Lição 01: Deus Criou... 29 de Junho a 06 de Julho 2019

Lição 01: Deus Criou... 29 de Junho a 06 de Julho 2019

Comentários para Adultos - 3° Trimestre 2019
SÁBADO A TARDE - 29 DE JUNHO 2019 - INTRODUÇÃO

Comentário por Gerson Benedito Prado

Religião não é um conjunto de dogmas, mantras, doutrinas, liturgias e ou condicionamentos comportamentais definidos por institutos de declaração de fé de religiões, denominações ou seitas, mas, ação.

A Palavra de Deus define a ação como determinante para a religação Deus e humanidade em Provérbios 14:31, NVT, que declara “O que oprime o pobre insulta àquele que O criou, mas o que se compadece do necessitado O honra.”

Jesus exprimiu a mesma ordem a seus seguidores para que fossem e fizessem como Ele (Lucas 10:37) pois ao comparecerem todos diante do Juiz de toda a Terra, Ele os julgará por ações e palavras (Judas 1:15) e essas mesmas obras separariam justos e injustos (Mateus 25:32) conforme atendessem ou não aos necessitados.

Desde a criação Deus proclama a necessidade de atenção aos interesses das outras criaturas. No princípio, segundo a expressão do próprio Criador tudo era “muito bom”. Expressão repetida ao final de cada dia da criação, definindo cada fase concluída, dia a dia, com a avaliação “era muito bom” (Gênesis 1-2), mas, com a opção pela rebeldia e afastamento do Criador, os recém criados Adão e Eva passam de mordomos do amor com a suficiência provinda da fonte de vida e amor, Deus, para uma mordomia de escolha onerosa a ser cumprida sob esforço e suor (Gênesis 3).

Apesar da tristeza de Deus ao comparar os seres humanos que criara com os que se esconderam Dele, O SENHOR apresenta-lhes, como prova de seu incomensurável amor, o plano de redenção, que no tempo determinado se cumprirá, mas que, enquanto aguardamos, devemos compartilhar as obras de restauração da imagem de Deus na humanidade, contribuindo para a salvação de todos, inclusive a nossa.

Estudemos nesta semana a criação para, depois, entendermos a caridade e o amor ao próximo.

Pense: : “… apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina. As campinas verdejantes, as árvores altaneiras, o alegre Sol, as nuvens, o orvalho, o silêncio solene da noite, a magnificência do céu estrelado, a beleza da Lua, dão testemunho do Criador. Não cai do Céu uma só gota de chuva, raio de luz nenhum incide sobre este mundo ingrato, sem testificar da longanimidade e do amor de Deus”. (EGW, TS, v. 3, p. 14.4).

Desafio: Faça do seu testemunho um compartilhamento de ações e palavras que leve os corações a Deus.


DOMINGO, 30 DE JUNHO 2019 - DEUS: UM VISLUMBRE DA CRIAÇÃO

Existimos e conhecemos a vida em Deus. Ele é a origem de todas as formas de vida que conhecemos. Vida não é apenas estar vivo, mas interagir com outras criaturas e seres humanos, produzindo condições de compartilhamento e vivência, por isso, a Bíblia declara que “Nele vivemos, e nos movemos e existimos” (Atos 17:28). Não apenas é apropriado, mas a melhor forma de experimentarmos a vida.

O incomensurável poder de Deus se comprova por ter trazido a Terra e demais corpos celestes à existência por Sua palavra (Gênesis 1:1), pelo comando da voz, mas ao decidir a criação do ser humano, se envolve diretamente ao, por assim dizer, literalmente, “botar a mão na massa”, pois não apenas ordenou e a humanidade passou a existir, mas a formou, manualmente, pó da terra o homem e a mulher da clonagem, formando-a da costela de Adão (Gênesis 2:7, 22).

O relato da criação revela Deus como fonte de poder, de vida e que deseja um relacionamento tão íntimo com humanidade, que a faz à Sua imagem e semelhança. Também é Deus que deseja o ser humano com raciocínio superior e por isso subordina a ele toda criação já terminada, criaturas vivas e inanimadas, mas, a principal semelhança com Deus é atribuir-lhe a função de procriar seres pensantes, dotados de vontade e decisão e livres para escolherem amar ou não.

