Amazonas segue como maior produtor de matrinxã do país, com 55,3% de participação na produção total

Amazonas segue como maior produtor de matrinxã do país, com 55,3% de participação na produção total


IBGE Amazonas

O Amazonas é o maior produtor de matrinxã do país, com 55,3% de participação no total da produção do Brasil; em 2019, eram 60,9% de participação. A produção de pirarucu, por sua vez, é a quarta maior, com 7,6% de participação no total. Já a produção de tambaqui no Amazonas é a 5ª maior, entre as unidades da federação, com 6,2% de participação no total produzido no país. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2020, divulgada hoje (29), pelo IBGE.

A Pesquisa da Pecuária Municipal - PPM 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, fornece informações sobre os efetivos da pecuária e aquicultura existentes nos municípios na data de referência do levantamento, 31 de dezembro, bem como sobre a produção de origem animal e o seu respectivo valor no ano em questão.

Destaques:

·        Em 2020, dentre os 10 maiores municípios produtores nacionais de matrinxã, cinco eram municípios amazonenses: Rio preto da Eva, Manacapuru, Manaus, Presidente Figueiredo e Iranduba;

·        No Amazonas, houve diminuição no rebanho bovino e também houve queda no efetivo de bubalinos ou búfalos, e também de suínos. Já o número de galináceos cresceu de 2019 para 2020, no Estado;

·        Quanto ao efetivo de búfalos, mesmo com a queda no rebanho, de 2019 para 2020, o Amazonas se destaca como a 5ª Unidade da Federação com maior número de cabeças (86.864), o que representa 5,8% do total nacional.

·        Manaus é o 9º maior município do país na produção de galinhas, com 2,4 milhões de cabeças;

·        No Amazonas, também houve pequena queda na produção de leite e de ovos, de 2019 para 2020.

Aquicultura – Piscicultura

Altas e quedas na produção

A produção de curimatã caiu significativamente (-69,3%), de 2019 para 2020, no Amazonas, mas, em contrapartida, a produção de peixes muito importantes no Estado, como o matrinxã (10,0%) e o tambaqui (3,2%), além dos alevinos (24,5%), cresceu, em 2020. 

Em 2020, a aquicultura do Estado do Amazonas produziu 8,4 mil toneladas de peixes, cerca de R$ 80,7 milhões. As unidades da federação com maior produção aquícola foram: Paraná (140,2 mil toneladas), São Paulo (55 mil toneladas) e Rondônia (48,3 mil toneladas); e aquelas com menor produção aquícola foram: Amapá (906 toneladas), Rio de Janeiro (1,2 mil toneladas) e Sergipe (1,4 mil toneladas). Com o valor de 8,4 mil toneladas, a produção aquícola de peixes amazonense colocou o Estado na 18ª posição do ranking entre as 27 unidades da federação.

A produção aquícola de peixes (piscicultura) do Amazonas consistiu na produção de Curimatã ou Curimbatá: 9,9 toneladas, no valor de R$ 138 mil; Matrinxã: 2 mil toneladas, no valor de R$ 20 milhões; Piau, Piapara, Piauçu e Piava: 11 toneladas, no valor de R$ 226 mil; Pirapitinga: 23 toneladas, no valor de R$ 300 mil; Pirarucu: 144 toneladas, no valor de R$ 1,5 milhão; Tambaqui: 6,2 mil toneladas, no valor de R$ 58,7 milhões; Alevinos (Formas Reprodutivas): 32,3 milhões de unidades, no valor de R$ 4,7 milhões.

Assim, os peixes que mais contribuíram para piscicultura amazonense foram o matrinxã e o tambaqui. O Amazonas possui a maior produção de matrinxã entre as 27 unidades da federação. Em relação à produção de tambaqui, o Estado ocupou a 5ª posição, atrás de Rondônia (39,7 toneladas), Maranhão (11,6 toneladas), Roraima (11,2 toneladas) e Pará (8,4 toneladas).

Dentre os 10 maiores municípios produtores nacionais de matrinxã, cinco, são municípios amazonenses: Rio preto da Eva (1ª posição, com 800 toneladas), Manacapuru (2ª posição, com 375 toneladas), Manaus (4ª posição, com 315 toneladas), Presidente Figueiredo (7ª posição, com 91 toneladas) e Iranduba (9ª posição, com 65 toneladas). Em relação aos municípios produtores de tambaqui, Rio Preto da Eva (1.000 toneladas) e Iranduba (995 toneladas) estão entre os 20 municípios com as maiores produção do Brasil.

