hipnose de rua

hipnose de rua


Qual seu objetivo: "O % de pessoas que realmente estudam e praticam hipnoterapia, é bem pequeno."

Rótulos para hipnose, precisa?

E se eu te disser que não existe modalidades na hipnose, apenas contextos: ensino e aprendizagem/entretenimento/ clínica?

Tendo princípios e ética!


CONTRAS:

" As pessoas tendem a julgar outras pessoas pela aparência e primeira impressão. Tendem a julgar os livros pela capa. Quem não sabe o que é hipnose e só vê a capa ou só vê a aparência da hipnose na rua ou no palco, o que será que esta pessoa pensará... qual será seu julgamento? "


"Sou contra. Existem meios MUITO mais eficientes!"


"Há portanto, uma questão de conduta, questões de ética e normas geralmente aceitas em uma sociedade que determinam tais coisas.

Se alguém resolve usar a hipnose na rua, é como levar a faca para a rua. Ao tirá-la da cozinha, aumenta-se as variáveis de controle requeridas… pessoas irão te observar com uma faca na rua e poderão pensar “o que esse ‘maluco’ está fazendo com uma faca na rua?” – o adjetivo maluco pode surgir se você não estiver carregando nada que dê motivos extras de interpretação do porque você carrega a faca. Tal como ter contigo algo para comer, uma fruta ou uma marmita, ou estar cortando algum galho de árvore, ou estar uniformizado com alguma profissão tida como usuária comum de facas, etc.

Se não houver esses elementos adicionais para minimizar a percepção distorcida da pessoa com a faca na mão, é quando podem surgir interpretações tão diversas quanto possamos imaginar… exemplo: um policial pode considerar como sendo uma arma branca e daí já viu…

O meu ponto é simples… a hipnose oferece o mesmo perigo que uma faca, seja quando estiver ou não em uso. Nem sempre o extrago da faca está em seu uso, senão as vezes pode estar apenas na reação dada por sua presença.

A hipnose pode talvez não provocar uma reação letal, coisa que uma faca pode, mas isso não tira da hipnose os fatores de risco em diferentes graus. Também não diminui o impacto causado na percepção daqueles que são expostos à ela.

Conforme disse uma vez o Dr. David Spiegel, autoridade mundial em Hipnose, “hipnose é um estado mental, não um tratamento em sí”.

Nessa perspectiva, ao praticar hipnose na rua ou em qualquer lugar, em suma estaríamos practiando mudanças de estados mentais. Quais riscos vocês acreditam que poderiam acarretar de mudanças de estados mentais?

Seguramente pensaram comigo que isso pode variar de uma escala simples e inofenciva até algo que a maioria dos leigos não conseguiriam sequer entender ou poder lidar. Então realmente não há perigo na hipnose em si, senão nas mãos daquele que usa essa ferramenta, porque este é em sí uma das variáveis que poderá aumentar ou diminuir os riscos ao usar/aplicar/praticar hipnose.

Tenho 2 capítulos no meu livro onde abordo em maior profundidade este assunto.

Para finalizar meu comentário sobre o assunto, vou deixar algumas referências de estudos que sugerem efeitos adversos do uso da hipnose em entretenimento ou palco/ambiente não controlado: Gruzelier (2000), Mott (1992), Emmerling (1987), MacHovec (1986) e Schultz (1954)."

"A ideia é que a grande maioria de nós não estamos prontos para comprar ou consumir um conteúdo específico sobre hipnose. Ainda que por curiosidade, há um aspecto relacionado ao compromisso envolvido no processo de adquirir o conhecimento e ainda maior quando falamos da aplicação do mesmo.

Dentro dessa perspectiva, é natural observarmos uma grande maoria das pessoas focadas na parte externa da hipnose. Ou seja, no entretenimento que isso possa trazer ou na curiosidade que exerce. Isso para não dizer daqueles que estão no meio apenas para associar-se com uma visão comum de um pseudo-poder provindo da hipnose. Essa mesma visão é também motivo de afastamento de uma grande parcela de pessoas."


#PROS

" O carteiro mesmo experiente e treinado não conseguiu evitar o equívoco. Não há desafio que seja controlado completamente se houver a alteração, mesmo que mínima, de qualquer variável da equação.

Falando de amigo fingindo... Tem uma das várias teorias da hipnose que considera o "desempenho de papéis" como a explicação científica para a hipnose. Logo, as vezes é melhor ter um "amigo fingindo" lá na sala da casa do que um desconhecido na praça. As chances de eu saber mais sobre o amigo é maior e isso evitaria treinar com coisas que não dependem da hipnose. Aliás, ambientes controlados não só inspiram mais confiança mas são propícios para treino; assim são os ambientes de cursos de Hipnose.

Como desafio, hipnotizar na rua, na chuva ou na fazenda :notes:, na minha perspectiva é tudo igual; uma vez que estejamos falando apenas do fenômeno. Já se entrarmos na esfera das oportunidades, eu acho fantástico. Não para gerar confiança, nem para aprender a hipnotizar, mas sim para educar aos outros e principalmente a si mesmo das capacidades da hipnose.

São muitas as pessoas que precisam de ajuda, outras que são curiosas e isso já é elemento suficiente para evangelizar os benefícios da hipnose. Não necessariamente para testar colar mão, grudar os dedos ou os olhos das pessoas na rua; não é repetindo rotinas de palco ou fazendo entretenimento barato. Mas sim, encarando a oportunidade de viver e sentir a realidade do outro, sem treino, sem fingimento, sem desafio, mas com o objetivo de fazer novos amigos, levar confiança e que estas sejam as experiências vividas.

Minha dica, esperando que eu tenha ajudado: se for para a rua com esse mindset, fará a diferença. Senão, a rua não fará você diferente."







OUTRAS OPÇÕES:

estruturar apresentação hipnose bem feita:

A prática sempre é bem vinda desde que você tenha ética profissional. O grande problema de street e palco, é que dão uma visão distorcida da hipnose clínica.

Se você desenvolver uma "performance" que alinha expectativa, remova as lendas e trabalhe os mitos, só tem a ganhar. Por outro lado, se fizer de forma inescrupulosa, a comunidade tem a perder...




outros pontos:

pressuposto não seja dono da hipnose!:

"Ah! mas isso não quer dizer que sou contra o uso da hipnose em qualquer contexto. Já vou avisando que não vejo problemas na hipnose, senão em quem a usa e principalmente em COMO usa a hipnose. ;-)"


# Separação- não associar hipnose no contexto de entretenimento com clínica?

A magia da hipnose de rua está em divertir as pessoas, como a magica de rua ou outros tipos de entretenimento, não em associar a hipnose com terapia. Principalmente pq hipnose não é terapia.


# mudança x terapia ???? existe isso!!???

( Em resumo, hipno-street é hipno-street... Hipnose de palco é hipnose de palco... E hipnose clínica é hipnose clínica... Aparentemente @AntonioMartinsOficial essa é a dificuldade de entendimento que observo algumas pessoas terem, misturando 3 instâncias que, apesar de suas semelhanças quanto ao uso de técnicas hipnóticas, são diferentes em seus propósitos quanto à própria hipnose (divulgação, entretenimento, tratamento), cada qual com seu valor, cada qual com diferentes desafios. Deixar cada uma em seu devido lugar sem fazer salada russa me parece uma sábia escolha.)

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