Fidelity

Fidelity


CAPÍTULO DOCE

Página 34 de 62

CAPÍTULO DOCE

Solo cerrando las puertas detrás de uno se abren

ventanas hacia el porvenir.

FRANÇOISE SAGAN

Lu

En momentos como aquellos me alegraba de no tener vecinos, porque mis gritos tenían que oírse hasta en Valencia. Estaba realmente cabreada con Miguel, que trataba de calmarme sin éxito. Finalmente me aseguró que vendría pronto a casa para aclarar el tema.

—Quiero que vengas a casa ya. Te espero —fue lo último que le dije antes de colgarle el teléfono.

Más le valía cumplir con su promesa, porque de no ser así lo estrangularía.

Salí a la terraza a tomar un poco el aire. Estaba tan acalorada y tan nerviosa que necesitaba que el relente de la noche apaciguara un poco mis ánimos. Me senté en el balancín a escuchar el sonido de las olas. Siempre obraba milagros en mí. Cerré los ojos y me dejé llevar por el murmullo del mar.

De repente me entró un mensaje de correo al móvil. Me di cuenta de que era el segundo que me llegaba. Observé que ambos eran de Marcos.

D

e

:

m

c

h

e

s

h

i

r

e

@

g

m

a

i

l

.

c

o

m

F

e

c

h

a

:

v

i

e

r

n

e

s

,

2

3

d

e

a

g

o

s

t

o

d

e

2

0

1

3

,

0

1

:

5

2

P

a

r

a

:

l

u

n

a

l

u

@

g

m

a

i

l

.

c

o

m

A

s

u

n

t

o

:

R

e

:

n

o

p

u

e

d

o

d

o

r

m

i

r

m

e

H

e

t

e

n

i

d

o

s

u

e

r

t

e

.

E

l

e

n

a

n

o

h

a

p

o

d

i

d

o

a

c

a

b

a

r

c

o

n

m

i

g

o

y

a

ú

n

p

e

r

m

a

n

e

z

c

o

v

i

v

o

.

E

s

o

s

i

g

n

i

f

i

c

a

q

u

e

s

i

g

u

e

e

n

p

i

e

m

i

o

f

e

r

t

a

d

e

a

c

o

m

p

a

ñ

a

r

t

e

a

l

a

C

i

u

d

a

d

E

s

m

e

r

a

l

d

a

a

v

e

r

a

O

z

s

i

e

m

p

r

e

q

u

e

t

ú

n

o

t

e

e

c

h

e

s

a

t

r

á

s

.

U

n

b

e

s

o

.

A

f

o

r

t

u

n

a

d

a

m

e

n

t

e

n

o

f

u

e

e

l

ú

l

t

i

m

o

e

n

e

l

a

n

t

e

r

i

o

r

c

o

r

r

e

o

,

M

a

r

c

o

s

E

n

v

i

a

d

o

d

e

S

a

m

s

u

n

g

M

o

b

i

l

e

Solté una carcajada y suspiré. En ese momento, este detalle era lo que necesitaba. Abrí el segundo mensaje.

D

e

:

m

c

h

e

s

h

i

r

e

@

g

m

a

i

l

.

c

o

m

F

e

c

h

a

:

v

i

e

r

n

e

s

,

2

3

d

e

a

g

o

s

t

o

d

e

2

0

1

3

,

0

2

:

3

0

P

a

r

a

:

l

u

n

a

l

u

@

g

m

a

i

l

.

c

o

m

A

s

u

n

t

o

:

R

e

:

n

o

p

u

e

d

o

d

o

r

m

i

r

m

e

E

s

p

e

r

o

q

u

e

l

a

f

a

l

t

a

d

e

r

e

s

p

u

e

s

t

a

s

a

l

o

s

d

o

s

c

o

r

r

e

o

s

a

n

t

e

r

i

o

r

e

s

s

e

a

p

o

r

q

u

e

e

s

t

é

s

d

o

r

m

i

d

a

.

