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A presidente do Peru, Dina Boluarte, solicitou ao Congresso do país, nesta 3ª feira (1º.ago), autorização para viajar a Belém, no Pará, para participar da Cúpula da Amazônia. 

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A líder só pode deixar o país com autorização da Casa. No entanto, Lima já confirmou ao governo brasileiro a presença da chefe de Estado no evento, segundo informou o Itamaraty ao SBT News.

O presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola, disse que o governo espera que o Congresso debata a solicitação de Boluarte na 5ª feira (2.ago). 

Esta será a primeira viagem internacional de Boluarte desde que ela assumiu a presidência do país em 7 de dezembro de 2022. 

O Peru passa por uma crise política desde que o ex-presidente Pedro Castillo dissolveu o Congresso e decretou estado de emergência em todo território nacional. 

Como Boluarte era vice-presidente, o cargo atualmente está desocupado. Por isso, em caso de ausência da chefe de Estado, não há uma pessoa para substituí-la. 

Em 22 de junho, o Congresso aprovou a lei que permite a presidente peruana governar remotamente quando estiver fora do país. Foram 72 votos a favor, 40 contra e 6 abstenções. Também foi definido que a Casa precisa aprovar todas as viagens ao exterior. 

Antes da legislação, a líder estava proibida de sair do país. Em maio, o governo brasileiro convidou o Peru para participar do encontro dos países da América do Sul em Brasília. Na ocasião, Boluarte foi a única chefe de Estado das nações sul-americanas a não participar. O presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola, foi enviado para representar Lima.

Cúpula da Amazônia

O evento vai reunir na capital paraense, de 8 a 9 de agosto, os 8 países da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica). São eles: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Em 1978, as nações assinaram o Tratado de Cooperação Amazônica. 

Segundo o Itamaraty, desde 2009 o grupo não se reúne para debater as demandas e desafios da preservação da região aliada ao desenvolvimento econômico. Durante a cúpula, os países discutirão as novas demandas e desafios. Devem atualizar o tratado e dar enfoque, no novo documento, à soberania dos Estados na gestão de ações no local. 

Além disso, os países debatem o combate em conjunto ao crime organizado e ao tráfico de drogas. É esperado o anúncio de ações concretas que, segundo o Itamaraty, devem incluir um sistema integrado de controle de tráfego aéreo na Amazônia e um centro de cooperação policial sediado em Manaus, no Amazonas.

Além dos países da OTCA, os presidentes da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, e da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, participam da cúpula. O primeiro-ministro do país carimbenho São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, também confirmou a sua presença no evento. O Itamaraty informou que a Alemanha, a Indonésia, a França e a Noruega foram convidadas, mas ainda não responderam ao convite.

*Estagiária sob supervisão de Gabriella Furquim

 

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