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▓❦✮Թαtɾσα✮❦▓VIDA SEM FIM
Sem transparências,
Dormências...
Oh! Indolência do viver!
Mortais que não sabem morrer,
Sofrem até mediante ao prazer,
E morrem sem saber viver.
Prostro-me diante de mim.
Eis aqui o meu corpo,
Diante do altar da vida.
Sôfrega de vestes encarnada,
A mercê da volúpia sem ordem,
Que arde em labaredas lascivas.
Vivendo a canção e os porquês,
Assombrada com a desordem.
Pisando em chamas sem vestes,
Cansada, perdida e exausta,
Das promessas não cumpridas.
Num murmúrio lânguido de dor,
Rasgo o véu das idas e vindas.
E eis que me enche de sede de viver.
Bebo sofregamente do cálice da vida,
A onipresença da morte e do encanto.
Mato-me! Nesse recanto escondido…
Dessa mistura de veneno mortal.
Vinde vida explosiva me florescer,
Erga-me por entre lamentos e gemidos.
E se a vida é mesmo tão fugaz...
A minha não se desfaz!