Com 144 toneladas em 2020, ou 7,6% da produção total do país, a produção aquícola amazonense de pirarucu colocou o Estado na quarta colocação entre os maiores produtores, atrás de Rondônia (980 toneladas), Pará (295 toneladas) e Tocantins (202 toneladas). 

Em relação aos municípios produtores de pirarucu, Coari (50 toneladas) e Codajás (35 toneladas) estão entre os 20 municípios com as maiores produção do Brasil.

Quanto à produção de tambaqui, os municípios de Rio Preto da Eva e de Iranduba estão entre os 20 municípios do país na produção, com 1000 e 995 toneladas, respectivamente, e 1,0% do total da produção do país, cada um.

Pecuária

Efetivo de rebanhos de grande porte

No Amazonas, houve diminuição no rebanho bovino, que partiu do efetivo de 1.455.842 cabeças, em 2019, para 1.437.809 cabeças, em 2020; queda de 1,3%. O efetivo de bovinos o Estado representa apenas 0,7% do total nacional.

Ao contrário do observado no Estado, houve crescimento no rebanho bovino nacional, que cresceu 1,5%, em 2020; segunda alta após dois anos consecutivos de queda. Os principais Estados responsáveis por essa alta foram Mato Grosso, que apresentou aumento de 2,3% de seu plantel; Goiás, 3,5%; e o Pará, 6,3%. Além do Pará, todos os demais Estados da Região Norte, exceto o Amazonas, tiveram alta no rebanho bovino.

De acordo com os resultados, a Região Norte – que possui o segundo maior rebanho bovino nacional – obteve o maior crescimento, em números absolutos, do rebanho bovino entre as Grandes Regiões, ao ter seu efetivo elevado em 2,7 milhões de cabeças de gado. O plantel da Região Norte, que atingiu 52,4 milhões de animais, obteve ganho de 5,5% em relação ao ano anterior.

No Amazonas, também houve queda (-5,0%) no efetivo de bubalinos ou búfalos, que somavam 91.164 cabeças, em 2019, e 86.864 cabeças, em 2020. Em nível nacional, pelo contrário, houve crescimento de 4,8% desse tipo de rebanho. O crescimento desse rebanho se deu em todos os Estados da Região Norte, exceto no Amazonas.

No efetivo de equinos, no Estado, de 2019 para 2020, houve estabilidade nos rebanhos, somando 28.884 cabeças, no total. No Brasil, da mesma forma, o rebanho de equinos manteve-se estável no período investigado.

Entre os Estados da Região Norte, o Amazonas é um dos que possui menor rebanho bovino, superando apenas Roraima e Amapá. Já o efetivo de bubalinos do Amazonas é o terceiro maior do Norte, atrás dos grandes efetivos do Pará e Amapá. O efetivo de equinos do Amazonas, por sua vez, é um dos menores do Norte, à frente apenas do Amapá.

No que diz respeito aos rebanhos de bovinos, os cinco municípios do Amazonas com maiores efetivos em 2020 foram, respectivamente: Lábrea, Boca do Acre, Apuí, Manicoré e Parintins. Todos estes municípios apresentaram aumento de produção na comparação de 2019 para 2020. No entanto, Itacoatiara apresentou queda de 36,5%, partindo de um rebanho de 50.565 cabeças, para um rebanho de 30.912 cabeças. Com a redução acentuada, o município caiu da quinta para a décima posição no ranking do rebanho bovino no Estado.

Quanto ao efetivo de búfalos, mesmo com a queda no rebanho, de 2019 para 2020, o Amazonas se destaca como a 5ª Unidade da Federação com maior número de cabeças - 86.864, que representa 5,8% do total nacional. 

Além disso, Autazes - AM (35 mil cabeças ou 2,3% de participação no total do Brasil) aparece entre como o 10º município do país com maior efetivo de bubalinos.

Os cinco municípios do Amazonas com maiores efetivos de bubalinos em 2020 foram Autazes, Careiro da Várzea, Barreirinha, Itacoatiara e Borba. Autazes, Careiro da Várzea e Barreirinha tiveram crescimento ou mantiveram seus rebanhos, mas Itacoatiara que, no ano anterior, aparecia entre os 20 maiores municípios, apresentou queda de 52,2% no efetivo de rebanho, partindo de 12.630 cabeças, em 2019, para 6.033, em 2020.

