Dia 11 - Capítulo 10 – Energia

Dia 11 - Capítulo 10 – Energia

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Capítulo 10 – Energia

 

“Mesmo quando são decisões pequenas, do tipo o que vestir, o que comer no café da manhã ou coisas assim, elas nos cansam e consomem nossa energia.”

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook8

 

em sempre tive o Nível A de produtividade, arrastei por muito tempo o Nível C e é bem possível que tenha chegado ao Nível D em alguns momentos, mas o fato é que eu não conseguia perceber que existiam níveis bem melhores, pois estava ofuscado pelos resultados  que eu conseguira até ali.

 

Contudo, quando decidi que não morreria servidor público, percebi que o Nível C de produtividade não me levaria a construir a fotografia que eu queria, por isso, tinha de melhorar minha produtividade. No entanto, eu precisava trabalhar até mais tarde e, quando dormia, acordava no dia seguinte ainda me sentindo cansado. Naquela época eu dormia entre cinco e seis horas por dia.

 

Resolvi que precisava de mais horas de sono, então, passei a dormir sete horas por dia, depois oito, mas continuava me sentindo cansado. De nada adiantava ter construído os pilares da clareza, do método e da mentalidade vencedora se não sobrava energia para usar aquilo tudo a meu favor. É como ter uma Ferrari e abastecê-la com gasolina da pior qualidade; o carro pode até andar, mas com certeza vai render muito menos do que poderia.

 

Aqui estou usando a palavra “energia” como as forças física e mental que nos permitem realizar aquilo que é necessário para construir a fotografia do quebra-cabeça. Sempre que vamos pegar alguma peça do nosso quebra-cabeça, precisamos dessa energia.

 

Imagine alguém que já montou a própria fotografia, conhece e aplica o Método Inteligente de Produtividade e até tem uma mentalidade vencedora, mas do que vai adiantar ter esses três pilares construídos se no dia a dia estiver quase sempre sem energia física ou sem energia mental?

 

É importante lembrar que, muitas vezes, a ação pode ser deixar de fazer alguma coisa, como no caso de alguém que tem como meta de realização pessoal emagrecer. Nesse caso, a ação de não comer demanda energia física e mental do mesmo jeito que alguém que precisa agir  para fazer algo concreto.

 

Não estou medindo o que demanda mais ou menos energia, pois o consumo da energia depende das características individuais. Uma decisão de fazer ou deixar de fazer determinada tarefa pode demandar uma energia enorme para uns, enquanto, para outros, será algo extremamente simples de fazer. O ponto é que independentemente do que você queira realizar na vida, precisará de energia, e essa energia é física e emocional.

 

E era disso que eu precisava naquele momento, mais força interior, física e mental, para abandonar meu emprego público. Então, fui buscar soluções que, em sua maioria, possuíssem fundamentação científica e pudessem gerar mais energia sem necessariamente me obrigar a dormir mais; também resolvi mapear tudo o que drenava a minha energia. Nessa linha, é muito importante que você entenda que existem formas de gerar e de perder energia mental e física e é exatamente disso que vamos falar ao longo deste capítulo, de como ganhar e parar de perder energia.

 

A fisiologia e a dor de barriga

 


Mente e corpo fazem parte do mesmo sistema, um interfere no outro de forma direta e indireta. Um exemplo concreto: se eu chegar em casa completamente bem e saudável e a Paty me disser que João ou Carol está com febre, em menos de três minutos vou ter um desarranjo intestinal.

 

Sei que isso não é a melhor coisa a dizer num livro, mas é a pura verdade e só ilustra a conexão que existe entre mente e corpo. O mal-estar dos meus filhos pode causar um grande mal-estar em mim, porque nem tudo o que sentimos no corpo vem do corpo.

 

E o contrário também é verdadeiro, você pode ter reações emocionais cuja causa está no corpo. A fisiologia corporal interfere diretamente na sua energia. Por exemplo, quer uma fórmula para ficar triste e sem energia? É claro que não, mas eu vou falar assim mesmo, apenas para explicar. É o seguinte, basta você começar a falar um pouco mais baixo e mais devagar, num tom mais melancólico, em seguida curve os ombros um pouco para a frente e olhe levemente para baixo. Neste momento, todo o seu sistema já vai começar a entender que algo ruim está acontecendo e o seu cérebro começará a fazer descargas neuroquímicas, inclusive de algumas toxinas, como resultado desse aparente estado emocional que está se instalando em você.

 

Se você tentar se lembrar da última vez em que se sentiu mal e sem energia, é bem possível que sua memória traga diversos sinais como os descritos acima e que você tenha inconscientemente adotado.

