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truturadas, ambas afirmando e ocultando status e poder, ofuscando e ao mesmo tempo iluminando privilégios. Modelos tradicionais de doações de caridade são frequentemente eurocêntricos e monoculturais, empregando uma “teoria de troca” baseada no modelo de mercado, assumindo que doar é uma série de

“compras” diádicas e reciprocadas feitas por doadores que buscam a utilidade máxima. Olhando para a moderna doação de caridade como um “fato social total” (Mauss), podemos detectar padrões subjacentes às doações de caridade de elite que fazem da aparente renúncia à riqueza uma declaração de poder. As organizações sem fins lucrativos estão inseridas nessas dinâmicas, na medida que a economia de dádiva das elites se expressa através da doação caritativa moderna (Hanson, 2015: 2).


É tentador ver no potlatch e no “sistema de prestações totais” descritos por Mauss uma chave de leitura para o universo filantrópico contemporâneo protagonizado por institutos e fundações norte-americanas. Essa leitura é, entretanto, problemática porque procura aplicar a lógica de sociedades arcaicas a sociedades complexas, equiparando processos que podem ter sig- nificados diferentes, o que não decorre automaticamente da obra de Mauss. A filantropia norte-americana tem lugar num contexto muito diferente das sociedades descritas por ele e a transposição automática pressupõe que uma sociedade complexa não passa de uma sociedade simples que se com-plexificou. Há obviamente diferenças de escala e de tempos históricos que precisam ser levadas em consideração para evitar uma análise anacrônica.


Ao passo que o potlatch é um ritual que se dá em sociedades que Mauss chamou de arcaicas nas quais os nobres competem entre si como forma de manutenção do poder e reconhecimento social, as dádivas da filantropia norte-americana ocorrem em uma sociedade de classes que produz muita riqueza que é distribuída de forma bastante desigual. A questão que a filantropia procura equacionar é como os ricos podem ajudar a atenuar a pobreza. Embora haja busca de prestígio entre os filantropos, suas doações não apre- sentam a competição agonística do potlatch analisada na obra de Mauss.


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São duas as grandes vertentes da filantropia norte-americana contemporânea: o filantrocapitalismo (também chamado de nova filantropia ou filantropia estratégica) e a filantropia progressista ou de justiça social. A seguir examinaremos os dois modelos e apresentaremos entrevistas com representantes deles.


Filantrocapitalismo


Em 2006, a revista The Economist publicou um artigo intitulado “The birth of philanthrocapitalism. The leading new philanthropists see themselves as social investors” (“O nascimento do Filantrocapitalismo. Os novos filantropos líderes se veem como investidores sociais”) em que já se anunciava a tendência da filantropia como investimento social, desenvolvida na intersecção dos setores privado e terceiro setor:


A necessidade de a filantropia se tornar mais parecida com os mercados de capitais com fins lucrativos é um tema comum entre os novos filantropos, especialmente aqueles que fizeram suas fortunas nas finanças. Do modo que eles veem a questão, três coisas são necessárias para que um mercado filantrópico desse tipo funcione. Primeiro, precisa existir algo no qual os filantropos possam


“investir ” – algo que, idealmente, vai ser criado por “empreendedores sociais”, exatamente do mesmo modo como no mundo para fins lucrativos empreendedores criam companhias que acabam sendo negociadas na bolsa de valores.


Segundo, o mercado requer uma infraestrutura, o equivalente filantrópico do mercado de ações, bancos de investimentos, centros de pesquisa, consultores de administração, e assim por diante (...) Terceiro, os próprios filantropos precisam se comportar mais como investidores (The Economist 2006: 9).