Por outro lado, a criação divina revela criaturas dotadas de livre-arbítrio, capazes de raciocinar das causas para os efeitos e vice-versa, de optarem entre amarem e obedecerem ou não amarem e desobedecerem. Mas, escolhendo entre Deus e os caminhos da liberdade ou a servidão aos caminhos do mal e suas consequentes mazelas, o ser humano é dotado do senso de ausência de Deus em suas vidas, quando abandonam a Palavra de Deus. Têm o desejo de retornar ao Pai de amor e Sua Lei de liberdade (Gênesis 1:26-31).

Pense: “Os imutáveis princípios da verdade e do amor ligarão coração a coração, e a força da união será proporcional à medida de graça e verdades fruídas. Bom será que cada um de nós erga o espelho, a real lei de Deus, e nela veja o reflexo do próprio caráter”. (EGW, TI, v. 5, p. 537.2).

Desafio: Que contemplar a criação de Deus nos revele o próprio caráter Dele e que ele se reflita em nós.


SEGUNDA-FEIRA, 01 DE JULHO 2019 - UM MUNDO PLENO

Em cada dia da criação Deus registrou a satisfação pelos efeitos de Suas ordens e pela exposição de Seu poder declarando que cada fase terminada “era bom”, mas na conclusão de Sua obra, no sexto dia, demonstra sentimento de satisfação plena e afirma que “udo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31).

Em cada dia a expressão foi semelhante, para luz e separação entre luz e trevas, dia e noite, no primeiro dia (Gênesis 1:4), na configuração dos espaços para as águas e as porções secas, mar e terra, no segundo dia (Gênesis 1:10), ao preencher os espaços de terra com o verde das ervas e das árvores frutíferas (Gênesis 1:12) no terceiro dia e no quarto dia ao estabelecer o domínio da luz e calor do sol e da lua e estrelas, respectivamente sobre o dia e a noite (Gênesis 1:18), também viu Deus “que era muito bom” no quinto dia ao ordenar o surgimento dos animais (Gênesis 1:25) e, finalmente, no sexto dia, após envolver-se diretamente na criação do ser humano, Ele conclui que “tudo quanto tinha feito…. era muito bom” (Gênesis 1:31).

A criação, como descrita na Bíblia, é motivo de apreciação e louvor entre os escritores bíblicos, como Moisés (Jó 38-41) e, provavelmente, Davi no Salmo 148 que conclama toda criação a louvar ao SENHOR por Seu poder, criador de beleza, ordem, glória e pureza, tudo porque Deus “mandou, e logo foram criados” (v. 5) e todos os seres viventes são convocados a louvar “Reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra; moços e moças, velhos e crianças” (v. 11-12).

E animais e aves recebem os cuidados de Deus em agasalhos e alimentos e a nós, seres humanos, que saibamos que o Criador dispensa o mesmo cuidado, conforme Jesus ensinou (Mateus 6:26, 28-30)

Pense: “Unicamente ao contemplarmos o grande plano da redenção podemos apreciar devidamente o caráter de Deus. A obra da criação foi uma manifestação de Seu amor; mas o dom de Deus para salvar a culpada e perdida raça, unicamente, revela as infinitas profundezas da ternura e compaixão divinas”. (EGW, TS, v. 2, p. 336.1).

Desafio: Pelo estudo da Bíblia apreciar as obras da criação e da redenção da humanidade.


TERÇA-FEIRA, 02 DE JULHO 2019 - MORDOMOS NA TERRA

O ser humano não foi criado e colocado neste mundo deteriorado e agressivo nem para explorá-lo indefinidamente nem para sofrer pelas manifestações destruidoras da natureza, mas sim para ser um cuidadoso e amável mordomo, cuidador e zelador de todas as benesses possíveis de serem logradas pelo convívio da natureza. Seria uma convivência de permuta entre o cuidado dispensado e a riqueza dos retornos advindos desse cuidado.

A Adão Deus incumbiu, como primeiro esforço de cuidado pela criação, nominar todos os animais e, qual fosse a nomenclatura atribuída, seria validada e respeitada pelo Criador (Gênesis 2:19). A segunda incumbência dada ao ser humano foi a responsabilidade de administrar seu desenvolvimento e utilidade, dominando todas as criações de Deus (Gênesis 1:28), e, também, lavrar e guardar o Jardim preparado por Deus para ser a sua residência (Gênesis 2:15).

