Kek

Kek

Caio Romanov

É notável o desejo e até romantização de diversos maneirismos que tivemos durante toda a história da humanidade. Afinal, é sobre refazer o que deu certo, voltar a época de ouro, reconstruir Roma. Mas tudo isso me parece tão ilusório. Talvez seja uma satisfação para tal seguidor de ideologias ver sua idealização da realidade se cumprir, isso se de fato tal realização for possível. Mas será que isso bastaria? Será que simplesmente voltar a um certo código moral ou costumes de uma época é o suficiente para consertar as coisas? Será que não herdariamos os mesmos problemas temporais ou até mesmo os mesmos problemas interligados a tais idealizações do que "deveria ser"? Por exemplo, é fardo da realidade que com o socialismo logo com o problema do cálculo econômico, ignorando ou não, chamando isso de outra coisa ou não.

São tantas maneiras de ser, tantas maneiras do que deveria ser. Mas não é óbvio que a única dicotomia sempre será sobre o certo e o errado, o bem e o mal?

O que importa como vamos nós vestir, qual será nossa estética... Em comparação com o que somos, com o que fazemos? Poderíamos enfeitar nossa capa do livro como quiséssemos, mas a realidade é fatalista nesta questão de ser o que é. Isto é, de qualquer maneirismos que possamos imaginar, o pior erro humano na aplicação seria negar o maneirismo de outrem. Quem sabe, chegando ao ponto de fazer coisas injustificáveis pela "causa".

E se a resposta de tudo isso seja só: Os fins não justificam os meios? Quais devem ser os nossos meios? Éticos.

Report Page