5 lições do livro “Essencialismo”, de Greg McKeown
TelegraphVocê acorda e se prepara para um dia típico de trabalho. Tem em mente qual tarefa é a mais urgente a ser feita e começa o expediente. Contudo, aquele seu colega simpático pede um pequeno favor que vai tomar um pouco do seu tempo. “Não custa nada ajudar”, afinal é algo fácil. Você concede e, quando volta ao que estava produzindo, recebe um e-mail do chefe sobre uma outra ação a ser executada, com prioridade máxima. Como reage?
- Pausa a tarefa atual e começa a trabalhar na que o chefe pediu.
- Diz que não tem disponibilidade, porque a tarefa atual é igualmente importante.
A maior parte das pessoas escolheria a primeira opção. E não simplesmente para agradar ao chefe, mas porque falta clareza da relevância de suas tarefas: qual delas trará maiores resultados?
Para responder a essa pergunta, é preciso fazer outra: quais são os resultados que você deseja conquistar? A tarefa mais proveitosa é aquela que está alinhada com seus objetivos e os da empresa, e identificá-la requer uma boa dose de essencialismo.
É justamente sobre esse conceito que escreve Greg McKeown, consultor de negócios e liderança. Ele defende o “menos porém melhor” como chave para realizações significativas e uma vida mais equilibrada, e em seu livro “Essencialismo” compartilha muitos de seus aprendizados.
Separei os mais interessantes para dividir neste artigo, e espero que você possa aproveitá-los (aliás, se realmente aplicar o conceito, talvez você nem precise mais fazer tantos “favores” aos colegas no futuro e volte para casa no horário em que deveria).
Multitarefa é diferente de multifoco
Comece aceitando que não, você não pode fazer tudo ao mesmo tempo. E nem deve. O famigerado trabalho multitarefa cria a ilusão de maior produtividade, pois mais tarefas são concluídas ao mesmo tempo. Contudo, esse período de tempo é maior do que a soma da execução de cada uma delas individualmente – enquanto a qualidade é, na maioria dos casos, inferior.
Greg afirma que, embora tentemos realizar várias tarefas de uma única vez, isso é impossível: nosso cérebro só consegue se focar em uma, e acreditar em algo diferente disso é sabotar nosso próprio fluxo de trabalho. Em suas palavras: “a multitarefa em si não é inimiga do essencialismo; fingir que podemos ter multifoco é.”
Se não estabelecermos prioridades, alguém fará isso por nós
E provavelmente não as mais adequadas para o que você deseja atingir, porque sempre serão definidas de acordo com interesses alheios. O autor do livro dá duas dicas bastante eficientes para ajudá-lo a identificar o que realmente vale a pena:
- “Lembre-se de que todos vendem alguma coisa.” Seja uma ideia ou um projeto, ambos requerem seu tempo como pagamento. Antes de aceitar, analise se a proposta vale o preço.
- “Finja que ainda não é o dono.” Em vez de perguntar a si mesmo como você vai se sentir se abrir mão de uma oportunidade, questione o que você estaria disposto a sacrificar novamente para obtê-la.
Para ter foco é preciso escapar para criar o foco
Confesso que essa ideia me surpreendeu: eu nunca tinha visto “foco” como algo a ser produzido, e o entendia apenas como um estado mental passivo que nos permitia fazer coisas com mais concentração.
Greg afirma que precisamos de um espaço para projetar as coisas: pensar nelas de fato, sem distrações, e então direcionar nossa energia para explorar obstáculos e estratégias de execução. Basicamente, você deve se esforçar para gerar o foco e não para realizar a tarefa em si: entrando no “fluxo” mental, ela se desenvolverá de forma natural.
A rotina não é sua inimiga
Há quem fuja de rotina com o argumento de que ela destrói a criatividade. Contudo, para um essencialista, o efeito é justamente o oposto: a criação de hábitos bem direcionados aos seus objetivos permite que o seu cérebro coloque as atividades recorrentes no “piloto automático” e dedique-se mais ao que é novo e diferente.
De acordo com Greg, o truque para elaborar a rotina ideal é identificar os gatilhos das atitudes que você deseja mudar e renová-los, fazendo com que o direcionem aos comportamentos que você deseja desenvolver. “Por exemplo, se ao voltar para casa você passa por uma padaria e tem vontade de comprar um bolo, na próxima vez que passar por ela aproveite a deixa e compre uma salada no restaurante do outro lado da rua.”
Transmita as coisas certas às pessoas certas, no momento certo
Essa dica do autor é especialmente para os líderes. Em vez de analisar informações até que elas fiquem “claras o bastante” para a tomada de decisões, examine os cenários da maneira mais completa possível até encontrar a essência de cada proposta.
Depois, estabeleça com a sua equipe uma comunicação sucinta, coerente e adequada ao contexto. O excesso de orientações pode ser tão prejudicial quanto a escassez, então fica o desafio de filtrar o que precisa ser levado em conta para transmitir uma mensagem simples e efetiva. Os funcionários terão muito mais clareza sobre o que fazer e, especialmente, por que fazê-lo.
Gostou?
Escolha um dos princípios do essencialismo e experimente aplicá-lo em alguma área da sua vida. Embora o livro aborde mais o mundo dos negócios, o conceito é precioso e pode transformar tudo, desde que você esteja disposto a isso. Afinal, “só é realmente livre aquele que sabe estabelecer limites.”
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