D

e

s

e

o

q

u

e

c

u

a

n

d

o

d

e

s

p

i

e

r

t

e

s

e

s

t

é

s

m

á

s

c

e

r

c

a

d

e

l

a

r

c

o

í

r

i

s

.

Y

a

s

a

b

e

s

q

u

e

m

e

e

n

c

o

n

t

r

a

r

á

s

m

á

s

a

r

r

i

b

a

d

e

l

a

s

c

h

i

m

e

n

e

a

s

p

a

r

a

e

s

p

e

r

a

r

t

e

a

l

o

t

r

o

l

a

d

o

.

Q

u

e

t

e

n

g

a

s

b

o

n

i

t

o

s

s

u

e

ñ

o

s

.

¿

S

a

b

e

s

u

n

a

c

o

s

a

?

Y

o

y

a

h

e

h

a

l

l

a

d

o

m

i

e

s

t

r

e

l

l

a

e

n

c

e

n

d

i

d

a

.

S

i

q

u

i

e

r

e

s

,

a

l

g

ú

n

d

í

a

t

e

l

a

m

u

e

s

t

r

o

.

S

o

l

o

h

a

s

d

e

p

e

d

í

r

m

e

l

o

.

M

e

e

n

c

a

n

t

a

r

í

a

a

y

u

d

a

r

t

e

a

e

n

c

o

n

t

r

a

r

l

a

t

u

y

a

j

u

n

t

o

a

t

i

.

A

ú

n

m

e

q

u

e

d

a

n

b

e

s

o

s

,

M

a

r

c

o

s

E

n

v

i

a

d

o

d

e

S

a

m

s

u

n

g

M

o

b

i

l

e

Sonreí con tristeza. Ojalá hubiera conocido antes a Marcos, porque todo sería mucho más fácil ahora. Pensé en responder al mensaje, aunque dejé que creyera que estaba durmiendo. No me sentía con ánimo de hacerlo.

Miré la hora en el móvil. Hacía bastante rato que había llamado a Miguel y ya debería haber llegado, a no ser que le hubiera pasado algo. Me negué a enviarle un whatsapp para preguntarle dónde demonios estaba. Me acurruqué en el balancín y coloqué las rodillas cerca del pecho. No tenía frío exactamente, pero estaba tiritando. Necesitaba salir de la incertidumbre, que me explicara qué había pasado, sobre todo si había usado protección.

No obstante, me pasé horas esperándolo y él no apareció en toda la noche. Alguna vez me vencía el sueño, aunque enseguida me despertaba cuando advertía algún ruido extraño.

Por fin, cuando me percaté de que el reloj del móvil pasaba de las siete y media de la mañana, me levanté y me acosté en mi cama. Miguel me había dado plantón. No creí que apareciera en toda la mañana. Me sentía decepcionada como nunca antes lo había estado. Aunque tenía muchas ganas de llorar y de sacar toda la rabia que llevaba dentro, reflexioné sobre esta cuestión. Él no se merecía ni una sola de mis lágrimas ni tampoco entendía qué significaba ser fiel a su mejor amiga. Traté de descansar un poco antes de preparar el programa de radio. Ese día me lo tomaría con mucha calma.

A media mañana me despertó el sonido del móvil. Bostecé y me estiré en la cama antes de abrir el correo. Me alegré de que fuera otra vez de Marcos. La gata restregó la cabeza contra mi mano. Le guiñé un ojo a Nefer y ella maulló. No perdía detalle de lo que hacía.

—¿Verdad que es muy mono?

Si Nefer tuviera la capacidad de hablar estoy segura de que me habría contestado que sí. Se colocó sobre mi regazo y posó la pata en la pantalla del móvil.

—¡Eres una impaciente!

D

e

:

m

c

h

e

s

h

i

r

e

@

g

m

a

i

l

.

c

o

m

F

e

c

h

a

:

v

i

e

r

n

e

s

,

2

3

d

e

a

g

o

s

t

o

d

e

2

0

1

3

,

1

1

:

3

2

P

a

r

a

:

l

u

n

a

l

u

@

Ir a la siguiente página

Report Page