 

A boa notícia é que o oposto também é verdade. Se você adotar uma postura fisiológica de sucesso, determinação, autoconfiança, seus níveis de descargas neuroquímicas de componentes positivos vão aumentar, propiciando-lhe sentimentos positivos. Atenção, não estou descrevendo aqui nenhum truque barato de motivação que dura poucos minutos.

 


Estou falando de experimentos científicos que demonstram alteração real e orgânica no estado de pessoas em razão da postura fisiológica adotada.

 

Só para citar um dos diversos existentes, a psicóloga social Amy Cuddy, tem um trabalho publicado no TED9 com o título Sua linguagem corporal molda quem você é em que demonstra que adotar determinadas posturas por apenas dois minutos elevam a testosterona,  as taxas hormonais muitas vezes associadas ao comportamento dominante e à coragem, e reduzem o cortisol, que é conhecido como o hormônio do estresse.

 

Portanto, a primeira grande mudança que você pode fazer neste exato momento é adotar uma postura de pessoas que têm e estão com muita energia. Levante os ombros, estufe o peito, olhe para cima, fale de forma firme, aumente levemente o tom de voz, mantenha um sorriso discreto no rosto, olhe as pessoas nos olhos enquanto fala e enquanto elas estiverem falando, pronto. Isso se chama fisiologia Nível A.

 

Quero combinar com você aqui uma senha que vai pertencer apenas à nossa comunidade de pessoas Nível A de produtividade que está se formando. Sempre que perceber que a energia está acabando e que seu corpo começou a dar algum sinal fisiológico disso, você dirá para si de

forma bem firme: “FISIOLOGIA” seguida do seu nome. No meu caso, eu diria: “Fisiologia, Geronimo!” e adotaria no mesmo instante a postura Nível A.

 

Só para deixar claro, não estou me referindo aqui ao cansaço natural do corpo na hora de dormir, o qual tem de ser respeitado. Estou me referindo à baixa de energia que temos ao longo do dia e que costuma acontecer por fatores externos, como algo que sai errado, notícias ruins que recebemos ou simplesmente pelo desânimo que bate por não termos a vida que queríamos.

 

Sono sem culpa

 


E já que falamos de sono, é muito comum a sociedade reconhecer como esforçada e trabalhadora aquela pessoa que dorme tarde e acorda cedo, que vive com olheiras ao longo do dia, que tem certo nível de irritação por causa do cansaço. Muitas pessoas quando veem um pai de família assim até dizem algo do tipo: “Olha que exemplo de pai (ou de mãe)”.

 

Isso, porém, não é necessariamente verdade. É claro que muitas vezes o esforço de uma pessoa dessas é nobre, mas está se condenando a ter uma vida de olheiras e com um nível baixo de produtividade, que comprometerá o rendimento dela no dia seguinte e, ao render menos, ela é obrigada a trabalhar mais, e por trabalhar mais, acaba dormindo menos ainda. Bom, acho que você já entendeu aonde isso vai parar.

 

A qualidade do sono está diretamente ligada à qualidade de vida do ser humano, pois é enquanto dormimos que nosso organismo realiza funções extremamente importantes como fortalecimento do sistema imunológico, liberação de hormônios, fixação da memória, entre outras.

 

 “Médicos recomendam que se durma cerca de oito horas por dia e estudos recentes feitos na Europa, nos Estados Unidos e no Japão mostraram que quem cumpre a agenda tem maior expectativa de vida.

 

‘Dormir mal é uma desgraça. Em um momento que seu corpo deveria estar descansando e se restaurando, ele faz tudo ao contrário’, comenta Lorenzi. As consequências de um sono de má qualidade vão de estresse e ansiedade, em curto prazo, a complicações cardiovasculares após alguns anos”, segundo publicação na revista Espaço Aberto, da USP.10

 

Posso afirmar que, em muitos casos de alunos da Academia de Produtividade que viviam nesse ciclo da olheira, por mais contraintuitivo que possa parecer, dormir era a atitude mais produtiva que eles poderiam ter.

 

O sono de qualidade e pelo tempo necessário é etapa fundamental para ter energia, e a energia, por sua vez, é um dos pilares da produtividade Nível A, então, é fácil enxergar quanto é importante dormir.

 

A fadiga das decisões

Decidir cansa e ponto final!

 


A frase é tão verdadeira que um estudo, realizado pela Ben-Gurion University em parceria com a Universidade de Stanford, Estados Unidos,11 constatou que, quanto mais tarde fosse realizada a audiência de análise do pedido, maiores eram as chances de os juízes israelenses que participaram da pesquisa negar o pedido de liberdade aos presos.

 

Em determinada situação, um juiz tomou diferentes decisões em dois casos similares, em que o crime e a pena eram os mesmos, mas um dos casos foi analisado às 8h50 da manhã e foi deferido, e, o outro, analisado às 16h25, teve seu pedido negado.

