FURIA assegura vaga direta na Stage 3 do CS2 StarLadder Major após corte do VRS
FURIABET
No cenário competitivo de Counter-Strike 2 (CS2), poucas mudanças abalaram tanto o formato dos Majors quanto a nova metodologia da Valve para classificação. Em 6 de outubro de 2025, o ponto de corte do Valve Regional Standings (VRS) selou o destino das 32 equipes convidadas para o StarLadder Budapest Major — e o time brasileiro FURIA garantiu um lugar direto na Stage 3 (Legends Stage), o nível mais alto de entrada.
Esse novo sistema não depende mais de qualificatórias tradicionais: a classificação passa a ser decidida com base em desempenho acumulado. E, com ele, surge também a regra do “Core Roster”, que congela a formação principal de cada time no momento do convite.
A seguir, vamos explorar as principais mudanças (e suas repercussões), o desempenho da FURIA, a estrutura do torneio e os desafios que o novo modelo impõe.
O novo modelo de qualificação e a regra “Core Roster”
Como funcionou o corte VRS
- A data limite foi 6 de outubro de 2025. Após isso, nenhum resultado de torneio poderia contribuir para o ranking VRS, e nenhuma troca de elenco afetaria a qualificação para o Major.
- No dia 8 de outubro, os convites oficiais foram enviados para as 32 equipes com base puramente nas classificações acumuladas.
- A Valve eliminou as qualificatórias regionais (MRQs), alegando que “um processo de qualificação separado para o Major é ao mesmo tempo desnecessário e prejudicial”.
Regra Core Roster (congelamento de elenco)
- Anunciada em 1º de julho de 2025 por Graham “messioso” Pitt, essa regra determina que os cinco jogadores ativos no momento do convite formam o “núcleo” do time — e não podem ser substituídos depois.
- Cada equipe pode ter apenas um substituto, e ele não pode alterar a atribuição regional do time.
- O objetivo: evitar que organizações substituam jogadores que conquistaram vaga só para lucrar com adesivos (“sticker raiding”) e proteger os jogadores do núcleo.
- Após o prazo, os 32 times já sabiam exatamente em qual estágio começariam:
- Stage 3 (Legends) — 8 equipes
- Stage 2 (Elimination) — 8 equipes
- Stage 1 (Opening) — 16 equipes
“A regra protege quem conquistou sua vaga para o Major, impedindo mudanças oportunistas a poucos dias do torneio.”
Comparando regiões, a distribuição ficou assim:
RegiãoConvitesEuropa16Américas10Ásia6
Essa distribuição reforça o domínio europeu no cenário competitivo, mas também representa um desafio para equipes de outras regiões.
A FURIA e a nova fase internacional
Transformação do elenco e adaptação
A FUR
IA garantiu uma das vagas diretas no Stage 3 do Major, uma posição que poucas equipes alcançam. Agora, ela se junta a times como Vitality, Team Spirit, MOUZ, G2, MongolZ, Team Falcons e paiN Gaming.
O grande diferencial é a mudança de identidade: até então um time quase totalmente brasileiro, agora a FURIA aposta em uma escalação internacional:
- Gabriel “FalleN” Toledo – IGL / Líder em jogo (Brasil)
- Yuri “yuurih” Santos – Support (Brasil)
- Kaike “KSCERATO” Cerato – Rifler (Brasil)
- Mareks “YEKINDAR” Gaļinskis – Rifler/Entry (Letônia)
- Danil “molodoy” Golubenko – AWPer (Cazaquistão)
- Técnico: Sid “sidde” Macedo (Brasil)
A comunicação mudou: o time passou a falar inglês durante as partidas, com YEKINDAR servindo de ponte com molodoy (ambos falam russo). As trocas começaram em abril de 2025 — molodoy entrou no dia 11, substituindo chelo; três semanas depois, YEKINDAR entrou como stand-in e foi contratado oficialmente em 4 de julho. HLTV.org+1
FalleN elogiou o novo reforço:
“Fiquei surpreso com sua capacidade de ajudar o time a conversar sobre o que acontece nas rodadas. Ele tem visão de jogo e consegue jogar enquanto orienta os outros.”
