Fidelity

Fidelity


CAPÍTULO DOS

Página 9 de 62

l

o

s

m

i

s

m

o

s

g

u

s

t

o

s

q

u

e

y

o

.

T

e

s

e

g

u

i

r

é

e

s

c

u

c

h

a

n

d

o

t

o

d

o

s

l

o

s

d

í

a

s

.

M

i

l

g

r

a

c

i

a

s

p

o

r

e

x

i

s

t

i

r

.

M

.

Como siempre que recibía un e-mail, me gustaba contestarlo. Aún quedaban unos minutos para que entrara en antena, así que aproveché para darle las gracias. Ahora ya sabía que ese M. era un chico. ¿Y si este chico fuera uno de esos tres a los que les gustaba la literatura? Pero tenía tan mala suerte que es muy posible que fuera gay.

D

e

:

s

u

g

e

r

e

n

c

i

a

s

l

u

@

r

a

d

i

o

f

a

r

o

.

c

o

m

F

e

c

h

a

:

m

a

r

t

e

s

,

2

0

d

e

a

g

o

s

t

o

d

e

2

0

1

3

,

1

4

:

2

0

P

a

r

a

:

m

c

h

e

s

h

i

r

e

@

g

m

a

i

l

.

c

o

m

A

s

u

n

t

o

:

R

e

:

«

P

o

l

v

o

d

e

e

s

t

r

e

l

l

a

s

e

n

l

a

c

a

s

i

t

a

d

e

L

u

»

H

o

l

a

,

M

,

H

o

y

m

e

h

a

s

a

l

e

g

r

a

d

o

l

a

m

a

ñ

a

n

a

y

h

a

s

p

i

n

t

a

d

o

u

n

a

s

o

n

r

i

s

a

e

n

m

i

s

l

a

b

i

o

s

.

G

r

a

c

i

a

s

p

o

r

t

o

d

a

s

t

u

s

p

a

l

a

b

r

a

s

.

D

e

v

e

r

d

a

d

,

t

e

l

o

a

g

r

a

d

e

z

c

o

m

u

c

h

o

.

E

r

e

s

u

n

o

y

e

n

t

e

c

o

m

o

p

o

c

o

s

.

C

o

m

o

t

ú

b

i

e

n

d

i

c

e

s

,

n

o

e

s

f

á

c

i

l

e

n

c

o

n

t

r

a

r

a

a

l

g

u

i

e

n

c

o

n

t

u

s

m

i

s

m

o

s

g

u

s

t

o

s

.

D

e

s

e

o

q

u

e

e

s

t

e

p

r

o

g

r

a

m

a

t

e

g

u

s

t

e

t

a

n

t

o

c

o

m

o

l

o

s

a

n

t

e

r

i

o

r

e

s

.

H

o

y

q

u

i

e

r

o

h

a

b

l

a

r

d

e

M

a

r

i

o

B

e

n

e

d

e

t

t

i

.

N

o

s

é

s

i

l

o

c

o

n

o

c

e

s

,

p

e

r

o

a

c

a

b

o

d

e

t

e

r

m

i

n

a

r

u

n

a

a

n

t

o

l

o

g

í

a

q

u

e

m

e

h

a

g

u

s

t

a

d

o

m

u

c

h

o

.

Y

a

m

e

d

i

r

á

s

q

u

é

t

e

p

a

r

e

c

e

.

M

i

l

g

r

a

c

i

a

s

a

t

i

p

o

r

e

s

c

u

c

h

a

r

m

e

.

A

h

o

r

a

y

a

s

é

q

u

e

h

a

y

a

l

g

u

i

e

n

q

u

e

m

e

e

s

c

u

c

h

a

a

l

o

t

r

o

l

a

d

o

.