Com a opção da humanidade pelo pecado e, consequentemente, ter o inimigo de Deus usurpado o domínio do planeta Terra, se autointitulando proprietário deste mundo, no entanto, toda a Terra e a criação continua propriedade do Criador, inclusive a humanidade. É isso que declara o Salmo 24:1 “Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”.

Por isso, ainda hoje, somos mordomos da Terra. Temos a obrigação de preservar e cuidar da vida animal, doméstica ou selvagem; das condições de uso do solo, das fontes das águas, das florestas, rios e mares. E somos responsáveis pelo que essa natureza produz, tanto em benefício da humanidade, quanto aquilo que ela nos traga de intempéries, pois devemos apresentar o relatório dessa nossa mordomia em resultados positivos e não positivos.

Pense: : “Devemos andar continuamente nas pegadas de Jesus, operando segundo Ele, dispensando Seus dons como bons mordomos da multiforme graça de Deus. Satanás estará pronto a dar a todo aquele que não esteja diariamente aprendendo de Jesus, uma mensagem especial de sua própria criação, a fim de neutralizar o efeito da maravilhosa verdade para este tempo” (EGW, ME, v. 1, p. 191.1).

Desafio: Deus nos quer como mordomos de Sua criação e graça. Sejamos fiéis mordomos.


QUARTA-FEIRA, 03 DE JULHO 2019 - UM MUNDO ARRUINADO

Da toda a criação apenas os seres humanos foram dotados de capacidade de discernimento moral e, portanto, com possibilidade de escolha. Essa possibilidade que é o livre-arbítrio lhe confere a decisão de relacionar-se com seu Criador, Deus, por escolha, como o próprio Deus planejara, uma relação com base do amor e na escolha de cada ser humano, como também puderam optar os anjos em manter-se obedientes e submissos a Deus ou desobedecê-Lo e afastar-se da fonte da vida.

Não conseguindo seus objetivos de supremacia e promoção à posição de Deidade no céu, Satanás transfere seus esforços para a Terra, apresentando ao ser humano a dúvida a suficiência e plenitude de Deus para manter Suas promessas e planos de conceder vida eterna à humanidade se obediente a Suas leis e estatutos. Começando pelo inusitado da serpente falar, à indução a prestar atenção a argumentação satânica que Deus lhes escondia conhecimentos e privilégios que não lhes havia oferecido (Gênesis 3:1-5).

A opção pelos argumentos mentirosos do Diabo trouxe consequências imediatas: perderam sua cobertura de luz e viram-se nus, quiseram cobrir-se com folhas, esconderam-se do SENHOR e sentiram medo (Gênesis 3:8-10).

Outras consequências atingiram diretamente os seres humanos e suas relações entre si e com a natureza. A mulher passou a sentir dores pela procriação, a ser dominada pelo marido e este ouviu de Deus que por seu erro trouxera maldição à natureza e que a relação homem e natureza seria mediante dor, sofrimento e cansaço até que retornasse ao pó, pela morte (Gênesis 3:16-19). Mas para Deus o assunto não termina ai, porém, Ele agrega uma surpreendente promessa de perdão e salvação, recriação e vida eterna através de um descendente da mulher (Gênesis 3:15).

Pense: “Após o pecado e a queda de Adão, coisa alguma foi tirada da lei de Deus. Os princípios dos Dez Mandamentos existiam antes da queda e eram de caráter apropriado à condição de uma santa ordem de seres. Depois da queda os princípios desses preceitos não foram mudados, mas foram dados preceitos adicionais que viessem ao encontro do homem em seu estado decaído”. (EGW, GCC, p. 235.1).

Desafio: Esforce-se para transformar esse mundo arruinado pelo pecado em um mundo de esperança.


QUINTA-FEIRA, 04 DE JULHO 2019 - A REDE FAMILIAR DA HUMANIDADE

Imediatamente ao pecado, além do conhecimento do mal com a consciência da nudez, segundo Ellen G. White, e Adão e Eva percebem “no murchar da flor e no cair da folha, os primeiros sinais da decadência” (Patriarcas e Profetas, p. 33), com o ciúme, a inveja, a incompreensão, a ira e, por fim, o assassinato e a resposta irônica de Caim a Deus (Gênesis 4:9).