Alguns livros publicados em 2008, no auge da crise financeira internacional, discutem o filantrocapitalismo como uma nova abordagem no universo filantrópico. Um deles, intitulado Philanthrocapitalism. How the rich can save the world (Filantrocapitalismo. Como os ricos podem salvar o mundo), foi escrito pelo jornalista Matthew Bishop e pelo autodenominado


“especialista em progresso social” Michael Green. De acordo com o prefácio do livro, este trata do


(...) renascimento da doação e da filantropia, liderado pelos criadores de riqueza mais bem-sucedidos do mundo. Filantrocapitalismo descreve como eles doam, ao aplicarem técnicas e modos de pensar do mundo dos negócios a sua filantropia. Também descreve o crescente reconhecimento de líderes do capitalismo de que devolver muito de sua fortuna para melhorar a sociedade é tão parte do sistema quanto fazer dinheiro (Bishop & Green 2008: 8).


Outro livro sobre o tema, intitulado Just Another Emperor? The myths and realities of Philanthropcapitalism ( Outro Imperador? Os mitos e as realidades do Filantrocapitalismo) foi escrito por Michael Edwards (2008), que trabalhou em posições administrativas sênior na Oxfam, Voluntary Services Overseas, Banco Mundial e Ford Foundation. Segundo o autor,


“Um novo movimento


está surgindo, prometendo salvar o mundo ao revolucionar a filantropia, fazendo organizações sem fins lucrativos operarem como empresas e criando novos mercados para bens e serviços que beneficiam a sociedade”.


Um dos nomes mais emblemáticos da vertente filantrocapitalista é o de Bil Gates. O criador da Microsoft, ao lado de sua esposa Melinda Gates que também empresta seu nome à fundação do casal, é responsável pela doação – ou investimento, como prefere a linguagem crescente no meio de filantropos – de bilhões de dólares nos Estados Unidos e ao redor do globo.


Em 2017, Gates fez a maior doação de sua fortuna desde o ano 2000, tendo transferido 64 milhões de ações da Microsoft, no valor de 4,6 bilhões de dólares, para a sua própria Fundação.2


Bil e Melinda Gates são os criadores do programa “The Giving Pledge”


(“A Promessa de Doar ”), através do qual pessoas com patrimônio igual ou superior a um bilhão de dólares se comprometem a investir metade de suas fortunas em causas sociais ao longo de suas vidas. Em 2010, 40 bilionários aderiram à campanha do casal Gates, entre eles Michael Bloomberg e Ted Turner. Um dos grandes doadores que fazem parte do “The Giving Pledge” é o megainvestidor Warren Buffet. No ano de 2014, ele foi considerado o


“homem mais generoso do mundo”, tendo doado 2,1 bilhões de dólares para a Fundação Bil e Melinda Gates.


Em sua carta ao programa, Bil e Melinda afirmaram Nós fomos abençoados com boa fortuna além das nossas mais ousadas expec-tativas, e somos profundamente gratos. Mas assim como estes presentes são grandiosos, também sentimos uma grande responsabilidade em usá-los bem. É


por isso que estamos tão felizes em fazer um comprometimento explícito à Giving Pledge3.


A declaração do casal evidencia a concepção dos filantropos norte-ame- ricanos do “give back”, ou seja, da retribuição. Nessa perspectiva, a fortuna gerada seria fruto de uma benção divina – como aponta Robert Bremner (1960) em sua obra sobre a filantropia americana– e/ou fruto da sociedade que ofereceu a oportunidade de sua conquista.


Esse tipo de filantropia tem os seus apóstolos e os seus detratores.


Seus admiradores descrevem o filantrocapitalismo como um antídoto à morosidade da máquina burocrática do Estado em atender às necessidades sociais dos mais necessitados. Eles argumentam que o mercado ainda é o melhor mecanismo para regular a sociedade e que é preciso adotar métodos empresariais para desenvolver programas filantrópicos. Do mesmo modo, fazem uma apologia do lucro como o que move as pessoas e as instituições.


Logo, mercado e filantropia, longe de serem opostos, podem operar juntos.


