Deus é a pura beleza e Arno Breker é seu profeta.

Deus é a pura beleza e Arno Breker é seu profeta.

Gabriel Nunes.
Arno Breker esculpe um retrato de Albert Speer em 1940.

Um amigo uma vez afirmou: "Deus é a pura beleza e Arno Breker é seu profeta." Essa declaração pode fazer muitos questionarem o próprio conceito de Beleza e Deus, pois Deus é, por definição, a própria essência da beleza. Voltemos nossos olhos para as obras de Arno Breker, enfatizando que não podemos, de forma alguma, olhar para essas criações como "qualquer coisa". Pelo contrário, nosso dever é observar, analisar e, então, julgar com nossas próprias conclusões. É assim que se aprecia a Arte.

As esculturas de Arno Breker evocam o naturalismo do corpo humano, buscando revelar sua beleza, força e vontade, com o objetivo de destacar as leis naturais tridimensionais que o governam e o fazem dominador da natureza. Não apenas os aspectos naturalistas do homem são retratados, mas também sua elegância, refinamento e beleza são expressos através das poses, expressões faciais, detalhes capilares, entre outros. "Há um equilíbrio constante e perfeito entre qualidade e quantidade" (Ypárchei mia synechís kai téleia isorropía metaxý poiótitas kai posótitas), nas palavras de Aristóteles. A quantidade está presente no significado e na essência (sendo esta o lado invisível e formal da realidade), enquanto a qualidade se manifesta nos volumes que podemos analisar nas esculturas. Com minha análise das esculturas de Breker clara, passo agora a examinar seu molde único para a arquitetura. A configuração arquitetônica de Breker é singular, combinando elementos como balanço, chumbar, fibrocimento, classicismo, futurismo e tradicionalismo. Esses elementos se fundem em um projeto arquitetônico que se duplica em matéria. Seu estilo de arquitetura é completamente diferente do que estamos acostumados a ver, pois Breker misturou elementos que antes não eram considerados conectivos. Ele sabia muito bem que o que parecia não fazer sentido acabaria fazendo, após a fusão dos aspectos elementares do sentido arquitetônico. Breker misturou o futuro e o antigo em uma época em que o futurismo estava em ascensão e o tradicionalismo se opunha ferrenhamente às inovações futurísticas criadas pelos mediterrâneos. A junção entre ambos resultou em uma nova forma de arquitetura e engenharia, uma vertente neo-futurista que eu intitulo como: Arquitetura Brekiana.


Arno Breker fundou conceitos, derrubou preconceitos e estruturou uma nova ótica arqui-estética que revolucionou o mundo, tornando o Reich conhecido pela revolução artística tanto na escultura quanto na arquitetura. Mas o que isso tem a ver com Deus? Como é possível afirmar que Arno Breker é seu profeta? É simples, mas difícil de entender. Arno Breker reuniu quantidade, medida, qualidade, aparência, atualidade e essência em suas obras. Ele mostrou a beleza em forma física e espiritual, conseguiu unir elementos que antes pareciam inconciliáveis. Ele instaurou uma parte da consciência divina (presente na matéria) em suas obras e fez isso valer a pena. Tudo que ele criou foi lógico; ele combinou a arte e a filosofia, o conhecimento e a vontade. Arno Breker profetizou a palavra de Deus através da arte e dos conceitos filosóficos presentes em suas obras. O Logos, a manifestação de Deus sobre a Terra, estava sendo cultuado através da arte brekiana. O oculto estava nele e só descobrimos isso anos depois. Descobrimos depois que demônios destruíram suas obras, construções e projetos. Tudo aquilo que atrai Deus, consequentemente, atrai demônios, pois o plano do maléfico é destruir e afastar tudo o que nos conecta com Deus.
Assim, as esculturas e arquiteturas de Breker não são meras criações artísticas; são manifestações de um ideal divino, expressas através de formas que capturam a essência e a beleza do ser humano, e que nos conectam ao sublime e ao transcendente.

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