L

u

Una vez le hube contestado, subí con tranquilidad al faro. Roberto, nuestro técnico de sonido, me saludó con la mano en cuanto me vio aparecer. El programa que iba antes del mío estaba a punto de terminar. Felipe, el locutor, me saludó con un movimiento de cabeza y me indicó que ocupara mi silla. Cuando acabó, se despidió de mí con un beso en la mejilla y salió corriendo.

Mientras Roberto ponía unas cuñas de publicidad, me coloqué los cascos y esperé a que me diera paso. Los momentos previos siempre me resultaban mágicos, porque de repente, una vez que dejaba de sonar la música, mi voz se transformaba. Me gustaba sentir que seducía a los oyentes. Al menos sabía que ese tal M. era uno de ellos.

Empecé diciendo:

—El poeta Robert Herrick decía: «Coged las rosas mientras podáis, veloz el tiempo vuela. La misma flor que hoy admiráis, mañana estará muerta. La gloriosa lámpara celeste, el sol, cuanto más alto ascienda, antes llegará a su camino, y más cerca estará del ocaso…». Nos pasamos la vida deseando lo que no tenemos, poniendo nuestras esperanzas en un futuro que aún no ha llegado y nos olvidamos de admirar nuestro presente. Si deseas ser recordado, empieza a dejar tus huellas en este instante. No lo dejes para mañana. Quizá haya alguien que, aunque no lo conozcas, lo necesite. Bienvenidos a «Polvo de estrellas en la casita de Lu», un programa para luciérnagas perdidas en la luminosidad de la mañana. ¿Te atreves a volar conmigo? Aún somos inocentes para alcanzar la segunda estrella a la derecha y llegar al país de Nunca Jamás. Y si se te ha olvidado volar, no te preocupes, solo te hace falta un poco de polvo de hadas y cogerte de mi mano. Porque hoy, como cualquier día, es perfecto para ser un niño, para ser jóvenes e ingenuos.

»Soy de las que muchas veces se preguntan qué harían si tuvieran una lámpara maravillosa y un genio a su servicio. Tres deseos para ser feliz. ¿Qué tres deseos pediría? Una cuestión difícil, ¿no os parece? ¿Sería más feliz pidiendo uno de esos tres deseos o, por el contrario, me sentiría dichosa cuando pidiera el último? ¿Cómo saber si el deseo que he pedido es el que realmente quiero? Y lo más importante, ¿me arrepentiría algún día de no poder cambiar y de no haber podido escoger un cuarto…?

H

a

c

e

y

a

u

n

o

s

d

í

a

s

q

u

e

r

e

g

r

e

s

é

a

V

a

l

e

n

c

i

a

.

N

o

q

u

i

e

r

o

n

i

a

c

o

r

d

a

r

m

e

d

e

d

ó

n

d

e

e

s

t

u

v

e

.

F

u

e

c

u

l

p

a

t

u

y

a

q

u

e

m

i

s

p

a

d

r

e

s

m

e

o

b

l

i

g

a

r

a

n

a

i

r

a

l

l

í

.

N

o

s

a

b

e

s

l

o

m

u

c

h

o

q

u

e

h

e

t

e

n

i

d

o

q

u

e

m

e

n

t

i

r

y

d

e

m

o

s

t

r

a

r

l

e

a

t

o

d

o

e

l

m

u

n

d

o

q

u

e

i

b

a

a

s

e

r

b

u

e

n

a

.

D

e

s

p

u

é

s

d

e

t

o

d

o

l

o

q

u

e

h

e

h

e

c

h

o

p

o

r

n

u

e

s

t

r

a

r

e

l

a

c

i

ó

n

,

n

o

m

e

h

a

s

l

l

a

m

a

d

o

.

¿

P

o

r

q

u

é

?

S

i

g

u

e

s

s

i

n

e

n

t

e

n

d

e

r

m

e

.

N

o

s

a

b

e

s

c

u

á

l

e

s

s

o

n

m

i

s

s

e

n

t

i

m

i

e

n

t

Ir a la siguiente página

Report Page