A crítica à burocracia e aos processos governamentais e de agências multilaterais aparece repetidamente como justificativa para o fomento do setor filantrópico. No universo do filantrocapitalismo, o discurso que emerge e tenta se estabelecer como hegemônico é o do business. Utilizam-se jargões como estratégia, orientação de mercado e medição de impacto. Os atores desse campo procuram se distanciar de modelos de caridade que consideram paliativos e declaram buscar soluções efetivas para os problemas sociais.


O medo de conflitos e a desestruturação de um sistema que produz muitas desigualdades também aparecem como molas propulsoras da filantropia contemporânea:


Governos tanto da direita como da esquerda parecem cada vez mais interessados que indivíduos ricos lhe deem uma mão. Mesmo assim, se os ricos não assumirem essa responsabilidade, eles arriscam provocar uma repercussão no público contrária ao sistema econômico que permitiu se tornarem tão ricos.


(Bishop e Green, 2008: 35).


Dessa forma, aparecem duas formas de intervenção social vistas como concorrentes por uns e como complementares por outros: a concessão de direitos, a partir da ótica do Estado – e se é de direito da população é, por sua vez, dever dos governos atendê-los – e as doações privadas, muitas vezes mal vistas porque não entendidas dentro de uma lógica redistributiva de obrigação e direitos, mas como geradores de ainda mais crédito por parte de seus prestadores. Mas e se a doação de recursos fosse vista como uma obrigação imposta às elites?


Os críticos do filantrocapitalismo argumentam que ele representa um jogo de interesses que nada mais faz do que procurar, através das doações, obter isenções fiscais para os mais ricos. Como indica Adloff (2016: 49), as


“fundações são criadas em tempos em que oportunidades para moldar a sociedade estão abertas às elites filantrópicas – por exemplo, especialmente em situações históricas quando o Estado dá a essas elites escopo para ação”. Desde a crise financeira internacional de 2008, observa-se uma crescente promoção das práticas chamadas filantrocapitalistas, ou seja, que definem o capitalismo como o melhor sistema social já elaborado, porém sujeito a falhas que ele mesmo iria consertando por meio de ações sociais centradas em lógicas de mercado.


Para esse autor, as elites sempre operaram de forma muito próxima ao Estado, embora o discurso oficial frequentemente não seja esse. Essa pro-ximidade aparece desde o pioneirismo na implementação de projetos que depois seriam coordenados com as autoridades até a capacidade consultiva.


Essas elites clamam ainda por um papel de liderança na sociedade, sendo,


por um lado, liberadas de obrigações sociais institucionalmente reguladas e impostas pelo Estado e, por outro assumindo “compromissos voluntários na forma de cidadania corporativa e da criação de fundações”: Aqueles que provavelmente criarão fundações constituem um subgrupo entre os membros ricos da sociedade, ou seja, aqueles que visam exercer influência na sociedade e um certo grau de controle sobre os fundos doados. Isso combina o individualismo com um interesse no bem comum. As fundações e outras formas de filantropia podem permitir que as elites econômicas criem uma ponte entre elas e os setores político, social, religioso, científico e outros a fim de exercer influência nesses campos. Através de atividades filantrópicas, alguém que ocupa uma posição de elite econômica também pode pertencer à elite do “bem comum”. As elites, portanto, não só criam fundações, mas as fundações também criam elites - elites do “bem comum”. Como já vimos, essas elites podem competir com o Estado ou cooperar com ele, e seu compromisso pode implicar formas de dar baseadas em solidariedade ou hierarquia. Isso varia de acordo com os contextos sociais, culturais e históricos (Adloff 2016: 51).


A filantropia aparece como um dispositivo moral que, como indica Odendahl (1990), responde por vezes ao medo das elites de perderem seus privilégios por meio da cobrança de impostos ou mesmo de uma revolta ou revolução das classes mais baixas. O medo de conflitos e a desestrutu- ração de um sistema injusto também aparecem como molas propulsoras do filantrocapitalismo. Maurer (2015) assinala que a criação de filantropias em paraísos fiscais ou para tirar vantagem da legislação sobre impostos ajuda a compreender como dinheiro e moralidade andam juntos. Para ele, as concessões da legislação tributária norte-americana para a filantropia4, uma concessão no coração do capitalismo, demonstraria que sabemos haver algo de errado com o dinheiro e por isso há a necessidade de purificá-lo. Como indica Parry, referindo-se às dádivas na Índia: “a dádiva incorpora os pecados do doador, a quem ela livra do mal pela transferência ao recipiente do fardo perigoso e degradante da morte e da impureza” (Parry 1986: 459).


