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Jessie: BRUNO!!!- Ela correu sem se importar com o feitiço e tentou tira-lo dali. Incrivelmente, aquela magia não afetou a morena.


Bruno: argh, droga!- tentava lutar contra a armadilha, mas estava sendo difícil demais para ele.


Jessie, ao chegar perto, hesitou em se aproximar, mas decidiu tomar coragem e tocou seu ombro. Ele instantaneamente pegou seu pulso com força a ponto de machucá-la.


Bruno: QUEM ESTÁ AÍ?!- Devido às ilusões, não conseguia enxergar no plano real quem verdadeiramente estava ali.


Jessie: Bruno, sou eu, Jessie!- lutou contra a força dele gemendo de dor.


Bruno: Eu perguntei... QUEM. ESTÁ. AÍ?!- Falou pausadamente enquanto engrossava a voz e botava mais e mais força sobre o pobre punho da raposa. De repente, uma nova onda de ilusões e vozes vieram em mente o confundindo cada vez mais o deixando louco. –QUEM?! QUEM ESTÁ AÍ?! LUCAS?! NÃO!!! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!!!- Ele finalmente largou Jessie, mas perdeu o equilíbrio dando passos para trás e caiu no chão. -NÃO!!! VOCÊ SABE MUITO BEM O QUE EU POSSO FAZER COM VOCÊ, VOCÊ É UM MONSTRO!!!- A face do jovem cervo, que antes era irada e ameaçadora, se converteu para medo e desespero. -P-POR F-FAVOR, N-NÃO ME MATA!!!!


Ele começou a gritar e Jessie não aguentou mais o arrastando com todas as suas forças possíveis e conseguiu tirar o garoto daquele pesadelo. Percebendo que suas torturas tinham acabado repentinamente, ele se acalmou e, hesitante, abriu os olhos.


Bruno: J-Jessie...?-Pôs os olhos na garota analisando cuidadosamente para ter certeza de que ela era real.


Jessie: Ai, que bom que está bem...- Suspirou. -Você entrou em pânico. Nem Star fez algo assim. O que você viu?


Bruno: Nada demais...- Desviou o olhar. -Espera, você me tirou do corredor, certo?- Ela balançou a cabeça positivamente. -Como você não foi afetada?


Jessie: Eu não sei. Eu me perguntei a mesma coisa.- Falou enquanto cruzava a passagem novamente para pegar Star.

Bruno: Isso não faz sentido...- observou de longe a raposa. -Você não vê nada de seu passado? Nada, nada mesmo?


Jessie: Hm?- Não entendeu. -Por que eu veria o meu passado?


Bruno: Ué, sempre que caímos nessas ilusões geralmente tudo o que vemos são que coisas que estão interligadas com algo de ruim que passamos há muito tempo.


Jessie: Mas eu nunca vi algo de ruim do meu passado. Meus pesadelos se baseiam em coisas que eu não quero que aconteça ou em algo ruim que está prestes a acontecer.


Bruno: Você nunca teve algo relacionado ao passado?- Estranhou.


Jessie: Não. Nunca. Todas as vezes que tive uma ilusão nenhuma aconteceu isso.


Bruno: você não tem nada que te assombre nas suas lembranças? Não é possível você nunca ter passado por alguma dificuldade.


Jessie: Bem, já passei sim, mas não são nada que me faça ficar abalada. Toda vez que eu vejo que algo ruim vai acontecer, eu tento pensar positivo ou tento manter em mente que uma hora vai passar.


Bruno: Incrível...- Arregalou os olhos. -O seu otimismo é a chave para anular a maldição. Ela não te afeta!- Começou a raciocinar. -Parando para pensar, reparei que esses pesadelos que eu tive foram completamente diferentes dos de Bonnie. Os dela são baseados também no passado, mas são adicionados a situações novas que ela cria como você falou. Já esses, não tem isso, então só afetam aqueles que tem um passado ruim e difícil de superar. Como você não tem isso, você é imune!


Jessie: Ei, isso é bom! Posso ser útil a vocês.- Comemorou.


Bruno: Ok, vamos logo. Tire essa favelada daí.- Mandou.


Jessie tentou mais uma vez tirar a loba daquela situação, porém obteve o mesmo resultado.


Jessie: Ah, Star... Vamos logo!- Choramingou já cansada.


A raposa, puxando, chegou ao momento de dar um trancão na loba que a assustou fazendo com que seus reflexos a fizessem se mover e a garota se levantou dando um pontapé na morena que a fez cair. Star, que agora conseguia se mexer, ficou correndo de um lado para o outro cambaleando como se estivesse fugindo alguma coisa. Chegou o momento de ela bater de cara na parede, quando ela começou a socar aquela barreira até virar-se e escorregar até onde suas pernas aguentavam com as costas encostadas na tal parede. Com o rosto que mantinha a expressão de terror, seus olhos foram descobertos revelando lagrimas teimosas que desciam sem a aprovação da dona.


Jessie: Star?!- Assustou-se ao ver a situação da maior.


Star: Não...-Falou baixo quase em um sussurro. -... Não... Não... Não, não, não, NÃO! NÃO!!!- Rosnou. –Eu não tive culpa... Eu não tive culpa de nada! Eu só não quis intervir, só isso! Eu não sabia o que estava prestes a acontecer, eu não sei prever o futuro! Deixem-me em paz, vocês só sabem me julgar!!!- Balançou a cabeça resistindo. -Vocês julgam meus atos... O que eu faço e o que eu deixo de fazer... Vocês me julgam por coisas que eu não tenho culpa... Julgam minhas roupas, meus jogos, meus brinquedos, meu modo de falar, o jeito de eu andar, tudo! Vocês não podem me forçar a ser o que eu não sou. Vocês não podem botar a culpa em mim por algo que eu não fiz!- Seus olhos verdes ganharam um forte brilho deixando até certas faíscas saírem. –Parem de me julgar... VOCÊS NÃO SÃO NINGUÉM PARA ME CONTROLAR DESSE JEITO!!!- Ela levou as mãos para o alto e as juntou bem acima de sua cabeça criando em volta delas o mesmo brilho verde de seus olhos e ficando em posição de batalha.


Jessie: Mas o que?!- Recuou.


Bruno: Ai, cacete... Que porra é essa agora?- Estava assistindo de longe.


Carla, mesmo de longe ainda escondida, percebeu certa aura no ar. Aquilo não lhe agradou nem um pouco.

Com os cabelos voando pela pressão magica que estava exercendo, Star jogou seu punho direito para frente junto com a perna correspondente enquanto os outros membros foram jogados para trás. Ela inclinou a coluna e dobrou bem as pernas, pronta para avançar no primeiro alvo que conseguisse ver.

Não demorou muito para ver Jessie e, como não conseguia diferenciar quem deveria ser seu amigo e quem deveria ser seu inimigo, pulou já mirando seu soco bem no rosto da menor que, se não fosse ágil, não escaparia facilmente do ataque direto.


Jessie: Star, o que está fazendo?!- Tentava fugir da cinzenta. Ela se aproximou de Bruno e os dois entraram na defensiva.


Star: Vocês não saíram daqui sem pelo menos ter derramado uma boa quantidade de sangue, heheh.


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