Agravos mais contundentes nos relacionamentos humanos são criados pelas diferenças sociais como etnias, clãs, patrimônios, mas para Deus, essas diferenças não existem. Raças, condições patrimoniais ou sociais, origens ou famílias, pois todos são Seus filhos, criaturas Suas, todos feituras de Deus (Provérbios 22:2).

Sendo assim, há responsabilidade entre os seres humanos de se tratarem e se entenderem como irmãos amoráveis e cuidadosos uns dos outros, como ensinou Jesus que a obediência ao Decálogo pode ser resumido em dois pontos: primeiro, amar “o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” e o segundo é amar “o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37-39) e essa visão de familiaridade se expande a nossos relacionamentos com todos os seres humanos.

A Bíblia lembra constante e insistentemente que Deus é o criador de toda a humanidade e traz à memória o fato de que o dia de sábado foi criado e estabelecido no Éden como uma lembrança da criação, Seu autor e que, por isso, esse é um dia especial, abençoado e separado em assinalamento do relacionamento homem e Deus e homem (Êxodo 20:11). Portanto, o modo como tratamos nossos próximos, demonstra um vínculo entre todos nós, seres humanos, pela nossa origem de um único Criador, Deus e Pai (Provérbios 14:31).

Pense: “O amor fraternal está tristemente faltando na igreja de Deus hoje em dia. Muitos que professam amar o Salvador não se amam uns aos outros. Os incrédulos estão observando para ver se a fé dos professos cristãos está exercendo sobre sua vida uma influência santificadora; e eles são ligeiros em discernir os efeitos no caráter, as incoerências na ação”. (EGW, AA, p. 308.1)

Desafio: Em todos os relacionamentos demonstre que é filho de Deus e que Ele é Pai de todos ao seu redor.


SEXTA-FEIRA, 05 DE JULHO 2019 - PONTOS PARA REFLEXÃO

Na criação Deus estabeleceu como destino da humanidade a eternidade. Advindo a desobediência, foi apresentado o plano de redenção, que após e sob juízo dos atos e palavras da humanidade, a Terra seria nova Terra, que receberia os salvos para a eternidade. Entre o Éden e o juízo as relações entre os seres humanos são regidas por regras e costumes oriundos de pensamentos mistos de amor, egoismo e divisionismo.


Para Deus toda a criação foram “muito bom”, mas o pecado agregou características não Divinas, mas satânicas. E Satanás deseja alterar a imagem de Deus colocada na humanidade pela sua, egocêntrica, rebelde e traidora.

O mundo saiu da mão de Deus pleno, radiante de beleza, saúde e riquezas para o bem-estar da humanidade. A obra final de Deus, a humanidade, é estabelecida como mordoma da Terra, para cuidar e lavrar a terra, dominar sobre todas as criaturas. Envolvendo a relação homem e natureza de amor, cuidado e constante apreciação pelos resultados obtidos, como bençãos de Deus.

O pecado arruinou completamente a relação entre humanos e este e a natureza, saindo de uma apreciação, cuidado e cultivo do que a Terra oferecesse para exploração, mas não recebendo, muitas vezes, como resposta um resultado satisfatório, porque a natureza se tornou hostil aos tratos que lhe faz a humanidade.

O ser humano busca viver e conhecer um mundo melhor, assunto da próxima semana. É plano de Deus, um “plano para um mundo melhor”, ideal que será alcançado se conhecermos e nos relacionarmos com “o Deus que ouve”. “Os Dez Mandamentos”, nos responsabiliza em cuidarmos os que vivem como “escravos, viúvas, órfãos e estrangeiros”, e talvez devamos pensar na mordomia de um “segundo dízimo” e de repensarmos o uso da terra e de nossas produções, estabelecendo novamente “o ano do jubileu”.

Pense: : “Precisamos dar ao Senhor a oportunidade de realizar Sua obra, Sua grande obra em favor da alma. Cristo é nossa suficiência... Aquilo que Cristo foi neste mundo, devemos ser também. Se nesta vida somos semelhantes a Ele no caráter, teremos a Sua semelhança no Céu”. (EGW, FD, p. 69.3).

Desafio: : Entender, apreciar e ver na criação o plano divino de amor e misericórdia a toda a criação.






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