O começo

O começo

𝘾𝙖𝙩𝙝

Familias influentes sofrem pressão demasiada dos holofotes, onde precisam, e são obrigadas todos os dias a fingir uma vida que nem sempre é "favorável". — Era isso que Charlotte pensava ao vê que se meteu em um caminho sem volta — dinheiro e fama, não trazem felicidade a ninguém.   

   Seu adorável marido, era na verdade, um completo babaca. Não se sabia mais quantas amantes se tinha, mas era visível o desgosto que ambas as partes carregam pelo casamento social. Boatos, indústria e familiares problemáticos...situações desgastantes demais para uma menina de vinte anos.     

Em mais uma, das diversas discussões sobre herdeiros, Lotte juntou suas roupas decidida a ir passar um tempo com sua progenitora — Steven estava cada vez mais ríspido, agindo de forma agressiva e quebrando objetos da mansão. — isso era algo assustador, nunca tinha se imaginado em um cenário tão caótico.     

Foi então que em meio a uma parada para abastecer combustível que sentiu uma dor deveras imensurável. — o que diabos seria aquilo? poderia ser uma dor de barriga? — a Johansen não tinha controle dos pensamentos, um líquido molhava sua facs. Dando lufada forte e alta, a morena retirou seu cinto buscando maneiras de parar a dor, que cada vez aumentava como se seus ossos fossem partir ao meio. Notando uma movimentação estranha, uma funcionária que trabalhava ali se aproximou para ver o que acontecia, se deparando com uma jovem em estado de alerta.     

Então um choro audível começou, uma menina bela estava em um canto próximo ao banheiro do local. Veio ao mundo com um propósito não entendido, mas autoexplicativo para Lotte. Sua filha seria o sinal para sua felicidade.    

  Mas seria o mesmo para outros? Julga-se que não. Odette nunca foi bem recebida por seus parentes paternos, sendo julgada pela aparência nada semelhante ao seu pai. Cresceu tendo em sua volta pessoas arrogantes e desonestas, que nunca se aproximaram com boas intenções. Viu desde pequena todos os abusos sofridos pela sua mãe — ela era uma pessoa tão meiga e doce — a única que faria de tudo. Era sufocante ter que guardar tamanho rancor pelas atrocidades do seu progenitor, eras um monstro.     

Não se sabe ao certo, mas foi graças a essa conjuntura presenciada que algo dentro de si despertou. Era como se um complexo fragmento tivesse retirado a insanidade da mesma. Vozes, vultos, imagens. — com o rosto corado e as mãos nas orelhas — a menor gritou pelo desespero, apagando logo em seguida.     

Sua mãe tentou ao máximo esconder os diversos surtos que decorreram, mas não foi muito longe quando Steven descobriu. — Talvez agora a menina fosse um pouco útil — mas não de uma forma boa. Ratinho de laboratório e da mídia, transformada em um verdadeiro fantoche. 

Após uma adolescência "saudável", a mais velha soube que tinha mais pessoas como sua filha, agrupando em um lugar, na sua origem. E por mais que doesse ter que mandar a pessoa que mais amava para longe, seria o melhor para Odette.

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