A Lua Nova de Virgem

A Lua Nova de Virgem

Wil in the time machine
O céu virginianamente detalhado. Foto de Antom Komlev/NASA/APOD.

A vida tem muitos epítetos, muitos formas de ser resumida. Invariavelmente vamos nos deparar com aqueles que aludem ao labor, em maior ou menor grau, como metáforas da obra que realizamos ao passar por esse mundo.

Quando o espírito desce a este mundo, ele desce para poder concretizar, materializar, tornar reais suas criações e aspirações. Para vivê-las e receber os frutos das jornadas passadas. Para continuar um longo caminho onde de partícula ele se torna todo. É através do trabalho, da modelagem da matéria pela força da astúcia e da potência criativa do espírito que o universo se realiza. É pelo trabalho que pomos nossos sonhos na vida.

Virgem é o signo do trabalho. Não que Capricórnio e Touro não sejam. A diferença deles para Virgem é o objetivo. Touro pensa em garantir a vida e desfrutá-la, Capricórnio que criar um legado, enquanto o principal objetivo de virgem é o trabalho por si só. Direcionar a força da criação rumo a um objetivo, natureza intrínseca de Virgem, é só uma forma diferente de descrever a grandeza física do trabalho, por exemplo.

E nessa lunação de Virgem lidamos com as certezas e incertezas, as qualidades e falhas e principalmente os excessos que precisam ser eliminados em nossas obras de vida. É um momento que fala da nossa identificação com o trabalho que nos dá o sustento e como podemos fazer para que ele atinja o seu máximo grau de excelência, ou, no mínimo, o melhor possível. Dedicamos a maior parte de nossas vidas a essa atividade e, nesse momento, desejamos que ela atinja tudo o que pode. Sonhamos e devaneamos por isso. E investiremos recursos em renovação e modernização. E, principalmente, teremos uma consciência melhor do que precisa continuar e do que precisa ser desfeito, acabado e finalizado. Etapas se encerram, mas não da maneira que esperamos. Há bastante imprevisibilidade, fruto da energia uraniana de ruptura, inovação e libertação presente no céu da lunação.

A Lunação faz uma oposição não tão forte com Netuno, mas que deve mostrar sua cara. Sobre ela, falei no último texto. Também recebe um trígono ainda mais aberto de Plutão. Mas recebe um trígono bem forte de Urano, o que favorece toda esse movimento de ruptura e inovação. Saturno em Aquário, no MC da lunação, quase estacionário já, indica que é um momento de definir metas e objetivos bem claros alcançáveis, reais, mas ousados e que envolva sua parte com o mundo maior ao seu redor. Mercúrio em Saturno também em trígono ajudam muito no planejamento e articulações e a dar mais foco, um tanto quanto combalido pela já citada presença de Netuno.

Vênus e Júpiter abrem muitas portas e possibilidades, facilitam contatos, ampliação, associações, parcerias e diálogos. É um momento bastante favorável para trocas que auxiliem em crescimento para as partes envolvidas e é um momento de portas e braços mais abertos para as relações. Há mais otimismo, mais leveza, alegria e abertura para se relacionar. Logo Vênus muda de signo, indo para seu exílio e em Escorpião e a coisa muda totalmente de figura.
Já Marte é quem indica que há muita coisa para ser acabada. Toda obra consiste em muito na retirada de excessos. Marte, nesse último decanato de Virgem, traz consciência clara do que já está pronto e do precisa acabar, ser finalizado.

A obra da vida grita por atenção, nesse momento. Partes nossas precisam de cuidado. A obra precisa seguir e há coisas que já podem ser entregues. Que seja um ótimo labor para todos.


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