9 formas de ser mais persuasivo

9 formas de ser mais persuasivo

Fellippe BH

Hoje quero trazer algo novo a vocês. A resenha de um livro que na minha opinião, TODO MUNDO, deveria ler, pois, é um clássico. Me refiro ao aclamado “Como fazer amigos e influenciar pessoas” de Dale Carnegie.

O livro Como fazer amigos e influenciar pessoas foi lançado em 1936 e se tornou um dos maiores Bests Sellers da história mundial, com milhões de cópias vendidas e traduzido para diversas línguas... Só isso já demonstra que o conteúdo é de qualidade, mas vamos lá. O que esse livro tem de tão especial?

Antes de responder essa pergunta, preciso ressaltar que Carnegie foi um importante estudioso da arte da persuasão e que suas obras ajudaram e ainda ajudam milhares de pessoas. Em seu livro, Carnegie dá dicas valiosas de como persuadir as pessoas sem utilizar-se de manipulações baixas e vis e isso é muito bom para pessoas que desejam melhorar suas relações interpessoais.

Mas vamos entender um pouco o que esse livro tem a nos oferecer.


O que Carnegie tenta nos passar com seu livro?

Em resumo, o que Carnegie tenta nos passar com seu livro é que para se dar bem com as pessoas, devemos procurar ver o mundo pelos seus olhos, ou seja, você deve colocar-se genuinamente no lugar do outro para buscar entender seus motivos e razões, para assim, diminuir julgamentos e pré-conceitos que costumamos ter.

Além disso, Carnegie nos demonstra muitas outras formas de nos aproximarmos do outro e estabelecer um Rapport, conseguindo assim, uma ligação genuína e muitas vezes duradoura.

Mas vamos à uma amostra grátis de algumas técnicas que Dale Carnegie nos ensina.

1. Não Critique, não Condene e não se Queixe

Aqui temos uma das coisas mais difíceis que Carnegie nos coloca, que é, deixar de criticar, queixar e julgar. Segundo Carnegie, faz parte da natureza humana o culpado querer culpar a todos, menos a si mesmo. Críticas, culpas, apontamentos e julgamentos não nos leva a lugar algum e muitas vezes até mesmo faz com que as pessoas sintam aversão a nós.

Há alguns anos atrás, passei com uma grande crise financeira (não que hoje esteja diferente rsrs) e nesta época eu culpava tudo. Culpava o governo por fazer impostos tão altos, culpava a empresa de ônibus que só aumentava o preço da passagem, a mim por não conseguir juntar dinheiro e gastar mais do que eu ganhava e principalmente, culpava minha esposa por não economizar. Ela era o principal alvo das minhas críticas, pois eu acreditava que poderíamos estar muito melhor se ela me ajudasse mais, porém, quanto mais eu a criticava, pior ficava nossa situação e nada mudava, na verdade nossa relação piorava a cada dia. Já estávamos esgotados.

Quanto mais eu me queixava e julgava as situações, menos soluções eu tinha. Então lembrei-me dos ensinamentos deste livro e isso me ajudou muito. Parei de culpar os outros e foquei em encontrar soluções para meu problema, inclusive, uma dessas soluções me levou a outro livro que pretendo colocar a resenha dele aqui em breve que é o também Best Seller “O segredo da mente milionária”.

Outra coisa que aprendi com o livro foi que a crítica deixa as pessoas resistentes, na defensiva e distantes, porque, ninguém gosta de ser criticado, pois isso fere o orgulho da pessoa.

Então comecei a elogiar minha esposa cada vez que percebia que ela tinha uma atitude econômica ou me ajudava de alguma forma. Conclusão. Minha vida não só melhorou muito, como meu casamento saiu da crise e minha esposa começou a me ajudar e se tornou uma parceira de valor. Isso não é ótimo?

Como o livro de Carnegie nos ensina através das palavras de Benjamim Franklin, quando este foi questionado sobre qual o segredo do sucesso:  “Não falarei mal de nenhum homem, apenas falarei tudo de bom que souber de cada pessoa”

Dale Carnegie nos ensina que é preciso parar de procurar culpados e aprender encontrar o melhor dentro de cada um. Precisamos aprender a parar de focar no problema e procurar a solução, pois tendemos a procurar culpados para tudo, mas quem nos deu a autoridade para dizer que a nossa verdade é a correta?

 

 

 


2. Aprenda a apreciar honesta e sinceramente os outros

Neste princípio Dele Carnegie nos apresenta um ponto que muitas pessoas negligenciam: A apreciação sincera para com o próximo.

Todos nós temos o desejo de sermos apreciados por nossas habilidades ou aparência. Todo ser humano tende a se sentir especial e gosta quando essas características são notadas. Contudo, muitos de nós estamos tão focados em nosso próprio egocentrismo que deixamos de olhar para o próximo e ver quais são suas qualidades e o que querem.

