ARQUITETURA CÓSMICA
Gilson FreireAs incongruências e paradoxos que nos faltavam compreender na atualidade necessitavam, então, de um novo “vinho” a derramar-se sobre o odre em uso, que caberia a Pietro Ubaldi nos trazer, complementando nossos conhecimentos.
Sem dúvida que crescemos um pouco, amadurecidos pelos sagrados ensinamentos dos Espíritos e nos fizemos merecedores de melhores explicações para os dilemas que ainda nos assaltam o intelecto.
Enfim, Ubaldi nos explicou melhor as razões da vida na matéria e dos fins últimos da criação, ajudando a unir todas as verdades propaladas em todos os cantos do mundo em uma imensa e indispensável síntese, saciando-nos o desejo de compreensão.
Naturalmente que, mais uma vez, não podemos nos gabar de ter atingido o fim último da jornada do conhecimento e precisamos estar atentos às novas necessidades do progresso permanente a que estamos subordinados.
Novos paradoxos continuarão insurgindo, abalando-nos a compreensão a fim de nos fazer avançar ainda mais.
O espiritismo, atento aos novos tempos e aos conselhos de seu fundador, deveria absorver esses avanços, sem se deixar transformar em um odre velho.
Ubaldi, mais um enviado de Cristo, esteve entre nós e nos deixou mensagens e ensinamentos estupendos, amadurecendo-nos no domínio da ciência divina.
No Congresso Espírita Pan-americano, realizado em 1963, o visionário da Úmbria, em carta enviada aos congressistas, ofertou a sua obra aos estudiosos do kardecismo, porém, ele não foi compreendido e muito menos aceito.
Adesos ao dogmatismo institucional e em defesa de uma injustificável pureza doutrinária, aqueles que se julgavam no direito de optar em nome da religião dos Espíritos rejeitaram, veementemente, a oferta, desobedecendo aos conselhos do próprio codificador que recomendou aos seus seguidores acompanharem a marcha do progresso.
Mediante uma análise superficial, não puderam antever o extraordinário alcance das revelações de Ubaldi, menoscabando as novas e preciosas lições indispensáveis ao avanço do pensamento espírita.
Gilson Freire (março de 2006)