 

Na pesquisa foram analisadas 1,1 mil decisões de modo que 70% dos pedidos analisados no começo da manhã tinham sido concedidos, já em relação àqueles avaliados no fim da tarde, esse índice caiu para 10%.

 

Em outra experiência feita nos Estados Unidos,12 a psicóloga Kathlen Vohs, da Universidade de Minnesota, avaliou dois grupos de estudantes para uma série de testes de raciocínio, em que todos ganhariam um prêmio. O segundo grupo pôde escolher o brinde antes, por meio de um catálogo; o primeiro grupo não escolheu nada com antecedência.

 

Esse pequeno detalhe, de “gastar” decisão antes, fez com que os voluntários do segundo grupo cometessem mais erros e desistissem mais depressa em relação ao primeiro grupo que não tinha gastado decisões antes.

 


Tudo isso reforça a lógica de que o cérebro tem uma capacidade limitada de tomar decisões ao longo do dia, de modo que a energia e o poder de tomar as melhores decisões vão se esvaindo, seguindo a mesma lógica dos músculos durante um exercício físico, que vão ficando

cansados com o passar do tempo.

 

Obviamente, uma excelente noite de sono funciona como repositor do banco de decisões e no dia seguinte é como se a contabilidade de decisões começasse de novo.

 

E no que isso impacta a produtividade? Em muitos aspectos, mas dois deles são os mais importantes. O primeiro aspecto é o da economia de decisões.

 

É fundamental que você economize decisões desnecessárias ao longo do dia, para que no momento de tomar as decisões mais relevantes, o cérebro não esteja cansado e possa tomar a melhor decisão naquele momento.

 

É claro que talvez isso seja meio extremista, mas existem diversas pessoas famosas que usavam o mesmo tipo de roupa ou têm quem escolha por elas para não terem de decidir o que usar naquele dia e não gastarem o banco de decisões.

 

Steve Jobs, cofundador da Apple, usava regularmente camisa preta, jeans e tênis. Barack Obama, que usa apenas ternos cinza e azuis, disse:

 

“Não quero tomar decisões sobre o que comer ou o que vestir”, e talvez o mais emblemático seja Mark Zuckerberg com suas famosas camisetas cinza e calça jeans.13

 


Você não precisa usar sempre a mesma roupa, mas pode atentar para diminuir processos decisórios desnecessários, como, por exemplo, escolher a roupa do dia seguinte na noite anterior. Ou seja, você toma uma decisão sobre qual roupa usar na noite anterior e não gasta uma decisão no dia seguinte.

 

Outro aspecto que merece atenção é priorizar as decisões importantes para que sejam feitas nas primeiras horas do seu dia profissional.

 

Reuniões importantes, análises e qualquer outro elemento relevante que demande um processo decisório devem ser realizados nas primeiras horas do seu dia de trabalho.

 

A mesma lógica pode ser usada no sentido contrário, ou seja, se você começa o dia lendo e respondendo e-mails diversos, mensagens de WhatsApp e redes sociais, pode prejudicar profundamente o restante do seu dia no que se refere a tomar as melhores decisões, pois  existe uma infinidade de microdecisões escondidas nessas tarefas. Desde decidir entre “curtir” ou “compartilhar” uma publicação até alguma questão pessoal que não precisava ser vista naquele momento do dia.

 

*AÇÃO PRÁTICA:* fique alerta a todas as microdecisões que você toma na parte da manhã, organize seu dia e prepare seu DRD de forma que as decisões mais relevantes possam ser tomadas de manhã e as demais fiquem para o turno da tarde.

 

Onde a vida realmente acontece

 


Uma pesquisa feita em Harvard mostra que em média nossa mente se distrai com pensamentos quase 47% do tempo em que estamos acordados.14 Isso significa que praticamente metade da nossa vida não passamos vivendo e sim pensando. O pensamento pode ser de dois tipos, aquele que revive o passado ou que antecipa o futuro. De um jeito ou de outro, essa divagação é uma das maiores causas de infelicidade que existem15 e, ao mesmo tempo, gera uma enorme perda de energia vital.

 

Pessoas que ficam remoendo o passado, relembrando acontecimentos, têm uma tendência maior à depressão. Segundo o psicólogo Robert L. Leahy, do Weill Cornell Medical College, “a ruminação é um dos fatores que contribuem para a depressão”.16

 

Já as pessoas que antecipam o futuro, sempre imaginando o que pode acontecer nos próximos momentos ou nas semanas seguintes, estão fortemente propensas à ansiedade patológica. O pensamento mais comum de um ansioso é imaginar que algo ruim pode acontecer, mesmo que não exista nenhum indicativo concreto de algo nesse sentido. A verdade é que a maior parte do sofrimento do ansioso é por coisas que sequer chegam a acontecer.