É possível argumentar que, mais que um problema com o dinheiro em si, o que é aliviado por meio desse tipo de filantropia é o mal-estar causado pela concentração de renda e a crescente desigualdade. Nesse sentido, Bishop e Green deixam transparecer o medo da insustentabilidade do sistema econômico atual e a consequente transição para modelos alternativos: Descobrir exatamente que papel desempenhar no sistema de governança global também colocará desafios significativos, particularmente se a fundação desempenha crescentemente um papel formal nela, baseada no modelo pioneiro do


Global Fund, do qual a Fundação Gates faz parte da diretoria ao lado de governos soberanos. A governança do fundo foi desenhada para abordar algumas das deficiências da abordagem tradicional das Nações Unidas, que frequentemente é burocrática e lenta”. (Bishop & Green, 2008: 149).


O Global Philantrophy Forum (GPF), organização guarda-chuva que é espaço de debates e trocas de conhecimento sobre o filantrocapitalismo5, é uma iniciativa do World Affairs Council6, instituição criada em 1948 em San Francisco para pensar questões mundiais como migração, conflitos e pobreza. Ela é baseada na crença de que as soluções para os problemas mais candentes do mundo são encontradas quando os setores privado, filantró- pico e público trabalham em conjunto. O GPF foi criado em 2001


para ser uma rede de grandes filantropos e investidores sociais e atua em cerca de cem países e tem afiliados na América Latina, África e Ásia.7 Seu objetivo é construir uma comunidade de filantropos e fortalecer a natureza estratégica da doação e investimento social de seus membros.


Jennifer8, uma das diretoras do Global Philanthropy Forum, é uma atora representativa da lógica do filantrocapitalismo. Quando a entrevistamos na sede da organização em San Francisco, California, ela começou contando que se interessava por filantropia há bastante tempo, mas que foi “meio que por acidente” que foi trabalhar na área:


Eu me interessava por desenvolvimento, o que a filantropia poderia fazer que outros setores não podem e como a filantropia poderia ajudar governos fracos dando suporte social à sociedade civil. Pensava no que faltava nos governos e no setor privado. Meu interesse em desenvolvimento me levou à filantropia.


Jennifer demonstrou incômodo quando nos referimos à filantropia como um mercado, rebatendo que o correto seria setor. Ela prosseguiu explicando que a filantropia nos Estados Unidos é muito dinâmica e representaria uma porcentagem significativa do produto interno bruto. Além disso, apontou a transição pela qual o setor estaria passando e indicou que: O marco legal permite aos doadores fazerem o que querem fazer, é flexível. Há muita gente no setor, há setor de negócios, o setor social, administração e consultoria e como há muitas ferramentas tecnológicas, então há muitas inova-


ções. A forma como o dinheiro circula no setor dá meios para ele se reinventar, reinventar suas estratégias e práticas.


A preocupação com quem irá receber o dinheiro e como este será usado estava visivelmente marcada na sua fala. Para ela, assim como para a rede de filantropos que representa, é preciso ter critérios rígidos na hora


