Kira

Kira


Desde muito juvenil, a doce menina já utilizava seus lábios para distribuir às mais persuasivas mentiras que poderia se inventar em sua vasta mente. Em um modo que ela achou de adiar ou até mesmo escapar das garras de todos aqueles homens que tentavam colocar suas imundas mãos nas curvas suaves do corpo da garota, que sabia que provavelmente nunca conseguiria fugir dos homens que abusavam de si, dia a dia.

Cicatrizes se espalharam pelo corpo da menina, junto dos hematomas que se renovam sem demora nenhuma, e junto disso, a raiva e desprezo dela cresciam cada vez mais, e também a vontade dela de lutar contra aqueles velhos que lhe assediavam, e principalmente contra seu pai que era o chefe da família, e que permitia tudo aquilo que faziam contra si.

Foi assim que a Gasai mais nova começou a aprender boxe, por conta própria. E também a manusear armas brancas e de fogo. Mais cicatrizes surgiam, cortes profundo em sua pele por acidentes com seus canivetes e dores por manusear armas de maneira errada. E ela sabia que isso não seria em vão, e que teria sucesso em sua missão.

O foco e a dedicação da pequena Akari seriam "recompensados" mais cedo do que ela imaginava, dia treze de agosto de dois mil e nove, o dia em que a família Gasai fora massacrada.

Neste dia, haviam descoberto que a mãe da garota, Miwa Gasai, estava a vender informações para alguns conhecidos de outras máfias. E isso levou a um destino, o extermínio dos progenitores e do irmão mais velho da menina. Deixando apenas as filhas mais novas com vida, já que usariam elas para satisfazer os chefes da máfia ou destinariam as meninas para o lucro. Mas, apenas uma foi levada. Já que Akari, descobriu um jeito que poderia escapar. E o fez, já com suas malas prontas, jogou-as com cuidado pela sacada, e fez o mesmo. Apoiou ambas as mãos no parapeito de madeira, dando um impulso para subir no mesmo, logo pulando, e caindo em cima de um colchão inflável, sorrindo ao notar que ainda estava ali. Não demorando a dar mais um impulso para se levantar, puxando desajeitadamente sua mala e sair correndo, sem olhar para trás e sair da sua antiga mansão.




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