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googleweblight.com - Nicolau Ferreira

Nos bosques portugueses de há 152 milhões de anos, entre coníferas e fetos, vivia o Eousdryosaurus nanohallucis. Não era um gigante num mundo de gigantes, como estamos habituados aos vestígios descobertos nas rochas do Mesozóico — a imensa era geológica em que os dinossauros povoaram a Terra. No Jurássico, o período do meio do Mesozóico, este réptil com cerca de dois metros de comprimento seria o equivalente actual a uma “gazela”. Nesta terça-feira, a nova espécie de dinossauro vai ser apresentada publicamente no Museu Municipal de Torres Vedras.

Esta é a primeira espécie portuguesa de um driossaurídeo, uma família de dinossauros herbívoros bípedes, bem representada em fósseis da América do Norte, mas que também andou pelas regiões que hoje ficam na Inglaterra, Tanzânia ou África do Sul, entre o final do Jurássico e o início do Cretácico, o último período em que os dinossauros viveram. Os driossaurídeos pertenciam, por usa vez, a um grupo mais amplo de dinossauros, os Iguanodontia, onde se inclui o conhecido Iguanodon que também andou pelo território português. O conjunto de fósseis, de um único indivíduo, que permitiu identificar esta nova espécie e novo género, foi descoberto em 1999 pelo paleontólogo amador José Joaquim dos Santos, numa arriba em Porto das Barcas, na zona da Lourinhã. Um ano depois, a descoberta era dada a conhecer num congresso. Os fósseis encontrados foram doados à Sociedade de História Natural (SHN) de Torres Vedras em 2008, fazendo agora parte da sua colecção paleontológica.Mas só recentemente é que “houve condições” para estudar profundamente estes ossos, explicou ao PÚBLICO Fernando Escaso, paleontólogo espanhol de 38 anos, professor na Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid, e um dos autores do artigo publicado agora na revista

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