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Fazia tempo que não desenhava no paint, mas enfim, gostaria de compartilhar minha concepção sobre este dia profano que é o 7 de setembro.


O texto parece meio desconexo, pois na verdade é uma coletânea de comentários meus que teci ao conversar com um camarada acerca da portugalidade, com base em textos e artigos que li sobre o papel civilizador de Portugal na América e na África. Mas acho que é possível acompanhar a ideia central.


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Do Império Ultramarino


(por David Vinco)


O multiculturalismo mistura povos e faz com que eles percam a sua identidade nessa mistura. É o que temos no Brasil atual. Na estrutura de Imperivm isso nunca ocorreu de forma sistemática (um caso ou outro sempre existiu em toda a história de todos os povos, mas nunca de maneira sistemática como no nosso mundo pós-moderno e globalizado). Nem em Roma, nem na América Portuguesa. No império português, várias raças e povos unidos sob uma mesma bandeira imperial, sem perder suas respectivas identidades, isso é pluralismo.


Pátria é um conceito moderno, no mundo medieval, no mundo das tribos germânicas, no mundo greco-romano, as pessoas não viam dessa forma; entendiam mais como ''comunidade'' dentro de um reino/império/cidade estado do que como ''pátria''. Por isto nessas épocas era mais Identitarismo do que ''patriotismo e nacionalismo'' que, gostemos ou não, são conceitos criados pela burguesia romântica (não pela aristocracia e nem pela casta servil), mas o nacionalismo e o patriotismo podem servir da mesma forma que o marxismo; pode ser usado como veneno contra veneno, ou seja, o nacionalismo e o patriotismo podem ser usados em certos graus contra a modernidade, mas cultua-los acima de tudo é ir contra a ideia de Imperivm e pode conduzir á um ''totemismo'' massificante (conforme aponta Julius Evola em ''Imperialismo pagão''), que tira a alma e personalidade das pessoas para projetar tudo isso em um ''alma'' abstrata e irrealista a qual chamam de ''nação'', ''pátria''. De todos estes eu prefiro seu mínimo divisor comum, que é o conceito de Identidade. Se dependesse de ''nacionalismos'' nunca haveria o ideal Imperial e sublime das Cruzadas. 


O problema da identidade imperial-ultramarina é que ela está morta; muitos brasileiros são ensinados desde quando entram na escola, a odiar e desprezar tudo que Portugal representa. A única forma de ter tal identidade imperial-ultramarina de volta, é destruir o conceito atual de Brazil que nasceu do Império brasileiro; um filho rebelde que só pensa em dinheiro e nega o próprio pai, nega sua própria raiz, e nada de bom vem de quem nega a própria essência.


Sou totalmente refratário a essa ideia integralista de valorizar as três culturas dos povos que habitam a América Portuguesa. Os índios são um fato; os negros são um fato, os eurodescendentes são um fato, mas misturar as três raças/culturas e achar que vai dar tudo certo é cegueira nacionalista e totêmica. 


Apenas a portugalidade atlântica deve prevalecer, ela tem o elo comum (o espírito de herói, conquistador, desbravador, colonizador, dominador, senhor, contraposto á espiritualidade inferior de vítima, atacado, conquistado, colonizado, subjugado, subalterno), a verdadeira identidade do que pode ser chamado de ''Brasil'' (vale ressaltar que ''Brasil'' não é brasileiro, ''Brasil'' é um conceito português-europeu ultramarino), é a herança imperial latinista-romana capaz de formar um Imperivm, não a mestiçagem sistemática, niveladora, aniquiladora e sincretismo cultural e religioso brasileiro. 


Eu abomino o conceito integralista de ''brasilidade''. Já fui nacionalista, bem nacionalista. Acreditava na ''raça brasileira'', formada pelo mestiço de índio, negro e português (ou com o ítalo-germano) mas quanto mais eu procurava uma identidade a nível nacional, mais eu desembocava em identidades regionais, ou identidades isoladas-comunitárias, geograficamente localizadas e etnicamente delimitadas, nunca nada realmente ''brasileiro'', ou é algo do sertão nordestino, do bravo cangaço e do religioso sertanejo, ou o gaúcho sulista, camponês digno, ou a cultura do bandeirante desbravador. Nesta linha de micro-culturas, outro aspecto é a cultura indígena por si mesma, ou a cultura africana no Brasil, que diga-se de passagem, é algo ''demoníaco'', totalmente desfigurado. 


Os ritos africanos aqui são esquemas toscos, patéticos e mal feitos. São reconstruções deformadas dos ritos africanos tradicionais, e estes sim, tem sentido, mas na África, aqui na América foram todos transfigurados em cultos inferiores que em nada, em absolutamente nada agrega ao espírito humano. A cultura indígena eu até respeito, mas ela se aplica á índios, não á todos os nascidos na América Portuguesa. E mesmo assim, ainda é uma cultura pobre se comparada a cultura europeia (sim, culturalmente eu julgo melhores e piores). 


A cultura que mais agregou ao espírito, e que mais formou o caráter honesto e digno do povo, foi a portuguesa, lastreada pelo catolicismo fortemente atrelado á identidade europeia, aos valores ancestrais do povo europeu; civilizador e orientador espiritual do mundo. Deve-se exaltar só a cultura relevante para o bem-comum do povo. E não vejo nada de relevante no elemento africano e indígena a nível cultural. Por isso discordo dos integralistas e seu conceito quimérico de ''brasilidade''. Prefiro a portugalidade, o Quinto Império. Brasil não serve pra ser independente; é eterno filho do pai Portugal. Antes cultuar o arquétipo de Senhor, de Desbravador, de Conquistador, do que ter o espírito de um escravo, de um colonizado, de um derrotado.


Não acredito em um ''Brasil Forte''... eu só acredito no Quinto Império como salvação desta selva tropical.

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