Efetivos de rebanho de médio porte

Foram contabilizados 81.877 cabeças de suínos, no Amazonas, em 2020, o que representa queda de 9,1%, em relação a 2019 (89.338 suínos). Em 2019, por sua vez, houve alta de 14,6% em relação ao ano anterior. No Brasil, foram contabilizados 41,1 milhões de suínos na data de referência da pesquisa, o que representa alta de 1,4% em relação ao ano anterior.

Os números do Amazonas revelam também que o efetivo de suínos do Estado é o terceiro menor da Região Norte, maior apenas do que os do Amapá e Roraima; e que o número de caprinos, por sua vez, no Estado, só é menor do que o do Pará e de Tocantins; e, ainda, que o número de ovinos só é superior ao de Roraima e do Amapá.

Quanto aos caprinos, em 2020, no Estado, o efetivo manteve-se estável (15.149, em 2019, e 15.233 cabeças, em 2020), enquanto o efetivo de ovinos apresentou pequena queda (-1,1%), partindo de 41.171 cabeças, em 2019, para 40.732 cabeças, em 2020.

Os maiores efetivos de rebanhos de suínos do Amazonas estão nos municípios de Apuí (8.600), Parintins (6.940), Envira (6.300), Rio Preto da Eva (5.939) e Manicoré (5.200). Vale destacar que Rio Preto da Eva possuía o segundo maio efetivo de suínos em 2019, porém, o rebanho sofreu queda de 54,3%, partindo de 13.000 cabeças, em 2019, para 5.939, em 2020.

Efetivos de rebanho de pequeno porte

Galináceos

Para galináceos estimou-se que, em 2020, existiam, 1,5 bilhão de cabeças, no Brasil. Considera-se galináceo todo animal da espécie Gallus gallus, independentemente de idade ou sexo. O efetivo foi 1,5% maior que no ano anterior, o equivalente a um acréscimo de 21,7 milhões de animais. No Amazonas, os galináceos alcançaram 4,4 milhões, crescendo 6,0% em relação ao ano anterior. O resultado mostra recuperação, depois de queda em 2019.

Na comparação com os demais Estados da Região Norte, o Amazonas é o terceiro em efetivo de galináceos, atrás dos grandes efetivos do Pará e de Tocantins. 

O Paraná lidera o ranking de Unidades da Federação – desde 2005 – e, além disso, por conter 26,7% do total nacional, esse Estado possui sozinho produção maior do que qualquer outra Grande Região, com exceção à Região Sul, na qual está inserido. Dentre os demais Estados, os efetivos em destaques foram: São Paulo (13,6%); Rio Grande do Sul (11,1%); Santa Catarina (9,2%); e Minas Gerais (8,1%). Diante disso, a produção amazonense é apenas a 23ª do país.

Tratando-se de galinhas, que são as aves fêmeas da espécie Gallus gallus destinadas à produção de ovos, as relevâncias regionais se alternam. De acordo com as estimativas de 2020, foram 252,6 milhões de animais (aumento de 2,0% em relação ao efetivo registrado em 2019), sendo a Região Sul responsável por 24,8% do total nacional, enquanto a Região Sudeste liderou, com 37,2%.

Aqui os dois principais Estados inverteram sua posição: São Paulo apresentou o maior efetivo de galinhas no ranking estadual, com 21,4% do total nacional, seguido por Paraná (9,9%), Minas Gerais (8,3%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Espírito Santo (7,2%). O plantel amazonense de 3,6 milhões de cabeças, representa apenas 1,44% da produção nacional, embora tenha crescido 12,1% em relação ao ano anterior; e venha numa ascendente desde 2010.

Entre as municipalidades, Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo) apresenta o maior efetivo de galináceos desde 2016 – o resultado se deve à grande quantidade de galinhas existentes no Município, já que essas são consideradas também dentro do conjunto de galináceos. Manaus está entre os dez maiores municípios criadores de galináceos do país, com um total de 2,4 milhões de cabeças. Considerando apenas as galinhas, Manaus caiu de posição no ranking nacional, entre os municípios, pois em 2010 ocupava a quinta posição, e em 2020 caiu para o 9º lugar.

Entre os municípios amazonenses, Manaus lidera com folga a criação de galináceos e de galinhas com 2,5 e 2,4 milhões de cabeças respectivamente. Iranduba, Manacapuru, Itacoatiara e Rio Preto da Eva estão entre os cinco maiores produtores do Estado. 