 

O importante quanto ao pilar de energia é que tanto relembrar o passado como viver no futuro consomem de forma acelerada a energia e, mais do que isso, essa postura impede a pessoa de viver a vida real, que é aquela que está acontecendo exatamente agora, enquanto estamos envolvidos com nossos pensamentos.

 

A melhor forma de se conectar com o presente, com o momento em que a vida realmente acontece, é a prática da meditação que possui resultados comprovados de diminuição de ansiedade, estresse, redução da pressão arterial e até de dores crônicas. A palavra meditação vem do latim meditare, que significa “voltar-se para o centro a fim de desligar-se do mundo exterior”.17

 

É importante destacar que a prática da meditação não precisa necessariamente estar ligada a um tipo de religião e, que para os fins da produtividade, o grande benefício dela é o treino da mente para se conectar com o momento presente, reduzindo o desgaste mental desnecessário.

 


Meu objetivo aqui não é ensinar a meditar, mas fazer com que você esteja presente para o fato de que passamos grande parte do dia envoltos em nossos pensamentos, seja no passado, seja no futuro, e que a prática regular da meditação é extremamente saudável para chegar à produtividade Nível A.

 

Na minha rotina, enquanto escrevo este livro, começo meu dia praticando dez minutos de meditação. E mesmo que você opte por não se aprofundar na prática da meditação, ainda assim é importante estar atento para se voltar sempre ao momento presente todas as vezes que perceber que sua mente o levou para o passado ou para o futuro.

 

Da mesma forma que já ensinei como agir em outras situações, estabelecer uma frase para interromper pensamentos repetitivos relativos ao passado ou ao futuro será ótimo para trazer você de volta para o presente. Estabeleci para mim a frase: “A vida é agora” e sempre que percebo que estou me desconectando do presente, digo para mim que a vida é agora e me conecto de novo com o que está de fato acontecendo.

 

Dessa forma, minimizo a perda desnecessária de energia dispendida em algo que sequer está acontecendo.

 

A importância da água

 


Estou reunindo para você as principais práticas que eu mesmo uso para ter energia no meu dia a dia e para caminhar sempre na direção de construir a fotografia do meu quebra-cabeça. Agora, se eu pudesse lhe dar uma única dica sobre como ter mais energia, eu diria: Beba água!

 

Nosso cérebro é feito de 77% de água e para suprir todas as necessidades do organismo é preciso tomar, em média, de dois a três litros de água por dia. A nutricionista Camila Leonel, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo),18 explica que o corpo não possui reservas ou condições para armazenamento de água. É essencial que a sua reposição seja diária para manter a saúde e as funções básicas do organismo. Dois litros equivalem a cerca de oito copos caseiros.

 

O que acontece com frequência é que muita gente espera ter sede para beber água, mas a sede só aparece quando estamos com quantidade de líquidos no organismo abaixo do nível desejado. Num experimento, a desidratação induzida de apenas 2% da massa corporal já é suficiente para provocar queda no desempenho físico e cognitivo de atletas.19

 

A verdade é que na vida moderna, acabamos negligenciando o ato de beber água a ponto de ouvir diversas pessoas se orgulharem de passar o dia trabalhando sem sequer ter parado para beber água. O auge do absurdo foi eu ter ouvido certa vez a pessoa se considerar produtiva pelo fato de não beber água e, por isso, não precisar parar para ir ao banheiro. Os poucos minutos que se para de trabalhar para ir ao banheiro são recompensados pela qualidade de desempenho de um cérebro devidamente hidratado.

 

Existem duas medidas simples para você melhorar sua ingestão de água na rotina diária. A primeira delas é ter sempre por perto uma garrafa para não depender de levantar a todo instante para repor a água do seu copo. A segunda delas é estabelecer um ou dois parceiros de água, onde todas as vezes que um for beber água serve os demais, assim você duplica ou triplica a quantidade de água diária.

 

A energia necessária para ter uma produtividade Nível A está ligada tanto ao aspecto físico como ao mental, e apresentei aqui diversas estratégias para você gerar ou parar de perder energia no seu dia a dia.

 

AÇÃO PRÁTICA: você não precisa colocar tudo o que ensino aqui em prática de uma única vez, até porque mais importante que a velocidade é a direção. Então, neste momento, defina qual ou quais serão as medidas concretas que você vai passar a realizar daqui para a frente e, depois que tiver estabelecido sua nova rotina, volte a este capítulo e defina as próximas práticas que vai inserir na sua rotina.__

FIM

Até a próxima leitura que será o livro “MENTALIDADE” de Pablo Paucar

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