Essa é a primeira vez — em oito anos de história — que a FURIA escala dois jogadores de fora do Brasil no elenco principal. HLTV.org+1
Momento de ascensão
A decisão veio em boa hora. Em 21 de setembro de 2025, a FURIA conquistou seu primeiro título em Big Event no FISSURE Playground 2, vencendo o MongolZ por 3–2 na final. O MVP foi molodoy, com rating de 1,19. O time eliminou adversários como G2 Esports, Team Falcons, Astralis, paiN Gaming e Team Liquid.
Yuurih, emocionado, disse:
“KSCERATO e eu tentamos por anos… e estar aqui, vencendo um torneio… não tenho palavras.”
Yuurih e KSCERATO estenderam seus contratos por três anos em julho de 2024, até meados de 2027 — um sinal de que a FURIA quer manter suas raízes brasileiras mesmo com a abertura internacional.
Atualmente, o time figura entre os top 5–6 do ranking HLTV e ocupa o 6º lugar no ranking VRS com 1.681 pontos — subindo três posições na temporada. HLTV.org+2HLTV.org+2
Formato do StarLadder Budapest Major 2025
Etapas e estrutura
O Major será realizado
entre 24 de novembro e 14 de dezembro de 2025, com premiação de US$ 1,25 milhão. O formato combina sistema suíço e eliminação simples:
- Stage 1 — Opening (24 a 27 nov)
- Local: MTK Sportpark
- 16 equipes
- Sistema suíço: vencer 3 antes de perder 3
- Formato: Bo1, exceto jogos de classificação/eliminatórias que são Bo3
- Stage 2 — Elimination (29 nov a 2 dez)
- 8 times classificados + 8 convidados diretos
- Mesmo formato suíço
- 8 times avançam
- Stage 3 — Legends (4 a 7 dez)
- 8 times da Stage 2 + 8 times convidados diretos (como FURIA)
- Define os 8 participantes das playoffs
- Playoffs / Champions Stage (11 a 14 dez)
- Local: MVM Dome (capacidade para mais de 20.000 pessoas)
- Formato: eliminação simples Bo3
- Campeão leva US$ 500.000 do prize pool
Por iniciar já na Stage 3, a FURIA precisa passar por apenas um estágio suíço para alcançar as playoffs — enquanto equipes da Stage 1 enfrentam três etapas suíças.
O caminho até a final
- Equipes da Stage 1: precisam sobreviver a três fases suíças consecutivas
- Equipes da Stage 2: entram já no segundo estágio
- Equipes da Stage 3 (como a FURIA): iniciam direto no “Swiss final”
Esse desequilíbrio reforça como as vagas diretas são extremamente valiosas.
Drama e resultados no fechamento do prazo
A reta final antes de 6 de outubro foi marcada por disputas intensas pela última vaga no Major:
- O PARIVISION garantiu a última vaga europeia ao vencer o Majestic LanDaLan 3 em Moscou, eliminando a BetBoom da disputa.
- A Fnatic protagonizou um feito improvável: viajou dos EUA especialmente para disputar o Fragadelphia Blocktober, venceu a competição e obteve pontos suficientes para garantir uma das 16 vagas europeias — uma combinação de risco logístico e desempenho.
- Na América do Sul, RED Canids e Fluxo se classificaram via playoffs do Circuit X South America, aproveitando as últimas oportunidades da janela regional.
- A Virtus.pro, com 1.413 pontos, ficou de fora — sem eventos restantes para reagir e cercada por equipes próximas no ranking.
- A HEROIC teve queda desastrosa: derrota para Astralis no ESL Pro League encerrou sua temporada sem Major. Logo após o prazo, vários jogadores saíram do time, e especula-se que outros também partiriam.
- A M80, dos EUA, lutou para garantir vaga na Stage 1 com atuações impressionantes no BLAST London.
