha (NORML) argumentaram que o complexo penitenciário-industrial está perpetuando uma crença falsa de que a prisão é uma solução eficaz para problemas sociais como os sem-teto, desemprego, dependência de drogas, doenças mentais e analfabetismo.
– A Guerra contra as Drogas, uma política de detenção e prisão dirigida às minorias, iniciada pela primeira vez por Nixon, criou ao longo dos anos um monstruoso sistema de encarceramento em massa, resultando na prisão de 1,5 milhões de pessoas por ano, tendo os EUA o maior número de prisioneiros per capita de qualquer nação. Um em cada cinco pretos estadunidenses vai passar tempo atrás das grades por causa das leis de drogas. A guerra criou uma subclasse permanente de pessoas empobrecidas que têm poucas oportunidades educacionais ou de emprego como resultado de serem punidas por delitos relacionados às drogas, em um ciclo vicioso de opressão.
– Minorias religiosas
– De fevereiro a abril de 1994, a ATF (Álcool, Tabaco e Armas de Fogo) e o FBI sitiaram um complexo religioso em Waco, Texas, após uma rusga e uma tentativa de prisão do líder do ramo davidians, David Koresh, por abuso sexual e acusações de armas. Após uma negociação fracassada, tanques foram usados para rasgar o prédio, enquanto gás lacrimogêneo altamente inflamável foi disparado contra o prédio. 76 pessoas, incluindo mulheres grávidas e crianças, foram queimadas vivas na tempestade de fogo. O evento é relatado no documentário, Waco: Rules of Engagement.
– Pervasiva
– Em 2020, foi revelado que a empresa suíça Crypto AG, que prestou serviços de comunicações seguras a cerca de 120 governos ao longo do século 20, foi secretamente dirigida pela CIA e pela Inteligência da Alemanha Ocidental. A CIA e posteriormente a NSA puderam ler comunicações criptografadas em muitos países, como Arábia Saudita, Irã, Itália, Indonésia, Iraque, Líbia, Jordânia e Coréia do Sul.
– Em agosto de 2019, enquanto aguardava um julgamento iminente, o infame predador e pedófilo Jeffrey Epstein, foi encontrado "suicidado" em sua cela, depois de ser colocado em observação de suicídio. Epstein era um associado próximo de dois presidentes dos EU (Clinton e Trump), da realeza britânica (Príncipe Andrew) e de muitas celebridades globais. As autoridades afirmam que ele se matou depois de os guardas estarem ausentes da área. Sua morte garante que não haverá mais investigações, descobrindo esquemas de prostituição de menores de idade usados pelos ricos e poderosos do mundo.
– A repressão policial contra minorias e os pobres tem aumentado nos últimos anos, levando ao estabelecimento de várias bancos de dados online, como este pelo Washington Post documentando mortes por tiroteio pela polícia, e o killedbypolice.net. A polícia dos EU disparou e matou 952 pessoas em 2017, 963 pessoas em 2016 e 991 em 2015.
FONTES INICIAIS / PESQUISAS INICIAIS
[1] A História Popular dos EU
[2] Linha do tempo das Atrocidades da CIA
[3] 35 países nos quais os E.U.A. apoiou fascistas, narcotraficantes e terroristas
[4] Top 10 Atrocidades e Regimes Autoritários apoiados pelos EU
[5] As operações da CIA que comprometeram a democracia Latino-Americana
[6] Atrocidades contra Nativo-Americanos
[7] Os EU já mataram mais de 20 milhões de pessoas em 37 "Nações Vítimas" desde a Segunda Guerra Mundial
[8] Wikipédia: Guerras envolvendo os Estados Unidos
[9] Cartum: Se alguém morre num regima socialista, não importa como: "É culpa do socialismo!" E se alguém morre por causa do capitalismo: "Bem, a vida é difícil, ela é assim mesmo".
[10] Tentando o impossível: calculando os números de mortos pelo capitalismo
[11] Mortes pelo capitalismo
[12] Wikipédia: Envolvimento dos Estados Unidos em mudanças de regime
(tradução do trabalho organizado pelo camarada dessalines)