Produção de leite

Em 2020, com o total de 93.122 vacas ordenhadas, o Amazonas produziu 43 milhões e 533 mil litros de leite, com produtividade de 467 litros/vaca/ano. O leite produzido gerou o valor de 69 milhões e 263 mil reais e representou 0,1% do total de leite produzido no país.

A produção nacional de leite chegou a 35,4 bilhões de litros em 2020, com um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, sendo esse o maior volume já registrado na pesquisa. Contudo, na região Norte, observou-se pequena queda (de 2,2 milhões de litros, em 2019, para 2,1 milhões, em 2020) na produção de leite. 

No Amazonas, a produção caiu de 43,8 milhões, em 2019, para 43,5 milhões mil litros, em 2020. E fazendo a comparação com os outros Estados do Norte, o Amazonas é o quarto maior produtor, atrás de Rondônia, Pará e Tocantins. 

Os cinco maiores produtores de leite no Amazonas, em 2020, foram os municípios de Autazes (11 mil litros), Careiro da Várzea (7,8 mil litros), Apuí (5,9 mil litros), Parintins (3,5 mil litros) e Manicoré (3,3 mil litros). Todos estes apresentaram estabilidade na produção de 2019 para 2020, com pequenas oscilações na quantidade de leite produzida.

Produção de ovos

No Brasil, foram produzidas 4,8 bilhões de dúzias de ovos de galinha em 2020, um aumento de 3,5% em relação à produção estimada para 2019. Com rendimento de R$ 17,8 bilhões, a produção foi mais um recorde da série histórica que, desde 1999, aumenta a cada ano. Durante o ano em análise, e em particular na pandemia, o ovo foi uma fonte de proteína alternativa mais acessível, se comparado a outros produtos.

O destaque na produção de ovos ficou, mais uma vez, com a Região Sudeste – origem de 43,0% de toda a produção nacional. São Paulo seguiu como o maior Estado produtor, responsável por 25,6% do total nacional, superando as produções totais das demais Regiões. A Região Sul foi responsável por 22,7% da produção, tendo o Paraná a segunda maior produção estadual (9,4% do total nacional) e o Rio Grande do Sul, a quinta (7,5%). No Amazonas, a produção foi de 62.823 mil dúzias, o equivalente a 1,3% da produção nacional; registrando uma pequena queda de 1,2% em relação ao ano anterior, e gerando um valor de produção de R$237,4 milhões.

Os cinco principais Municípios produtores, em 2020, se mantiveram como na edição passada, em ordem: Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo), Bastos (São Paulo), Primavera do Leste (Mato Grosso), São Bento do Uma (Pernambuco) e Itanhandu (Minas Gerais). Entre os municípios amazonenses, Manaus é o principal produtor de ovos com 40.500 mil dúzias, com valor de produção da ordem de R$141,7 milhões; seguido de Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Os grandes municípios produtores estão ao redor da capital que consome toda a produção e ainda importa ovos de outros estados.

Produção de mel

As principais Regiões produtoras foram Sul e Nordeste – ambas apresentaram aumentos, ficando então responsáveis por 38,1% e 37,5% da produção nacional, respectivamente. Os maiores aumentos quantitativos na Região Nordeste vieram do Piauí, Bahia e Ceará, que responderam por 11,0%, 9,7% e 7,6% do total nacional – sendo terceiro, quarto e oitavo principais Estados produtores, respectivamente.

Aumentos ocorreram também no Paraná, que, em 2020, foi responsável por 15,2% da produção nacional, e no Rio Grande do Sul (14,5% do mel produzido no País), que são primeiro e segundo lugar no ranking de produção em nível estadual. Para completar a lista das cinco maiores Unidades da Federação produtoras de mel, soma-se aos dois Estados do Sul, o Piauí e a Bahia, e São Paulo. No Amazonas, a produção de mel alcançou 32,8 mil quilos, o que o coloca entre os menores produtores do país.


Manaus, 29 de setembro de 2021

IBGE – Unidade Amazonas

SDI – Supervisão de Disseminação de Informações

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Para notícia nacional e documentos da pesquisa, acesse:

Rebanho bovino cresce 1,5% e atinge 218,2 milhões de cabeças em 2020 | Agência de Notícias | IBGE

Dados no Sidra:

Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA

 

 

 


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