Depois do cutoff, equipes que ficaram de fora sofreram uma debandada de elencos:
- Team Falcons demitiu quase todo o elenco, mantendo apenas Magisk, e contratou NiKo junto a ex-jogadores da HEROIC
- Team Liquid dispensou YEKINDAR (que agora joga pela FURIA) e trouxe NertZ, além de reintegrar EliGE
- FaZe Clan mexeu bastante: dispensou rain após 3.541 dias no time, e fez diversas mudanças para evitar penalidades por violação de regras
- BIG liberou rigoN e syrsoN
- TSM dispensou toda sua lineup de CS2
- NiP dispensou maxster
- FlyQuest substituiu aliStair por regali
Essas alterações refletem o impacto drástico da regra Core Roster: só quem assegurou vaga pôde manter estabilidade.
Impactos e críticas ao sistema VRS
Mecanismos do algoritmo VRS
O sistema de rankings da Valve avalia diversos fatores complexos:
- Prêmios conquistados (Bounty Offered)
- Valor dos inimigos derrotados (Bounty Collected)
- Efeito de rede: vencer times que venceram outros times fortes (Opponent Network)
- Bônus por desempenho em LAN
- Decaimento temporal (resultados antigos valem menos)
- Peso de prestígio dos eventos
Em 2025, foram feitas mudanças críticas:
- Em fevereiro, penalidades por desistências foram contadas como derrotas.
- O requisito mínimo de partidas caiu de 10 para 5.
- Em junho, times multi-região foram obrigados a escolher uma única região para compor o ranking.
- Em 1º de julho, entrou em vigor a regra Core Roster.
Essas mudanças transformaram como organizações traçam suas estratégias: não basta participar dos maiores eventos — é preciso maximizar acúmulo de pontos e planejar deslocamentos inteligentes (como fez a Fnatic).
Críticas e desvantagens
- O sistema favorece equipes com orçamento e logística robustos
- A complexidade torna previsões quase impossíveis para torcedores e times
- Organizações menores têm dificuldade para romper a barreira de entrada — times já consolidados, como NiP e BIG, ficaram de fora
- Para os jogadores, a regra do núcleo protege, mas dificulta que reservas ou stand-ins convertam boas atuações em convites permanentes
Ainda assim, para quem garante sua vaga, há maior segurança: os jogadores não podem ser descartados às vésperas do Major.
FURIA: perspectiva para o Major
Com a classificação confirmada e a Stage 3 garantida, a FURIA tem cerca de dois meses para ajustar táticas e comunicação para o início em 4 de dezembro.
A combinação de:
- liderança histórica de FalleN,
- lealdade da base brasileira,
- explosão internacional de YEKINDAR e molodoy,
cria uma sinergia inédita. Essa escalação tem tudo para levar a FURIA a seu primeiro título de Major.
Em relação às apostas, vale mencionar que no site BetFury é possível encontrar alguns dos melhores odds para partidas de Counter-Strike, o que pode ser interessante para quem acompanha o cenário competitivo e gosta de estatísticas e probabilidades.
Confira também o site oficial da equipe: www.furia.gg.
Conclusão
A mudança para o sistema VRS e a regra Core Roster introduzem um novo paradigma em CS2: não é mais apenas sobre vencer partidas grandes — é sobre consistência, planejamento e gestão de elenco.
A FURIA, rompendo antigas barreiras regionais, hoje ingressa com ambição no Major com um elenco internacional que une o melhor dos mundos. Eles partirão da Stage 3, com vantagem estratégica frente às equipes que enfrentam três etapas.
Porém, o novo modelo impõe desafios inéditos — times com menor suporte financeiro encontram dificuldades para competir de igual para igual.
Para a FURIA, cada escolha desde abril de 2025 foi calibrada: trocar chelo por molodoy, confiar em YEKINDAR, apostar em comunicação em inglês — e tudo isso se converteu numa vaga direta. Se mantiverem o foco, essa pode ser a chance de conquistar o maior título da história da organização.
Se quiser, posso ajustar mais algum trecho, reduzir ou expandir conforme seu público-alvo. Você quer que eu gere a versão final para publicação?