Carnegie nos diz que se desejamos que as pessoas façam o que nós desejamos, devemos antes reconhecer suas qualidades e dar a elas uma das coisas que mais desejam... O reconhecimento.

Mas o autor da uma grande advertência, dizendo que para isso, precisamos nos interessar verdadeiramente pelas pessoas e sermos justos e sinceros em nossos elogios, para não cairmos na armadilha da bajulação, pois, segundo ele, a bajulação nada mais é do que uma falsa apreciação que, muitas vezes, pode despertar o efeito contrário ao que queremos.

Então seja sincero em sua apreciação.

3. Desperte um forte interesse nas pessoas

De todos os princípios do livro este é, sem sombra de dúvidas, o mais obvio e mais interessante.

Carnegie, começa esse princípio com uma metáfora muito boa. Veja a seguir:

 “Eu adoro morango com creme, mas por alguma estranha razão os peixes preferem minhocas. Quando vou pescar, não penso sobre o que mais me agrada. Penso sobre a predileção dos peixes. Meu primeiro cuidado é não iscar o anzol com morangos com creme. Penduro sempre uma minhoca… e passo em frente dos peixes, perguntando-lhes “Vocês não gostariam de provar tal comida?””

E termina esta passagem com a frase: “Por que não usar o mesmo senso prático para pescar as pessoas?”

Mas o que que Carnegie está nos dizendo com isso? Simples! Ele está dizendo que ao lidar com pessoas, não pense no que você gosta, mas sim no que a pessoa gosta.

Como foi apontado no princípio anterior, as pessoas gostam de ser apreciadas e se pensarmos sobre isso com calma, veremos que, poderíamos valorizar mais isso nos interessando verdadeiramente pelo que o outro quer e gosta. Quanto a isso, Carnegie nos diz: “O único meio existente na terra para influenciar uma pessoa é falar sobre o que ela quer e mostra-lhe como realizar a sua vontade.”, ou seja, devemos deixar de lado o que gostamos ou queremos e dar ouvidos ao que o outro está dizendo, e isso, fará com que essa pessoa se sinta especial e passe a gostar muito mais de você. Não acredita? Então, da próxima vez que você conhecer uma pessoa, comece a se interessar mais por ela, peça para falar de sua vida e faça ela contar do que gosta de fazer.. Teste e comprove se não é a mais pura verdade.

Leia também: O que você ganha tendo mais interesse pelas coisas

   

4. Interesse-se sinceramente pelas outras pessoas

Você já deve ter reparado nisso. Quando estamos em uma roda de amigos ou pessoas, geralmente tendemos a puxar assuntos que são de nosso interesse. Não é mesmo? Isso, porque a pessoa mais importante para nós, somos nós mesmo. Algumas pessoas podem discordar disso, dizendo que não veem as coisas dessa maneira, porém, busque fazer uma análise sincera de si mesmo. Você não busca primeiramente satisfazer as suas vontades antes de satisfazer a dos outros? Mesmo que a sua vontade seja a de fazer-se de boazinha e submissa para ganhar aprovação ou anular-se para ter algum ganho inconsciente. (mas isso é assunto para outro texto)

A grande questão é que sempre nos importamos primeiramente com nós mesmos e compreender isso, nos dá uma importante ferramenta para sermos mais persuasivos.

Carnegie, nos diz que quando interagimos, devemos deixar o que gostamos de lado e nos interessar sinceramente pelo o que o outro gosta e pensa, pois se queremos aprofundar nossas amizades, ajudar e sermos ajudados pelos outros, devemos fazer desse princípio um hábito.

5. Sorria

Carnegie nos alerta para a importância de sorrir.

Muitas vezes na correria do dia a dia nos impede de sorrir, porém, um sorriso pode abrir muitas portas para nós.

Segundo uma pesquisa recente, o simples ato de sorrir já é suficiente para liberar hormônios que podem melhorar nosso humor. Então sorria mais!

6. Lembre-se do nome das pessoas

Segundo uma pesquisa, a palavra que mais gostamos de ouvir é o nosso próprio nome e Dale Carnegie já sabia disso a muito tempo atrás. Segundo o autor, lembrar-se do nome de alguém é algo que ajuda a criar uma ligação muito mais profunda.

Uma técnica que Carnegie nos ensina no seu livro é buscar lembrar o nome da pessoa com alguma característica física e/ou pessoal, como tom de voz, bem humorado ou mal humorado, atencioso e etc. Fazer isso, ajuda nossa memória a guardar melhor a informação, pois tendemos a guardar melhor informações que tenham sido categorizadas.

