Diana,

Diana,


Diana, tá difícil de começar essa carta. Minha cabeça tá a mil enquanto eu tento repor nem que seja um tijolinho de nosso alicerce. É muito difícil pra mim falar sabendo que eu não tenho um pingo de razão, mas eu sei que é minha chance de tentar ser feliz com você, e de tentar te fazer feliz também.

Eu já senti isso antes: queria ficar um tempão preso no tempo, estilo Groundhog Day, naquele passeio na praia. Com a minha mania de pensar besteira, lembro de ter ficado com medo, já pronto pra dormir e sem barba, de nunca mais ser tão feliz como naquele dia. Lembro que foi a primeira vez que te vi com aquela saia cinza (que linda 😍), e da maneira que você se pendurou em mim, eu me senti a pessoa mais sortuda, amada, e por que não, poderosa do universo.

Como é que você me aguenta, hein? Meu ego frágil, minha mania de me sabotar, e até minhas piadas ruins... Eu realmente não sei como pode. Se bem que, na verdade mesmo, nunca foi segredo: a gente se ama. E eu quero fazer qualquer coisa pra fazer você querer e perder o medo de me amar. Eu quero achar o caminho pra ser uma pessoa melhor, também; terapia, talvez? Eu não sei. Mas eu quero descobrir.

E não quero só que a gente volte a ser como era antes. Eu quero que a gente se torne um casal que acima de tudo é cúmplice e não tem medo de falar o que o outro tá fazendo de errado. Eu quero poder voltar a sentir aquele cheirinho de baunilha e me aninhar debaixo da tua asa, mas também quero perder o medo de falar de coisas que me interessam e acabar te entediando. Eu quero andar de skate e programar com você também.

Eu quero que a gente voe junto. Eu te amo, passarinha.

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