de selecionar essas pessoas ou grupos beneficiários, deixar claro com que finalidade o dinheiro está sendo doado ou investido e o que se quer ver realizado: “você tem que conhecer muito bem para quem está doando”. Sobre a diferença entre caridade e filantropia, Jennifer explicou: Caridade é quando você vê o sintoma de um problema e trabalha nele. Como, por exemplo, quando você vê um casal desempregado vivendo uma vida dura, com filhos, e você compra comida e leite para eles. Mas esses pais podem não ter estudado. Para encontrar uma solução, você tem que investir antes que vire um problema. Você trabalha nas raízes das causas. Isto é quando você está fazendo filantropia. Nós precisamos que os empreendedores criem empregos, nós precisamos de infraestrutura para economizar energia. Nós precisamos investir na estrutura do sistema para ter um melhor ambiente, melhor nutrição e, consequentemente, melhores crianças. O que faz mais sentido para mim é investir para fazer uma mudança nas raízes [dos problemas]. Caridade é mais assistência humanitária, mas você não trabalha em uma solução de longo prazo. Ambas são necessárias.


A narrativa de Jennifer é fortemente marcada pela ideia de que os Estados Unidos foram moldados pelos valores trazidos pelos imigrantes protestantes ingleses, o que seria responsável pela disseminação da filantropia enquanto um valor ético na cultura do país. Para o protestantismo, fazer dinheiro não cria culpa, mas responsabilidade. A possibilidade de enriquecer e de que haja uma classe abastada aparece como condição sine qua non para a prática filantrópica, ou seja, só existe filantropia porque se permite existir tanta desigualdade:


Deus te concedeu bênçãos e uma delas é financeira. Por meio do trabalho árduo você fez dinheiro. Até o final da Primeira Guerra Mundial não havia imposto de renda, mas as pessoas doavam porque elas acreditavam nas oportunidades do país. As pessoas vinham [para os Estados Unidos] e tinham em suas mentes a imagem de pessoas que vieram e fizeram sucesso. Então quando você alcança, você quer retribuir e isso moldou o papel da filantropia nos Estados Unidos. O conceito de governo no país é que é melhor quando o governo faz o mínimo. As pessoas querem fazer o que precisam para ter sucesso. O voluntariado é forte, apesar do papel do governo ter aumentado no século XX. Antes éramos mol- dados pela ideia de um governo mínimo. O


governo na Europa tem um papel maior. O engajamento individual e o voluntariado são influências da cultura ou ética protestante. O país foi construído com oportunidades, então as pessoas querem dar algo em troca.


Na sequência, a conversa voltou-se para a relação das pessoas com o dinheiro no país. Ela explicou que:


Há uma tradição nos Estados Unidos das pessoas fazerem dinheiro enquanto empreendedores. É uma parte da nossa mitologia, nosso mito. Se você fez muito dinheiro é resultado de trabalho árduo (pago com muito tempo e sacrifício da sua vida privada). Dessa forma, seria “natural pensar que se você conseguiu então outros também podem. Os seus filhos deveriam fazer o mesmo e é natural pensar isso nos Estados Unidos, porque o país segue oferecendo oportunidades”.


Apesar da chamada “crise do sonho norte-americano”, marcada pelo crescimento da desigualdade de renda e o aumento da pobreza (Putnam 2016), para a entrevistada a ideia de oportunidades é central para o sucesso: As crianças precisam ter oportunidade de ter uma vida cheia de sentido. Precisam poder trabalhar e fazer algo que tenha significado, não podemos apenas distribuir dinheiro. Se você se sai bem é por meio do trabalho duro e compaixão.


O dinheiro é um subproduto, e não um fim em si mesmo. Nesse contexto, se você está fazendo a diferença, causando impacto, contribuindo para algo maior que você mesmo, você pensa sobre o sentido da sua vida. Doar dinheiro é então uma grande parte desse legado, de um continuum de uma vida significativa. É preciso ter então senso de responsabilidade, boas oportunidades e o senso de retribuição por meio da doação. Quanto a noções de pobreza, isso tem a ver com um pensamento político. Algumas pessoas pensam que trabalharam duro e não tiveram oportunidades e que se tivessem oportunidades iriam se sair bem. É uma questão política para além dos filantropos. Aqui nos Estados Unidos não há nenhuma lei que diga que se deve deixar dinheiro para seus filhos, como em alguns outros países. Aqui os pais só deixam se assim o escolherem.



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