Como já dito antes, todo ser humano gosta de se sentir importante e uma das coisas que mais dá reconhecimento a alguém, é saber que alguém se lembrou de seu nome.

7. Respeite a opinião dos outros

Segundo Carnegie, não existe forma mais eficaz de irritar uma pessoa, do que dizer que ela está errada ou contestar suas crenças. Segundo ele, todos nós nos achamos superiores e nobres, mas no fundo somos vaidosos, orgulhosos e egoístas.

Ninguém gosta de estar errado e ter que dizer a alguém que ela está errada, é quase uma sentença de minutos, horas ou até mesmo dia ou anos de ressentimento. Por isso, Carnegie nos mostra uma forma diferente de abordar isso. Segundo ele, quando você reparar que alguém está defendendo alguma ideia ou crença que você sabe que está errada, simplesmente diga:“Compreendo o que está me dizendo. Posso até estar errado, mas penso de maneira diferente”. Isso desarma a pessoa e a deixa mais aberta a ouvir o que você tem a dizer. Então, você poderá expor seu ponto de vista sem problemas, entretanto, se a pessoa ainda defender a ideia que tinha inicialmente. Respeite sua opinião e mude de assunto.

Imagine quantas horas de discussão você não teria poupado se soubesse disso antes, heim?

8. Reconheça seus erros e assuma a responsabilidade

Dale Carnegie, conta em seu livro que andava em um bosque perto de sua casa com seu cão sem coleira, pois o bosque estava sempre quase que completamente vazio e o seu cão era inofensivo. Entretanto um dia ele foi surpreendido por um policial que o viu e o repreendeu dizendo que era proibido andar com cachorros sem coleira.

Carnegie tentou se justificar dizendo que o cachorro era manso e que não havia ninguém no parque, entretanto, o policial foi duro e disse que daquela vez seria apenas uma advertência, mas que se pesgasse novamente ele com o cão sem coleira, que ele tomaria uma multa.

Alguns dias mais tarde Carnegie estava novamente no bosque com seu cão sem a coleira e eis que aparece o mesmo policial, só que desta vez, Carnegie foi na direção do policial dizendo que ele se sentia muito mal por ter tido uma segunda chance e o ter desrespeitado e que merecia uma multa pela infração. O policial viu a manifestação de Carnegie e disse, “calma, o bosque está praticamente vazio e o seu cão parece ser super manso. Não tem problemas”.

As situações foram as mesmas, porém na segunda, Carnegie teve a humildade de admitir que estava errado e se desculpar sinceramente pela infração e isso, fez com que o policial tivesse a opção de perdoar o ato e esse é o ponto chave. Muitos de nós não admitimos que estamos errados e logo começamos a nos justificar o que acaba fazendo o outro adotar uma postura aversiva, entretanto, quando assumimos nosso erro e dizemos que estamos verdadeiramente arrependidos do que fizemos, damos ao outro o poder do perdão e isso deixa a outra pessoa mais a vontade para perdoar.

Então tenha humildade de assumir as suas responsabilidades, pois todos nós erramos.

9. Procure ver as coisas do ponto de vista dos outros

A realidade é percebida de forma muito diferente pelas pessoas, isso porque, não temos uma ideia real da realidade, mas sim, uma ideia subjetiva filtrada pelo nosso crivo de significados, ou seja, cada um enxerga o mundo de uma maneira diferente.

Muitas vezes duas pessoas podem passar pelas mesmas experiências, porém, o filtro de experiências de uma faz ela adorar a experiência enquanto que a outra detesta aquilo. E nisso que se baseia esse princípio.

Segundo Carnegie, quando você se interessa verdadeiramente pelas outras pessoas, deve fazer de tudo para tentar compreender o mundo pela ótica dela, pois assim, estará mais ligado a ela, compreendendo seus motivos e redes de significados.

Além disso, mostrar que você está aberto(a) a compreender o outro, faz com que o outro, perceba que você está sendo verdadeiro(a) em suas ações e te respeite mais. Um exemplo simples disso é que algumas pessoas irão amar esse texto, enquanto que outras irão detestar, isso é normal e compreensível, já que cada uma compreende o mundo por sua janela de significados, entretanto, as que não gostarem, deixem um comentário, pois assim eu poderei saber qual foi o motivo para não gostarem do texto e posso, assim, tentar melhorar nas próximas vezes. Lembre-se, podemos sempre melhorar.

A obra de Dale Carnegie é um livro fantástico e que se tornou um dos meus livros favoritos. Sempre que posso releio, pois sempre tem algo a ensinar. Então o conselho que deixo a você é: “Se deseja se tornar uma pessoa melhor e mais envolvente e persuasiva, leia esse livro e você entenderá o que ele pode fazer de mudanças positivas em sua vida.”


Fonte:

http://www.mentepensante.com.br


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