Pretos Olhares: Festival celebra negritude nas artes visuais com programação gratuita

Pretos Olhares: Festival celebra negritude nas artes visuais com programação gratuita

www1.folha.uol.com.br - Catarina Ferreira

Com programação gratuita, a terceira edição do Festival NegrArte celebra a presença de pessoas negras nas artes visuais até dia 19 de maio. Com rodas de conversa, apresentações e exposições, o evento trata de linguagens como pintura, escultura, fotografia e literatura.

Os eventos estão divididos em três espaços culturais da capital paulista: a Biblioteca Mário de Andrade e o Centro Cultural São Paulo (CCSP), ambos na região central, e também na Diáspora Galeria, em Pinheiros, na zona oeste.

Obra "Refeição", 1970, de Maria Auxiliadora - Divulgação

O festival homenageia a vida, obra e memória de Maria Auxiliadora (1935-1974), pintora, costureira e bordadeira que retratou em suas obras o cotidiano urbano e rural de comunidades negras, inclusive rodas de samba, de capoeira e terreiros.

A abertura do festival acontece na terça (14), na Biblioteca Mário de Andrade. Na quarta (15), a programação é aberta com a exibição do documentário "Maria Auxiliadora: Prevalências no Tempo", às 16h30, no CCSP. O dia será encerrado com apresentação do grupo A Kizomba do Rosário, formado por músicos e cantores da Comunidade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França.

Já na sexta-feira (17), a Galeria Diáspora recebe artistas para uma roda de conversa sobre ilustração e design de autoria afro-brasileira.

Para participar da programação é necessário retirar ingressos online, nas plataformas do evento.

O evento está em sua terceira edição e acontece anualmente na semana do dia 13 de maio, a data marca a abolição da escravatura com a assinatura da Lei Áurea, em 1888. No entanto, por retirar o protagonismo dos diversos abolicionistas negros do século 19, a data não é encarada pela publicitária Lili Santos e pelo especialista em cultura e relações étnico-raciais Flávio Nogueira, organizadores do evento, como um dia de comemoração. O momento é visto como uma oportunidade para combater heranças escravagistas que se manifestam na sociedade ainda hoje.

Source www1.folha.uol.com.br

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